tag:blogger.com,1999:blog-356107922024-03-23T14:12:15.699-04:00TAGARELICES MINHASLaura Reilyhttp://www.blogger.com/profile/02989728985684107978noreply@blogger.comBlogger167125tag:blogger.com,1999:blog-35610792.post-89970873665481369982020-06-05T14:36:00.002-04:002020-06-05T14:36:26.920-04:00da insuficiência de humanidade aguda, ou como o racismo mata crianças pretas no BrasilAinda estamos oficialmente em isolamento social, a situação do contágio com o vírus da Covid-19 no Brasil está completamente descontrolada.<br />
Os dados oficiais dão conta de que cerca de 1 pessoa morre a cada minuto no país em consequência da doença.<br />
Mas tem gente que não acha isso relevante.<br />
Nem preocupente.<br />
Mas não é sobre isso que queria falar hoje, ou é. De certa maneira é.<br />
As notícias desta semana são assustadoras em todos os sentidos, mas de longe a mais chocante e triste e devastadora é a da morte do menino Miguel.<br />
Miguel não morreu de insuficiência respitarória aguda pelo Covid, ele morreu de insuficiência de humanidade aguda que acomete a ex-patroa de sua mãe.<br />
A mãe do Miguel, a Mirtes, é trabalhadora doméstica lá em Recife. Trabalhava para uma família abastada, que mora numa dessas torres que fodem com a paisagem da cidade.<br />
A mãe do Miguel não foi dispensada do trabalho para se proteger com sua família. O Miguel, com 5 anos, não tinha escola pra ir enquanto a mãe trabalhava, porque as escolas estão todas fechadas (como deria ser).<br />
Nesse dia, não tinha mais ninguém em casa para cuidar do Miguel, e a Mirtes precisou levá-lo com ela ao trabalho.<br />
Não é que ela trabalhasse num lugar perigoso para crianças, uma fábrica com produtos químicos, caldeiras, prensas ou coisa do gênero. Ela trabalhava na casa de uma família, cuidando também de outras crianças. Não era perigoso levar o Miguel.<br />
Se bem que era...<br />
Alguns causos por aí contam que a Mirtes, o Miguel e a vó dele tiveram Covid-19, porque nesse vai-e-vem do trabalho diário, em algum lugar ela se contaminou. Mas não investiguei, nem vou, porque é bem provável que seja verdade. Não vem ao caso agora.<br />
A Mirtes e o Miguel são negros, e isso é bem importante nessa narrativa.<br />
Digo o porquê: a maioria das trabalhadoras domésticas no Brasil são negras, e trabalham na casa de famílias brancas. Essa relação abusiva de trabalho vem desde os tempos que o povo negro era escravizado no Brasil. Essa é a relação de trabalho a que muitas mulheres negras são submetidas. É tão abusiva que a patroa não liberou a trabalhadora de suas atividades mesmo com o risco de contaminação por uma doença tão cruel, não continuaria pagando o salário da funcionária para ela "ficar em casa".<br />
Acho que é aqui que entra a história de que estou sim falando da pandemia: São essas as pessoas que estão subordinadas a patrões que "flexibilizam" as normas do isolamento, e que "precisam trabalhar" para não passar fome. São mulheres, e são mulheres negras na maioria das vezes, que sustentam a família toda com esse trabalho, e que estão sujeitas ao abuso dos empregadores em situações como essa.<br />
Mas o Miguel naquele dia foi com a mãe para o trabalho, e brincava com as outras crianças da casa. A mãe do Miguel precisou descer para levar o cachorro para passear (cachorro em apartamento precisa sair um pouquinho pra fazer seu xixizinho e cocozinho lá na calçada, fora do apartamento, algumas vezes por dia). O Miguel ficou no apartamento, com outras crianças e com pelo menos mais 2 adultos: a dona do apartamento, mãe das outras crianças e patroa da sua mãe, e uma moça que prestava serviço de manicure (que também não foi dispensada do trabalho com seus recebimentos mantidos).<br />
Mas o Miguel tinha 5 anos, e como uma criança de 5 anos, ficou com aquele apertinho no coração de quando a mãe não está no campo de visão, e chorou.<br />
Na minha santa inocência, imagino que qualquer pessoa ao ver uma criança de 5 anos chorar, ainda mais sabendo porque ela está chorando, senta com a criança para consolar. Conta uma história, conversa, prepara alguma coisa pra comer, faz o tempo passar até que a mãe chegue e a criança se acalme com sua volta.<br />
Mas parece que na vida real nem sempre é assim, e às vezes aquelas figuras tenebrosas dos contos de fadas existem em carne e osso.<br />
O que fez a mulher ao ver o menino chorar: levou o pequeno até o elevador do prédio, botou lá dentro e apertou um botão qualquer. Como um amigo escreveu "apertou o botão '<i>pra longe de mim</i>'".<br />
Mas em todo elevador tem aquela plaquinha de que crianças não podem andar desacompanhadas de um adulto! Todos! Todo mundo que mora em prédio já leu essa cláusula mais de uma vez.<br />
Por que uma criança não pode andar sozinha de elevador?<br />
Porque elas não entendem como funciona, não sabem ver onde o elevador parou, que andar, pra onde ir, como funcionam os botões, como chamar ajuda se algo der errado. O Miguel tinha 5 anos.<br />
Mas se ela sabia que ele era criança, e que criança não sabe e não pode andar de elevador sozinha, por que essa mulhar botou o menino lá dentro?<br />
O Miguel tinha 5 anos.<br />
O que ela imaginou que ia acontecer?<br />
O Miguel tinha 5 anos.<br />
Provavelmente ela não imaginou que ia acontecer exatamente o que aconteceu, mas certamente dava pra imaginar que algo bem sério aconteceria.<br />
O Miguel tinha 5 anos.<br />
Mas por que essa mulhar botou o menino lá dentro?<br />
Por causa da insuficência de humanidade aguda que a acomete.<br />
E por causa do racismo que lhe corre nas veias.<br />
Eu ainda não contei que ela é branca, né? Pois é, ela é branca. E como todos nós brancos no Brasil (sim, TODOS nós), o racismo nos é ensinado desde cedo, e se a gente não para para percebê-lo, e tentar desconstruir seus efeitos nas nossas ações, ele fica ali presente em todas as nossas atitudes diante de uma pessoa negra sem que a gente se sinta mal por isso.<br />
O Miguel tinha 5 anos.<br />
Se a criança não fosse o filho da empregada, talvez ela dona branca tivesse descido com ele para procurar a mãe, interfonado ao porteiro para chamar a mulher na rua, ligado para a mãe do menino ir buscá-lo.<br />
Ela teria colocado os proprios filhos pequenos num elevador sem supervisão? Não acredito nessa hipótese.<br />
Mas aqui a gente volta para a questão da construção do racismo no Brasil.<br />
A criança negra no Brasil não é tão criança quanto a criança branca.<br />
O menino de 5 anos negro é visto como um pequeno adulto, enquanto o menino de 5 anos branco é uma criança indefesa (como toda criança de 5 anos deveria ser vista!).<br />
O menino de 5 anos pode ser colocado num elevador sozinho, porque ele certamente saberá o que fazer!<br />
Assim como o menino negro de 14 anos é um "menor", enquanto o menino branco de 14 anos é um adolescente, e cada um deles carrega o peso e a leveza dessas palavras com ele.<br />
O Miguel tinha 5 anos.<br />
O Miguel saiu no 9º andar, depois de apertar todos os botões do elevador.<br />
O Miguel caiu do 9º andar.<br />
O Miguel morreu de racismo aos 5 anos.<br />
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Pra pensar um pouco sobre essa construção do racismo no Brasil sugiro a leitura de "<i>As Ilusões da Liberdade: a escola Nina Rodrigues e a antropologia no Brasil</i>", da Mariza Corrêa, e o "<i>Espetáculo das raças: Cientistas, Instituições e questão racial no Brasil 1870-1930</i>", da Lilia Moritz Acharcz.<br />
Pra tentar ser menos racista, pra reconhecer o próprio racismo não pode faltar na leitura o "<i>Pequeno manual Antirracista</i>" da Djamila RibeiroLaura Reilyhttp://www.blogger.com/profile/02989728985684107978noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35610792.post-80693460408826050882020-04-23T16:42:00.001-04:002020-04-23T16:42:50.100-04:00Algum dia da pandemia. Ou o pior roteiro de filme da sessão da tarde de todos os temposParece que eu só volto por aqui em momento de crise. Quando criei o blog não era assim, mas acho que agora é isso mesmo... <div>
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Estamos aqui em abril de 2020, isolados em casa, em meio à pandemia de Covid-19. </div>
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Na presidência do Brasil está o tal capitão contra o qual marchamos em 2018 (última vez que escrevi no blog). A situação é muito triste.</div>
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Às vezes oscilo entre tristeza e raiva, um pouco de melancolia e depois fico esperançosa, aliviada em alguns momentos. Mas a situação está difícil.</div>
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Na TV, entre os absurdos que são noticiados todos os dias, acho muito difícil entender que algo carinhosamente apelidado de Gabinete do Ódio ainda não tenha sido desintegrado.</div>
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Um grupo com poder de decisão sobre a vida e a morte (ou sobre matérias legislativas que podem auxiliar ou dificultar a vida da população) não pode ser chamado (com razão) de Gabinete do Ódio e continuar existindo.</div>
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Meu problema não é com o apelido dado, entendam, é com o fato de que o apelido cabe, o apelido foi assumido por eles, eles se reconhecem nele.</div>
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Não pode! Não é aceitável!</div>
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Ah, mas vai dizer que você não sente um odiozinho de vez em quando?</div>
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Claro que sinto, especialmente quando vejo umas coisas dessas, mas é inadmissível que o ódio ao outro seja institucionalizado, reconhecido e aceito. Que tenha um gabinete e que alguém te aponte o caminho.</div>
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É de cair o cu da bunda!</div>
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Ah, e claro, Gabinete do Ódio é o gabinete do filho do presidente.</div>
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Por sinal, acho surreal essa história de filho do presidente... sabe tipo monarquia, família real de filme B, que prepara os herdeiros, que eles tem que acompanhar algumas reuniões para depois assumir o cargo? Mas não estamos numa monarquia, e se estivéssemos, essa não seria a "família real"... é golpe ditatorial mesmo... o filho do chefe cuida das contas das mídias sociais. Não é uma assessoria de imprensa, é o zero qualquer coisa. S-U-R-R-E-A-L!</div>
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Neste exato momento estamos aqui vendo o mundo todo lutando pela vida da população, correndo com medidas econômicas de auxílio aos mais vulneráveis. Cidades, estados, países fechados há meses. Centenas de milhares de mortos no mundo todo. E na maioria dos lugares a epidemia está ascendente, está crescendo, inclusive por aqui.</div>
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O Brasil vai na contramão das medidas sanitárias. </div>
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O presidente briga com os governadores, discorda do ministro da saúde (a quem ele demite no meio do furacão), discorda da OMS, dos médicos e pesquisadores da área de saúde.</div>
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Uma meia dúzia de semi-endinheirados sai às ruas com seus carros tamanho GG pedindo a abertura do comércio além dos serviços essenciais. Gritam que as pessoas pobres morrerão de fome.</div>
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Mas não gritam com a mesma força para pedir que as medidas de auxílio econômico aos mais vulneráveis sejam maiores e a distribuição mais eficiente.</div>
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Querem que as pessoas voltem ao trabalho, porque sem a autorização dos estados e municípios não podem chamar seus empregados domésticos de volta, não podem voltar ao seu consumo diário de itens supérfluos. </div>
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Não existe preocupação com a economia. Existe é preocupação com a manutenção do próprio privilégio, mas não vamos admitir isso nunca, porque é feio. Então diremos que é para a economia não entrar em colapso.</div>
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Ô anjos, não tem mais jeito, a economia mundial entrará em colapso, não é mais possível reverter. O que dá pra diminuir um pouco é o número de mortes.</div>
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Acho ruim falar número de mortos, é muito impessoal. Parece que quem morreu não era gente, não era da família de alguém, não era mãe, pai, vô, vó, tio, tia, filho, filha, BFF, ou o grande amor da vida. </div>
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É bem mais triste pensar assim, mas é mais real.</div>
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Escrevo agora com aquele nó na garganta que a gente sente ao segurar o choro.</div>
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Números não impressionam. Gráficos não causam dor se não se souber lê-los.</div>
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E hoje a notícia é de que além do sistema de saúde chegar no seu limite, da falta de equipamentos de proteção para os profissionais da saúde, também os serviços funerários chegaram ao limite. Não dá mais para abrir valas individualmente e os enterros serão coletivos. Tem fila nos cemitérios, mas não tem velório.</div>
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Em Manaus o número de mortos em um dia é 3 vezes maior do que se morria normalmente. Na conta do jornalista, se o número de mortes no trânsito e os assassinatos diminuíram com o isolamento social, então, o número de mortos infectados pelo vírus é mais do que 2 vezes o número médio diário de mortos na cidade. Mas não temos testes suficientes para comprovar esse volume. A subnotificação é enorme.</div>
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Não temos informação, só podemos ler os dados e desconfiar um pouco.</div>
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Aí, como se não bastasse a loucura geral em que nos encontramos, o presidente comprou briga também com o ministro da justiça, aquele marreco golpista que era juiz e virou "superministro". O noticiário do meio da tarde parece noticiário dos alunos da 2ª série na cobertura do cabo de guerra da hora do recreio.</div>
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Não creio!</div>
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Em tempo, só pra deixar registrado, não há da minha parte apoio a nenhum ministro deste governo. Nenhum, em momento algum. Mas, contudo, todavia, entretanto, é bem imprudente demitir um ministro de saúde que minimamente sabia o que estava fazendo, pra colocar outro no lugar no meio de uma crise sanitária de níveis apocalípticos. </div>
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Fico imaginando o presidente felizão da vida pensando como a pandemia veio a calhar em sua necropolítica. Tudo em seu governo apontava para a destruição do estado de bem estar social, dos sistemas públicos de saúde, educação, previdência, distribuição de renda... Aí vem um vírus com a capacidade de eliminar 10% da população. Não pode barrar o vírus. Ele faz parte da solução desse governo: deixar morrer os mais vulneráveis.</div>
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Mas... isso é muito cruel! Como você pode pensar isso?</div>
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Porque antes era cruel também, mas era mais lento e a gente conseguia fazer de conta que não viu...</div>
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Laura Reilyhttp://www.blogger.com/profile/02989728985684107978noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35610792.post-14084404279615604162018-09-17T11:32:00.003-04:002020-04-23T16:51:02.593-04:00dos acontecimentos políticos nas eleições presidenciais de 2018<br />As amigas certamente sabem, os amigos devem ter visto por aí, mas no sábado à tarde (15/09) o grupo no Facebook Mulheres Unidas Contra Bolsonaro (MUCB) foi hackeado, invadido e teve o nome alterado para demonstrar apoio ao crápula.<br /><br />Se você não entendeu bem o que isso significa e está achando que é só brincadeira de internet, vou tentar ilustrar aqui: foi como se alguém tivesse invadido a minha casa e colocado bandeiras de apoio ao coisa-ruim nas minhas janelas. <br /><br />Alguém (um homem apoiador do coisa-ruim) entrou no grupo, no qual 2.400.000 mulheres estavam reunidas e se mobilizando contra a candidatura de alguém que nos oferece perigo, mudou o nome do grupo e saiu por aí dizendo que o grupo era de apoio e que era mentira nossa reunião. Usaram nossa imagem, nossos perfis, postaram por aí dizendo que na verdade era uma organização de apoio.<br /><br />Deu pra entender o tamanho da violência que sofremos neste final de semana? <br /><br />Saí de casa no sábado à tarde dentro de um grupo contra a peste e voltei pra casa com notificações de um grupo a favor.<br /><br />Foi uma violação gigantesca, foi uma tentativa torpe de nos calar e doeu profundamente. <br /><br />(mas não nos calamos, não nos calaremos e estamos mais articuladas ainda)<br /><br />Eu estava no grupo desde que ele tinha 500.000 integrantes, quando fui convidada por uma amiga, e o vi crescer até os 2.400.000 antes do sequestro.<br /><br />Ontem eu não conseguia fazer outra coisa que não fosse acompanhar a atualização dos acontecimentos, a recuperada do nosso grupo, a nova invasão de perfis de reais ou não tentando tumultuar e invalidar nossa articulação. E a energia mental foi sendo minada.<br /><br />Vou explicar uma regrinha de etiqueta: se você é convidado a participar de um grupo para o qual você não concorda com o posicionamento, você educadamente declina o convite. Por exemplo, se você é apoiadora do coisa-ruim, e é convidada por uma amiga a entrar no grupo CONTRA o coisa-ruim, você avisa a amiga "olha, fulana, agradeço por ter lembrado de mim, mas na verdade, discordo do teu posicionamento e prefiro não entrar no grupo", aí você vai na configuração e clica em "sair do grupo". Melhor do que entrar e tentar atrapalhar a conversa que tua amiga tá tendo com outras pessoas que pensam como ela. E você, pra não se sentir sozinha, se associa aos teu. Olha que fácil.<br /><br />Outro exemplo: você é homem, se reconhece como homem, se apresenta como homem e as pessoas de reconhecem como homem, e você sem querer recebe um convite de uma amiga para integrar um grupo "Mulheres Unidas Contra Bolsonaro". Pô, que legal, as mulheres estão se reunindo contra o coisa-ruim, quero ver isso de perto. Veja de perto, mas de fora, apoie o movimento, organize-se com outros homens, mas decline o convite para esse grupo, este é para MULHERES, todas elas, contanto que sejam MULHERES.<br /><br />E claro, se você for homem e não estiver de acordo com a temática do grupo, simplesmente saia. Teu lugar não é aqui. É feio, muito feio o que aconteceu.<br /><br />Não, não é brincadeira de criança. É violência, violação do nosso direito de associação. É grave. É censura. É crime.<br /><br />Aí ontem à noite, pra tentar relaxar, mudar de assunto e me preparar para a semana, aproveitei o sinal aberto da Paramount na operadora de TV à cabo e assisti aos três primeiros episódios de "The Handmaid's Tale - O Conto da Aia".<br /><br />Talvez não tenha sido a ideia mais brilhante que tive nos últimos tempos...<br /><br />Se você ainda não assistiu ao seriado, ou leu o romance de 1985 da Margaret Atwood, sugiro que pare tudo e faça agora.<br /><br />A resenha do livro de Atwood, infelizmente, se parece demais com a realidade, ou com o medo que sinto neste momento.<br /><br />"O romance distópico O conto da aia, de Margaret Atwood, se passa num futuro muito próximo e tem como cenário uma república onde não existem mais jornais, revistas, livros nem filmes. As universidades foram extintas. Também já não há advogados, porque ninguém tem direito a defesa. Os cidadãos considerados criminosos são fuzilados e pendurados mortos no Muro, em praça pública, para servir de exemplo enquanto seus corpos apodrecem à vista de todos. Para merecer esse destino, não é preciso fazer muita coisa – basta, por exemplo, cantar qualquer canção que contenha palavras proibidas pelo regime, como “liberdade”. Nesse Estado teocrático e totalitário, as mulheres são as vítimas preferenciais, anuladas por uma opressão sem precedentes."<br /><br />Depois disso precisei entrar um pouquinho no Instagram, na aba de fotos de filhotes de cachorros para conseguir pegar no sono.Laura Reilyhttp://www.blogger.com/profile/02989728985684107978noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35610792.post-41651566764251048072017-07-26T21:13:00.000-04:002017-07-26T21:13:20.645-04:00dos seriados de TV<span style="font-family: inherit;"><br />Às vezes a gente assiste alguma coisa na TV que nos toca profundamente, e não estávamos preparados pra isso. (spoiler alert)<br /><br />Começamos a assitir ao seriado da Netflix "Friends From College". A sinopse mínima falava pouco do clima do seriado: <i>Um grupo de amigos que se conheceram na faculdade, em Harvard, compartilha os sucessos – e fracassos – da vida aos 40 e poucos anos</i>. <br /><br />Bom, o seriado fala mais dos fracassos, em todos os sentidos, do que dos sucessos. Ele tenta ser bem humorado, mas o tom cômico às vezes incomoda um pouco, ainda mais quando rola aquela identificação... <br /><br />E claro que foi isso que aconteceu...<br /><br />Assistir aos epoisódios 4 e 5 foi particularmente difícil. <br /><br />Acompanhar a Lisa (Cobie Smulders) e o Ethan (Keegan-Michael Key) passando pelo processo da FIV foi relembrar cada uma das cerca de 90 injeções de hormônios que tomei ao longo das 3 tentativas que fizemos. Foi também refazer o cálculo do rombo financeiro que essas tentativas trouxeram consigo.</span><div>
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<span style="font-family: inherit;">Me reconheci nas mudanças de humor da personagem ao longo do ciclo antes da punção ovariana, nos ematomas doloridos na barriga e na incapacidade de encontrar um lugar novo sem furos para injeções finais. </span></div>
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<span style="font-family: inherit;">No meu caso achei mais fácil eu mesma aplicar, muita confusão duas pessoas pra uma injeçãozinha tão pequena. E depois da dica da enfermeira sobre colocar o ar na ampola antes de colocar o liquido para dissolver o remédio, tudo ficou mais fácil. Mas assitindo ao episódio, fiquei muito irritada com aquele marido fazendo o maior teatro pra aplicar uma subcutânea...</span></div>
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<span style="font-family: inherit;">Achei até tranquilo que tivessem que aplicar a última injeção, aquela com hora marcada, no banheiro da casa no meio da festa. Nas nossa três tentativas tive que usar o banheiro da universidade no intervalo da aula. Numa das vezes estava aplicando prova no dia.</span></div>
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<span style="font-family: inherit;">Mas certamente o mais difícil foi acompanhar o sofrimento dela com a perda do bebê. Que é uma coisa muito estranha na FIV, porque não é um bebê, é ainda um amontoado de células, mas a gente viu no ultrassom o médico colocar esse amontoado de células lá dentro do útero. Ele colocou bem aconchegado naquele endométrio grosso, acolchoado de sangue quentinho, preparado por dias só pra receber esse amontoado de células...</span></div>
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E o amontoado de células tinha uma lista de nomes esperando por ele ou por ela.</div>
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<span style="font-family: inherit;">E a medicação fez a mama crescer, ficar dolorida, o corpo reter mais líquido... todos os sinais da gravidez estavam lá, menos ela.</span></div>
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A ficava pensando em quantas vezes os amontoados de célula simplesmente não se prenderam ao endométrio, e a menstruação desceu na data prevista, e ninguém nem percebeu que ele tinha passado por lá. Mas na fertilização in-vitro você sabe que ele estava lá, e fica se perguntando porque ele não gostou do quarto que você preparou com tanto carinho. Existe mesmo uma dor muito grande da perda de um bebê, não é a mesma coisa que o resultado do teste de farmácia.</div>
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Era o filho que você não teve a chance de ver crescer, e é bem complicado de lidar... </div>
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Mas voltando ao seriado, a Cobie Smulders consegue trazer todas essas contradições na Lisa, como ela trouxe também na Robin Scherbatsky, quando a personagem descobre que não poderá gerar filhos.</div>
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Laura Reilyhttp://www.blogger.com/profile/02989728985684107978noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35610792.post-53622864083534838122016-05-19T12:32:00.001-04:002016-05-19T13:18:54.073-04:00#precisamosfalarsobreafau<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Na semana passada vi uma movimentação das alunas e alunos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP São Paulo usando a hashtag #nãoénormal. </span><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Após a campanha da Coletiva ENEFAR (Coletiva da Executiva Nacional dos Estudantes de Farmácia) da UFPI Usando a hashtag “não é frescura” (#NAOEFRESCURA) que teve por objetivo mostrar que algumas situações psicológicas vivenciadas pelos estudantes não devem ser banalizadas, como o fato de um discente não conseguir fazer uma prova por causa de uma crise de ansiedade ou de pânico, as alunas e alunos da arquitetura e urbanismo se reconheceram e começaram a se articular.</span><br />
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<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br />Nos cartazes espelhados pela faculdade falavam sobre as angústias que sentem diariamente e que estão associadas ao curso, às relações com professores e colegas, ao tempo, ao dinheiro... Associada à hashtag #nãoénormal veio também #precisamosfalarsobreafau. E precisamos mesmo, especialmente porque esse ar de normalidade no abuso em sala de aula é depois carregado fora da academia, nas nossas contratações profissionais. Se não falarmos sobre isso dentro da escola, na vida profissional temos ainda menos espaço.</span><br />
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<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Mas afinal, qual é o conteúdo desses cartazes e dessa campanha?</span></div>
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<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">São relatos sobre situações extremas que vivem ao longo do curso e que não deveriam ser tratadas como normal. Na <a href="https://www.facebook.com/naoenormalFAU/photos" target="_blank">página</a> que os alunos montaram no facebook estão reunidos até agora 114 relatos de alunos sobre situações de constrangimento, de violência psicológica, de privação que passam no período da faculdade. São frases como "Não ter vontade de ir para a faculdade não é normal", "Não ter tempo para projetos pessoais não é normal", "o professor te fazer chorar não é normal", "ter medo de se pronunciar em sala de aula não é normal", "ter crises de depressão por estar sobrecarregado não é normal", "sentir culpa por dormir mais do que 4 horas não é normal", "sentir culpa por estar usando o horário de almoço para almoçar não é normal"... e por aí vai. </span></div>
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<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Não é difícil entender que não é normal mesmo, mas na faculdade de arquitetura tratamos como se fosse, e depois repetimos o mesmo comportamento na vida profissional, tratamos como brincadeira as frases "arquiteto não dorme" e "arquiteto não se aposenta, morre", mas elas são na verdade uma grande violência sobre todos nós.</span></div>
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<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Na USP, na UFJF, na UFBA e em tantas outras faculdades estudantes se organizaram e colocaram pra fora suas angústias nos cartazes pelos corredores. Neste terça feira os corredores da nossa faculdade foram cobertos com cartazes com a hashtag #nãoénormal. Desta vez não estou na posição dos estudantes, mas de professora, provavelmente alvo das críticas das alunas e alunos.</span></div>
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<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Não vimos nos corredores a articulação de estudantes para montar a campanha, mas vimos suas postagens no Facebook reconhecendo situações e sentimentos em comum, vimos em sala de aula seu choro e a ansiedade em semanas de entregas de projetos, vimos sua saúde afetada pela pressão, a preocupação quando seus filhos estão precisando de cuidados e eles tem que estar em sala. Não vimos sua articulação mas sabemos que eles se reconhecem na campanha.</span></div>
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<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Eu não vi os cartazes nas paredes, naquela noite eu não tinha aulas no mesmo prédio que eles. Só fui saber ontem o que tinham feito. Mais tarde fiquei sabendo que algum aluno achou que tinha dedo meu na história. Não tinha, mas fico feliz em ser reconhecida como uma possível articuladora de uma campanha como essas. Mas, se tivesse participado, teria feito mais barulho, teria sugerido uma convocação pública, um debate maior.</span></div>
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<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Apesar de os cartazes terem sido removidos, acho que surtiram algum efeito. O mais imediato foi trazer a discussão para a sala dos professores, foi nos fazer vestir a carapuça que nos servia. Ontem discutimos sobre essa normalidade das coisas que não são normais, comparamos nosso período como estudantes e os professores que somos hoje.</span></div>
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<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Será que conseguimos ser professoras e professores que despertam curiosidade nos alunos, que despertam desejo em conhecer mais, que despertam tesão pela arquitetura e pelo urbanismo, ou despertamos medo, angústia, desinteresse...</span></div>
<div>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Tomamos um belo tapa na cara, moçada.</span></div>
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<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Espero que possamos continuar esse debate e mudar a cara do nosso curso, mas está também na mão de vocês. Mantenham-se organizados e vamos em frente, o colegiado de professores e a coordenação do curso estão abertos.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">ps.: Fiquei feliz também em ver nossos alunos, há tanto tempo sem centro acadêmico, sem organização interna, interagindo com campanhas dos alunos de outras instituições.</span></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
</div>
Laura Reilyhttp://www.blogger.com/profile/02989728985684107978noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35610792.post-63720006667979804692016-04-11T16:30:00.001-04:002016-04-11T16:30:53.999-04:00alucinações do último ato<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Completavam-se exatos 18 anos que havia comprado o terreninho no Morumbi, quando decidiu mudar-se pra lá definitivamente. Sua mãe e as irmãs já ocupavam os outros quartos. O pai estava em casa separada, mas pertinho dali.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Avisou ao irmão caçula no dia anterior. </span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><span style="background-color: white; color: #333333; line-height: 20.3px;">- Pra minha mãezinha já telegrafei, </span><span style="background-color: white; color: #333333; line-height: 20.3px;">E já me cansei de tanto sofrer, </span><span style="background-color: white; color: #333333; line-height: 20.3px;">Nesta madrugada estarei de partida, </span></i><span style="background-color: white; color: #333333; line-height: 20.3px;"><i>Pra terra querida que me viu nascer</i>.</span></span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Pegou o trem no dia seguinte cantando com Judy Garland.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/hmx1L8G25q4/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/hmx1L8G25q4?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<br />
<br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Acenando pela janelinha do trem conseguiu ver a confusão na estação que sua partida causava. </span><span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Não que fosse novidade sua partida iminente, mas era difícil para os que estavam na plataforma vê-lo partir.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Escreveu seu último ato como escrevia suas peças e os mais recentes contos, com muito humor e aquela pitada de sarcasmo, humor negro e amarga honestidade (como disse um crítico sobre sua obra). </span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Ria ao ver os amigos queridos e o irmão cuidando das burocracias da sua partida. </span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas com que roupa ele vai? Essa mala é a que ele escolheria? Ele deixou alguma coisa preparada, disse como gostaria que acenássemos da estação? Alguma direção, coreografia? Como assim, ele era diretor e não deixou instruções para os atores da peça? </span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">O último ato, incluía gângsters em cena, a máfia das flores como era conhecida na cidade. Atiravam para todo lado, ameaçavam de sequestro. Horas de negociação até a liberação do mocinho na alfândega. Vocês querem vê-lo antes da partida? Ele vai cumprimentar a todos que forem se despedir? Temos maquiadores, iluminadores, figurinistas, cenógrafos, todos especializados... tem certeza que não vão querer?</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">sim, certeza, apenas um aceno de longe, sem janelinha. Como poderia ele em cena sem sua batuta.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Levou consigo lembranças de seus gatos, como um faraó egípcio. Tinha o pêlo dos bichanos nas vestes, uma pequena cerâmica costurada à lá Artur Bispo do Rosário em seu bolso. Não permitiram que levasse líquidos, sabe como é, se não deixam no avião também não deixam no trem. Os vasilhames hoje em dia são perigosos...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Quando chegou na estação para sua despedida viu os amigos carinhosamente preparando o cenário, as luzes, as flores. Tanto amor ali, tanto carinho e tanta saudade. Só foi embora porque estava certo do reencontro um dia.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Na estação, na despedida, muitos se amontoavam. Mas ele já estava dentro do vagão e não ia mais fazer uma aparição. Deve ter se divertido ouvindo às especulações do motivo de sua ausência na própria despedida. </span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Ele estava lá, esteve com todos e provavelmente acumulava personagens para as próximas histórias. Talvez um romance? Se bem que um volume com vários contos estava pronto ali à sua volta.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">O irmão mais velho em certo momento desabafou irritado "ele furou a fila!"</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">As vozes que cantavam Amazing Grace preenchiam a plataforma da estação e ovacionado, como devem ser os artistas, ele partiu para uma caminhada até a colina onde fica seu terreninho. </span><br />
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Tem vista, árvores, e aos domingos tem um pancadão pra animar a tarde. No momento da despedida até rojões soltaram.</span><br />
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">E agora ele mora na colina, e canta e ri, e nós ficamos aqui na saudade.</span><br />
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/o0JSmqZsg_Y/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/o0JSmqZsg_Y?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<br />
<br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>Laura Reilyhttp://www.blogger.com/profile/02989728985684107978noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35610792.post-71564951364760722792015-11-10T09:28:00.001-05:002015-11-10T09:28:18.273-05:00das doresdemorei a escrever... demorei porque ainda ruminava os fatos, mas demorei também porque falar dessa dor tiraria do topo da lista aquele momento de alegria intensa da semana passada.<br />
Mas não falar será mais complicado do que me abrir novamente aqui.<br />
(parênteses introdutório) Estava vendo agora um vídeo sobre feminicídio, violência contra a mulher e me incomodou na fala das pesquisadoras entrevistadas as sentenças em que elas se distanciam, ou se excluem daquela população de que falam. Não são "elas, as outras mulheres" que tem medo, somo nós, todas nós. (fecha parêntesis)<br />
Na semana passada, ainda sob efeito da água gelada do Inhotim e do reencontro de antigas paixões, recebemos notícias terríveis.<br />
Havia quase duas semanas que num dos campi em que leciono as paredes estavam cobertas com cartazes de "desaparecida" e a foto de uma menina de 21 anos. Larissa, aluna nossa da Biomedicina havia sido vista pela última vez estacionando o carro na rodoviária de Extrema a caminho da universidade.<br />
Na última terça feira, quando saí para o intervalo, todos os cartazes haviam sido recolhidos, e ela encontrada. Na verdade seu corpo. Amarrado, torturado, desfigurado e decomposto.<br />
Segundo os noticiários, ela havia descoberto que seu namorado tinha um caso com um homem, que era também empregador dos dois (dela e dele, modelos da confecção) e por isso sua morte foi encomendada pelo dois. Sim, encomendada!<br />
Pagaram mil reais para que ela fosse morta e se desse um sumiço em seu corpo. Morta com requintes de crueldade, disse a legista, ao analisar o que restava de seu corpo em avançado estado de decomposição.<br />
Que merda de mundo é esse em que um homem acha que ser um assassino é melhor que assumir seu romance com outro homem?<br />
Em que curva desse raciocínio atrofiado eles acharam que tinham que matá-la. Porque eles acharam que tinham o direito sobre a vida dela? Que merda!<br />
Como que a vida dessa menina vale mil reais dividido entre duas pessoas? ou melhor, quem deu preço à vida dela?<br />
Imagino a negociação, a barganha... cobro dois. só pago mil. quinhentos na entrada, quinhentos depois que apresentar provas do serviço.<br />
Desta vez o caçador não levou o coração do cervo. Largou o corpo da princesa no bosque, sem anões mineradores, príncipes... sem que ela própria tivesse chance de fugir<br />
Descobri depois de um tempo lecionando, que não me importa se aquela aluna e aquele aluno faz parte da minha lista de chamada, do meu diário, se faz parte da comunidade acadêmica, a responsabilidade que sinto por sua formação é igual. É claro que o convívio semanal gera relações de afeto mais profundas, mas aluno de um é aluno de todos...<br />
Digo isso porque a Larissa não era minha aluna, mas era aluna de meus colegas, que sentirão sua falta na sala de aula, era amiga de meus alunos, que dividiam com ela os assentos no ônibus.<br />
Também não era minha aluna a Tayná, mas sua morte trágica na sexta feira deixará grandes cicatrizes. Tayná seria minha aluna no próximo ano, e pelo que ouvi, seria das boas. Não tive tempo de conhecê-la.<br />
Ninguém teve tempo de impedir o que aconteceu.<br />
Ela avisou a um amigo por uma mensagem de voz "tem um caminhão vindo em minha direção, vou jogar meu carro" e fez.<br />
Que dor tão insuportável era essa que a única saída que ela viu era bater de frente com um caminhão?<br />
Fiquei completamente sem chão, sem saber o que fazer...<br />
Fui dar a notícia terrível da morte da colega aos meus alunos e não consegui, caí num choro de lágrimas gordas, completamente desmontada, como aquele brinquedo da vaquinha de elástico que você aperta o fundo e ela fica mole.<br />
Foram duas alunas numa mesma semana. Foram duas tragédias e o chão sumiu completamente.<br />
A morte delas despertou lembranças que estavam bem enterradinhas. Zumbis que voltaram para assombrar um pouco os dias...<br />
Ouvi uma colega comentando o caso da Larissa: "com que tipo de gente essas meninas andam? elas não sabem distinguir os caras?"<br />
Não, e não são elas que não sabem, NÓS não sabemos.<br />
Se foi só depois dos 21 que percebi o tamanho dos abusos a que estava sujeita naquele namoro que começou na adolescência, imagino que ela não teve nem tempo de perceber, de testar, de crescer com seus enganos. Arrancaram dela a chance de errar e aprender. Mas em que mundo a culpa dessa atrocidade é dela? Não é! A culpa não é dela! Como pode? Ela foi enganada, sequestrada, morta, jogada do barranco no meio da mata e alguém vem dizer que foi culpa dela por não saber com que estava metida? Foi isso mesmo que eu ouvi? Merda!<br />
A história da Tayná trouxe um fantasma que há muito não visitava, o do suicídio anunciado, como forma de controlar a relação. Naquela história de abusos que vivi, um dos jeitos que ele encontrou para que eu não partisse era a ameaça do suicídio. Todas as vezes que tomei fôlego e coragem para me libertar daquela situação, que não era de amor, era de posse (mas eu só descobri isso tempos depois) fui recebida com choro de crocodilo e a ameça "não posso viver sem você. Se você me deixar eu me mato". E lá ia eu, cheia de culpa, carregando a responsabilidade da vida de uma pessoa nas costas, com o rabo entre as pernas, de volta para o abuso. Sem perceber que quem morria aos poucos era eu.<br />
Em nenhum cenário, se por acaso ele realmente tivesse a intenção de morte, aquilo seria minha responsabilidade. Nós não somos responsáveis pela felicidade do outro. Nós podemos fazer parte dela, mas ela não está em nossas mãos.<br />
Mas no meu caso, aquela era uma ferramenta de controle. Ele sabia que eu não gostava nem de pensar em carregar uma culpa dessa e usava isso como grade daquela prisão.<br />
O caso da Tayná não teve aviso prévio. Teve ação. E as vidas partidas que ficaram pra trás.<br />
E o assento vazio na sala de aula, na mesa de jantar...<br />
<br />
<br />Laura Reilyhttp://www.blogger.com/profile/02989728985684107978noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-35610792.post-32187102192607225682015-11-03T13:20:00.000-05:002015-11-10T07:12:06.181-05:00da relatividade do tempo<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">A relatividade de tempo e espaço nunca fizeram tanto sentido como nestes dez dias das últimas setenta e duas horas.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Teve o dia em que viajamos a madrugada toda, que deu às quatro horas de sono o mesmo poder restaurador de uma noite inteira. E nele roteirizamos nossas aventuras.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">E aquele dia em que chegamos e andamos pela cidade, fazendo o reconhecimento da nossa nova casa, cheirando cada cantinho, sentido o sol por cada fresta. Sonhando com o carinho que as edificações no nosso caminho pediam tanto...</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Teve também aquele dia em que passeamos pela lagoa reencontrando amigos de longa data, amigos que conhecemos tanto sem nunca termos nos visto antes. E todas as cores e todas as flores estavam lá pra nos receber, assanhadas. E nos encontramos do jeitinho que fantasiávamos. E trinta e oito corações batendo acelerados, ouvidos atentos, olhares curiosos e as pernas cansadas. Os dois quilômetros transformados em cinco e as curvas azuis com sabor de sorvete no final.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Mas o que coroou aquele dia foram as rodas das crianças dançando.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Também teve aquele dia em que à noite as pessoas andavam fantasiadas e o dj procurava motivos pra ir embora (mas essa parte eu já não vi, me contaram).</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Num dos dias fomos guiados por um mundo de fantasia, de cores, formas, cheiros, ventos e sensações que ainda não conhecíamos. E o celacanto provocou maremotos nos olhos e corações. </span><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Aquele dia terminou no reflexo de Narciso nas bolas prateadas oferecidas por Yayoi e na</span><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"> expansão ao infinito dos quarenta horizontes. Mas foi o som dos vinte e nove infinitos que fizeram meu coração bater quentinho.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">No outro dia nos perdemos nesse mundo da fantasia. Passamos por aquele mundo em que dia vira noite e noite vira dia, que aquilo que está ao sol é escuro e o subterrâneo é claro (Marco Polo deve ter relatado a Kublai Khan sua visita a este lugar).</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Cosmococonautas descobrimos a gruta da oficina</span><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"> e nos perdemos numa deliciosa viagem para finalmente nos encontramos na água gelada de fazer gargalhadas do rio que passava debaixo da gruta. E no formigamento do corpo, a pulsação de todas as veias e artérias, e o batuque do coração no ouvido, a respiração quente, mais quente agora com o corpo gelado. E todos os problemas que desapareceram, congelados na água, ficaram sem importância.</span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">E o barato da água ficou conosco pra sempre...</span></span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Refeitos e inteiros curtimos aquele dia em que a noite não tinha fim, a noite dupla. </span></span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Aquela em que o alinhamento dos planetas provocou um encontro de almas como nunca antes visto. E andamos pela noite quente, donos da noite e das ruas. E cantamos com todo o ar de nossos pulmões, e dançamos até os sapatos aprenderem os passos e dançarem sozinhos. E cantamos mais, deixando em evidência o amor ao chocolate. E a voz acabou. E sem voz, voltamos pra casa, mesmo que a vontade fosse de que a noite não tivesse fim.</span></span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">E no penúltimo dia, de coração partido, nos despedimos com calma da nossa casa, guardamos as lembranças na mala, o sabor doce.</span></span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">No último dia, voltando pra casa o céu chorava de saudade, e despedimo-nos entre lágrimas, palmas e Manoel de Barros.</span></span><br />
<span style="font-size: x-small;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></span></span>
<span style="font-size: x-small;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></span></span>
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-small;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: right;">
<i style="background-color: white; color: #333333; line-height: 20px;"><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-small;">Tentei montar com aquele meu amigo que tem um olhar descomparado, uma Oficina de Desregular a Natureza. Mas faltou dinheiro na hora para a gente alugar um espaço. Ele propôs que montássemos por primeiro a Oficina em alguma gruta. Por toda parte existia gruta, ele disse. E por de logo achamos uma na beira da estrada. Ponho por caso que até foi sorte nossa. Pois que debaixo da gruta passava um rio. O que de melhor houvesse para uma Oficina de Desregular Natureza! Por de logo fizemos o primeiro trabalho. Era o Besouro de olhar ajoelhado. Botaríamos esse Besouro no canto mais nobre da gruta. Mas a gruta não tinha canto mais nobre. Logo apareceu um lírio pensativo de sol. De seguida o mesmo lírio pensativo de chão. Pensamos que sendo o lírio um bem da natureza prezado por Cristo resolvemos dar o nome ao trabalho de Lírio pensativo de Deus. Ficou sendo. Logo fizemos a Borboleta beata. E depois fizemos Uma idéia de roupa rasgada de bunda. E A fivela de prender silêncios. Depois elaboramos A canção para a lata defunta. E ainda a seguir: O parafuso de veludo, O prego que farfalha, O alicate cremoso. E por último aproveitamos para imitar Picasso com A moça com o olho no centro da testa. Picasso desregulava a natureza, tentamos imitá-lo. Modéstia à parte.</span></i></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="background-color: white; color: #333333; line-height: 20px;"><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-small;">(Oficina. Memórias Inventadas, a segunda infância. Manoel de Barros)</span></span></div>
Laura Reilyhttp://www.blogger.com/profile/02989728985684107978noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35610792.post-51728422432099001562011-11-26T09:02:00.001-05:002011-11-26T09:03:28.349-05:00das cotas nos projetos de arquitetura<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;"><span style="font-size: 12pt;">Eu dificilmente leio o caderno de esportes da Folha. A não ser quando tem notícias de aberturas das Olimpíadas ou grandes construções de complexos desportivos.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;"><span style="font-size: 12pt;">Foi esse o caso hoje (25/11/2011).</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;"><span style="font-size: 12pt;">A manchete “<b><a href="http://www1.folha.uol.com.br/esporte/1011777-cota-para-deficiente-na-copa-2014-gera-disputa.shtml" target="_blank">Cota para deficiente na Copa-2014 gera disputa</a></b>” ganhou minha atenção e fui lá procurar saber o que isso significava.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;"><span style="font-size: 12pt;">Ao que tudo indica em nenhum dos estádios projetados para a Copa de 2014 a cota exigida pelo Decreto Federal 5.296 de 2004 para assentos reservados a pessoas com deficiência e dificuldade de locomoção foi atingida.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;"><span style="font-size: 12pt;">Grande chance a nossa de refazer os antigos estádios, modernizar, deixar mais confortável para o público e assim atrair mais gente para as partidas, mesmo após o final da Copa. Aumentar tudo, trocar a iluminação, refazer os banheiros, as lanchonetes, as coberturas. Que delícia de oportunidade tiveram os arquitetos que fizeram esses projetos. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;"><span style="font-size: 12pt;">Pena que eles seguiram a legislação errada. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;"><span style="font-size: 12pt;">A <a href="http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10098.htm" target="_blank">Lei Federal 10.098</a> de 2000 e o <a href="http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5296.htm" target="_blank">Decreto Federal 5.296</a> de 2004, junto com a norma técnica <a href="http://www.mpdft.gov.br/sicorde/NBR9050-31052004.pdf" target="_blank">NBR 9050/2004 da ABNT</a> regem nossos espaços construídos, principalmente os de uso coletivo, no que diz respeito à equiparação de oportunidades para as pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. O texto da legislação brasileira é muito feliz ao incluir idosos e pessoas com </span><span style="font-size: 12pt;">dificuldade de movimentar-se, permanente ou temporariamente, como gestantes, pessoas acidentadas ou em tratamento de doenças graves. As cotas dos assentos são destinadas a todas elas. A elas e a seus acompanhantes, porque, convenhamos, ir ao cinema sozinho nem sempre é bom. Ir ao estádio torcer é muito mais gostoso em grupo. E as pessoas nem sempre tem autonomia para ficarem sozinhas.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;"><span style="font-size: 12pt;">A legislação está aí para garantir que TODOS os brasileiros tenham as mesmas oportunidades de cultura, educação, lazer... E as cotas se fazem necessárias neste momento.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;"><span style="font-size: 12pt;">Num mundo mais altruísta as cotas não seriam necessárias, o acesso seria universal, e desde o primeiro pensamento para um traço de projeto todas as pessoas com todas as habilidades seriam incluídas.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;"><span style="font-size: 12pt;">Mas nosso mundo ainda não é assim, e a maneira de garantir que todos possam assistir a um jogo de futebol num dos maiores eventos desportivos que nosso país já sediou, é exigir a aplicação das cotas nos projetos arquitetônicos.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;"><span style="font-size: 12pt;">Fico feliz em saber que a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República está atenta e <a href="http://www1.folha.uol.com.br/fsp/esporte/10973-secretaria-da-presidencia-insiste-em-cumprimento-de-decreto.shtml" target="_blank">cobrando para que sejam respeitadas as normas</a> brasileiras sobre as internacionais.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;"><span style="font-size: 12pt;">Fico triste em ver que meus colegas arquitetos responsáveis por estes projetos não se preocuparam com esta parcela da população.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;"><span style="font-size: 12pt;">Tantas vezes nos comparamos aos países europeus, aos norte-americanos, dizendo que nossas leis não são suficientes, não nos protegem, não punem os culpados, e quando finalmente temos uma lei mais humana que as internacionais, que se preocupa mais com os direitos do cidadão, achamos que ela não precisa ser cumprida em sua totalidade.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;"><span style="font-size: 12pt;">No caso dos estádios, o exemplo usado na reportagem da Folha foi o novo estádio do Corinthians, em Itaquera, São Paulo. O estádio deve abrigar a abertura da Copa, ou seja, um estádio para 70mil pessoas. Segundo a norma brasileira deveriam ter sido previstos 2.800 assentos para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, sendo 1.400 para usuários de cadeiras de rodas e outros 1.400 para pessoas com mobilidade reduzida, incluídos neste grupo deficientes visuais, idosos, gestantes, obesos, pessoas com dificuldades temporárias de se movimentar. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal;"><span style="font-size: 12pt;">Foram previstos 300 lugares.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;"><span style="font-size: 12pt;">Convenhamos, em 70mil pessoas, só 300 se encaixam na descrição acima? Acho difícil de acreditar.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;"><span style="font-size: 12pt;">Quando um arquiteto é contratado para um projeto ele deve recolher uma Assinatura de Responsabilidade Técnica, que é um documento oficial no qual estão os principais dados sobre o projeto, a metragem projetada, o tipo de edificação, o tipo de contratação, quanto ele recebeu pelo projeto. Ao final deste documento, logo acima da assinatura do profissional está escrito: “</span><i><span style="font-size: 12pt;">Declaro ser de minha responsabilidade técnica, dentro das atividades assumidas nesta ART e nos termos aqui anotados, <b>o atendimento às regras de acessibilidade previstas nas Normas Técnicas de Acessibilidade da ABNT e na legislação específica, em especial o Decreto nº 5.296/2004</b>, para os projetos de construção, reforma ou ampliação de edificações de uso público ou coletivo, nos espaços urbanos ou em mudança de destinação (usos) para estes fins</span></i><span style="font-size: 12pt;">”.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;"><span style="font-size: 12pt;">Ou seja, não importa que o contratante do projeto seja a FIFA, um organismo internacional, e que os manuais da FIFA exijam apenas os 300 lugares reservados a pessoas com deficiência, se o projeto está sendo realizado no Brasil, a lei brasileira é soberana e deve ser respeitada.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;"><span style="font-size: 12pt;">Espero que meus colegas tenham bastante criatividade para resolver essa situação dos projetos dos estádios. E que a </span><span style="font-size: 12pt;">Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República</span><span style="font-size: 12pt;"> tenha o pulso firme para exigir uma solução adequada. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;"><span style="font-size: 12pt;">Espero que no futuro, nos próximos projetos que realizarem, tenham em mente os princípios do Desenho Universal (</span><span style="font-size: 12pt;">utilização equiparável, flexível, simples, tolerante ao erro, que informe de maneira eficaz suas formas de uso, que possuam tamanhos e espaços que viabilizem o uso e exijam pouco esforço físico) desde o princípio, e não apenas como checklist de elementos ao final do projeto.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;"><span style="font-size: 12pt;">Acessibilidade não é só colocar rampa, elevador, corrimão, piso podotátil e um banheiro grande num equipamento de uso coletivo, é permitir que todas as pessoas, independente de suas habilidades, possam, com conforto e dignidade, participar das atividades realizadas naquele espaço. </span><span style="font-size: 12pt;"></span></div>Laura Reilyhttp://www.blogger.com/profile/02989728985684107978noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35610792.post-91972161360747724322011-07-27T18:50:00.000-04:002011-07-27T18:50:03.708-04:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/JuAz2sNx4lc?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>Laura Reilyhttp://www.blogger.com/profile/02989728985684107978noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35610792.post-87997074385163567092011-07-07T18:51:00.001-04:002011-07-07T18:53:43.027-04:00New Haven Casualtava pensando...<br />
Tenho um montão de coisas pra fazer e uma preguiça danada... então resolvi escrever no blog.<br />
Pra quê escrever o artigo pra mandar pro congresso se eu posso escrever no blog sem ter que conferir citação nenhuma?<br />
Mas tava pensando sobre nossa viagem, que já está quase chegando no fim.<br />
Já estamos empacotando coisas, combinando desligamento da internet e da TV antes que chegue a próxima conta, fazendo as comprinhas da família, as lembrancinhas dos amigos.<br />
Estamos nos preparando pra uma semaninha de férias também. bom, eu tenho férias, o marido acabou de arrumar mais uns lugares pra fazer as últimas pesquisinhas... mas...<br />
Com o verão à toda, o sol indo embora só depois das 8, a agente tem conseguido passear pela cidade no final da tarde. Antes de ficar escuro e esquisito.<br />
Confesso que esses passeios tem um gostinho especial.<br />
A luz está linda no final da tarde, as construções todas de pedras refletem o sol diferente da tinta e da cerâmica que estamos acostumados. O verde psicodélico das árvores é realçado pelos raios de sol quase horizontais.<br />
Mas de longe o que eu mais gosto são os sinos.<br />
De hora em hora podemos ouvir os sinos da universidade ecoando pela cidade.<br />
É diferente do sino da igreja que avisa a hora de nos deitarmos todo dia no Brasil.<br />
Não são os badalos que marcam as horas das missas, eles marcam as horas das aulas, do final do dia acadêmico.<br />
Tem um som suave que diz "podem descansar e pensar sobre o dia de hoje"Laura Reilyhttp://www.blogger.com/profile/02989728985684107978noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-35610792.post-24213399451129012552011-05-10T17:31:00.000-04:002011-05-10T17:31:52.334-04:00Washington, DC (3)Terceiro dia de viagem segundo dia de pesquisa.<br />
<br />
Desta vez, devidamente agasalhado, marido foi usar o reading Room do Jefferson Building e eu fui conhecer a sala de leitura de Ciência e Tecnologia no quinto andar do Adams Building.<br />
<br />
Não sei se já falei que adoro granilite, se não falei ainda, falo agora: ADORO GRANILITE. Pra quem não tem ideia do que tô falando, granilite é um tipo de acabamento de piso (ou parede, divisória, <a href="http://www.produtosgoloni.com.br/admin/fotos3/imagem17_13_35_2.jpg">banco</a>...) feito da <a href="http://www.conclavepisos.com.br/images/granilite.jpg">mistura de cimento e pedra quebradinha</a> bem pequena e polido depois de seco. Tem muita divisória de banheiro feita de granilite por aí. Mas tô falando disso porque o piso dos acessos da biblioteca eram da granilite todo desenhado, muito colorido e eu fiquei uns bons minutos só olhando piso. A louca!<br />
Minha parte da pesquisa foi rapidinha nesse dia. Rendeu 2 compras de livros pela Amazon e uma visita a uma instituição no dia seguinte, mas terminei todas as minhas consultas pela manhã.<br />
Depois do almoço o marido voltou para a sala de leitura da biblioteca e eu fui fazer uma visita guiada pelo prédio mais antigo da Biblioteca.<br />
<br />
Esse passeio rendeu boas fotos:<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-9sP_WZ1VhXA/TcmoeKBKF2I/AAAAAAAAAPY/6HPXiC6lppE/s1600/P1000358.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://1.bp.blogspot.com/-9sP_WZ1VhXA/TcmoeKBKF2I/AAAAAAAAAPY/6HPXiC6lppE/s400/P1000358.JPG" width="400" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-dsJP3rHa1LM/TcmomxAbB1I/AAAAAAAAAPc/PZvNtgYbdqQ/s1600/P1000360.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://2.bp.blogspot.com/-dsJP3rHa1LM/TcmomxAbB1I/AAAAAAAAAPc/PZvNtgYbdqQ/s400/P1000360.JPG" width="300" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-EgxJZXstYQs/TcmotJC7ARI/AAAAAAAAAPg/lrR63EPy2xQ/s1600/P1000370.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://3.bp.blogspot.com/-EgxJZXstYQs/TcmotJC7ARI/AAAAAAAAAPg/lrR63EPy2xQ/s400/P1000370.JPG" width="400" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-suqYSJI8Wso/Tcmoxc4Jk8I/AAAAAAAAAPk/YfurW5UbJEM/s1600/P1000373.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://2.bp.blogspot.com/-suqYSJI8Wso/Tcmoxc4Jk8I/AAAAAAAAAPk/YfurW5UbJEM/s400/P1000373.JPG" width="400" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-KXPr7GzCJ9E/Tcmo69RjHUI/AAAAAAAAAPo/QUDctATOM-c/s1600/P1000375.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://4.bp.blogspot.com/-KXPr7GzCJ9E/Tcmo69RjHUI/AAAAAAAAAPo/QUDctATOM-c/s400/P1000375.JPG" width="400" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-UwjJWiJoPkc/Tcmo9ncTIKI/AAAAAAAAAPs/vpDwoNeUoyY/s1600/P1000377.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://1.bp.blogspot.com/-UwjJWiJoPkc/Tcmo9ncTIKI/AAAAAAAAAPs/vpDwoNeUoyY/s400/P1000377.JPG" width="300" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-XwK9JUVLnqA/TcmpD98a3gI/AAAAAAAAAPw/PBUPeq_QDhw/s1600/P1000380.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://2.bp.blogspot.com/-XwK9JUVLnqA/TcmpD98a3gI/AAAAAAAAAPw/PBUPeq_QDhw/s400/P1000380.JPG" width="300" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-lfHYSDP5HE4/TcmpJ2WUqsI/AAAAAAAAAP0/RngbEymK6xY/s1600/P1000386.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://3.bp.blogspot.com/-lfHYSDP5HE4/TcmpJ2WUqsI/AAAAAAAAAP0/RngbEymK6xY/s400/P1000386.JPG" width="400" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-ShL_CtzWfqw/TcmpVYr4pNI/AAAAAAAAAP4/Op3P76GC6OU/s1600/P1000387.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://4.bp.blogspot.com/-ShL_CtzWfqw/TcmpVYr4pNI/AAAAAAAAAP4/Op3P76GC6OU/s400/P1000387.JPG" width="400" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-RyPvtj6aIAM/TcmpYxgbpAI/AAAAAAAAAP8/BOeUtg6500k/s1600/P1000390.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://3.bp.blogspot.com/-RyPvtj6aIAM/TcmpYxgbpAI/AAAAAAAAAP8/BOeUtg6500k/s400/P1000390.JPG" width="300" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-mhj-n_1r5Vo/TcmpcIf9_2I/AAAAAAAAAQA/uotrIgFnpnQ/s1600/P1000398.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://3.bp.blogspot.com/-mhj-n_1r5Vo/TcmpcIf9_2I/AAAAAAAAAQA/uotrIgFnpnQ/s400/P1000398.JPG" width="300" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-Kp872WrhtM8/Tcmpg4G3hEI/AAAAAAAAAQE/WJellwqGJvk/s1600/P1000400.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://3.bp.blogspot.com/-Kp872WrhtM8/Tcmpg4G3hEI/AAAAAAAAAQE/WJellwqGJvk/s400/P1000400.JPG" width="400" /></a></div><br />
Quando saímos da biblioteca, a chuva que caía pela manhã já tinha dado espaço pro sol e pudemos voltar mais tranquilos pro hotel. 2 milhas na chuva não dava pra encarar. De qualquer maneira, resolvemos pegar o "Circuladô" (<a href="http://www.dccirculator.com/">Circulator</a> é um dos tipos de ônibus de Washington e custa US$ 1.00 por viagem e só aceita dinheiro exato, ou seja, tenha sempre uma nota de 1 dollar no bolso ou vá à pé) pra voltar. O combinado era sair pra jantar...<br />
<br />
Nosso jantar romântico em DC foi no famoso <a href="http://www.blogger.com/goog_609300262">Ben's Chili Bow</a><a href="http://www.benschilibowl.com/ordereze/Content/2/Summary.aspx">l</a>, uma casa de cachorro quente com o Chili mais famoso de Washington e o preferido do Bill Cosby. Depois descobri que o endereço ali era bem mais famoso do que esperava. A "U Street" foi conhecida como a Broadway Negra na década de 50 e 60 e viu muito artista e político negro importante para a história passar por ela.<br />
<br />
Mas o vento tava gelado demais pra ficar passeando pela rua. Mas sugiro aos viajantes que gastem mais tempo nessa região da cidade.Laura Reilyhttp://www.blogger.com/profile/02989728985684107978noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-35610792.post-56694828827710538912011-05-10T16:41:00.001-04:002011-05-10T16:44:17.889-04:00Washington, DC (2)De volta à Connecticut depois de 4 dias em Washington.<br />
Que viagem mais deslumbrante!<br />
Capitais Federais tem esse poder. É uma imponência urbana que te faz ficar em estado de êxtase a casa nova perspectiva. Azar de quem fala que não se vive bem nessas cidades projetadas como monumentos, elas são lindas nas fotografias que tiramos nos passeios turísticos.<br />
Aproveitei tudo o que podia do curto tempo que tinha na capital estadunidense.<br />
<br />
O objetivo principal da viagem era acadêmico, o marido e eu tinhamos que fazer pesquisa na maior biblioteca do mundo. Mas é lógico que tinha que aproveitar o pouquinho de tempo livre depois da pesquisa pra passear.<br />
<br />
Como chegamos meio tarde na segunda feira, decidimos não arriscar a biblioteca e depois do check-in no <a href="http://www.hiwashingtondc.org/index.shtml">Hostel</a> corremos para o <a href="http://www.nasm.si.edu/">Air and Space Museum</a> no National Mall.<br />
Eu tinha que começar por lá! O passeio àquele museu em 86 é uma das lembranças mais vivas na minha memória.<br />
<br />
Naquele ano, meus pais levaram minha irmã do meio e eu pra passar 3 semanas nos EUA, incluindo Natal com a família da minha mãe na neve, passeio pra ver a Cinderela na Disney e o aniversário da minha vó em Washington, na casa de um amigo dela que estava na equipe que projetou o Hubble. Minha irmã mais nova, que era um neném fofinho de 1ano e meio na época, ficou no Brasil com nossa tia e nos culpa por traumas de abandono até hoje... well...<br />
<br />
Meu pai é um fanático por aviação e viagens espaciais, é daquele que ficou com os olhos até secos esperando Neil Armstrong e Edwin Aldrin pousarem na lua, tinha aviõezinhos pendurados no teto do quarto, coleciona Mecânica Popular. Lógico que ficamos horas no museu aeroespacial! Na minha lembrança foram uns três dias sem sair de lá, mas deve ter algo errado com essa lembrança.<br />
De qualquer maneira, os caças pendurados no teto, as cabines de comando de naves espaciais, as comidas de astronautas e o filme feito dentro da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Challenger_%28%C3%B4nibus_espacial%29">Charlenger</a> com uma "astronauta mulher" lá dentro me fascinaram. Eu tinha assistido ao lançamento e explosão daquela nave ao vivo pela tevê no começo daquele ano, e tinha umA astronauta na nave... ah, como eu queria ser astronauta!<br />
Lógico que minha missão pela capital tinha que começar por alí.<br />
<br />
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-28R5ijXhNb0/TcXdd3VOkoI/AAAAAAAAAPQ/DgdunhI8kis/s1600/P1000260.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a> <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-28R5ijXhNb0/TcXdd3VOkoI/AAAAAAAAAPQ/DgdunhI8kis/s1600/P1000260.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://2.bp.blogspot.com/-28R5ijXhNb0/TcXdd3VOkoI/AAAAAAAAAPQ/DgdunhI8kis/s400/P1000260.JPG" width="400" /></a></div><div style="text-align: center;"> <span style="font-size: x-small;">Air and Space Museum (foto minha)</span></div><br />
As naves e aviões não parecem mais tão grandes... talvez pareçam mais letais hoje do que quando eu tinha 6 anos... mas não são mais tão grandes.<br />
Desta vez fui curtir as velharias, os modelos dos primeiros aviões, os homens desafiando o ar e a gravidade. As mulheres desafiando o ar, a gravidade e os homens. Fiquei vendo cada medalhinha, cada postal recebido em combate, as bombas pintadas na lataria do bombardeiro da 2ª Guerra, os uniformes da aviação civil, os troféus das competições. Tem um sabor diferente voltar a um lugar que você só viu quando criança, mas antes tinha meu pai ao lado contando a história de cada um dos caças que estavam pendurados lá...<br />
Os museus ainda estão fechando cedo, mesmo com o sol brilhando até mais de 7 horas da noite.<br />
Fazer oquê, né? Fomos tomar uma cervejinha no primeiro pub bonitinho que cruzou nosso caminho.<br />
Voltamos exaustos pro hotel e fomos descansar para começar cedo no dia seguinte.<br />
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Pra usar a <a href="http://www.loc.gov/index.html">Biblioteca do Congresso</a> tem algumas regras: ninguém pode pedir nenhum livro sem estar devidamente cadastrado como pesquisador, e ninguém, a não ser os funcionários da biblioteca, pode chegar e pegar um livro na estante.<br />
Ali em Washington três prédios compõe a Biblioteca, o <a href="http://myloc.gov/ExhibitSpaces/jeffbuilding/Pages/Default.aspx">Thomas Jefferson Building</a>, o mais antigo deles, o <a href="http://myloc.gov/ExhibitSpaces/madisonbuilding/Pages/Default.aspx">James Madison Memorial Building</a>, aberto em 1980, e o<a href="http://myloc.gov/ExhibitSpaces/adamsbuilding/Pages/Default.aspx"> John Adams Building</a>, aberto em Janeiro de 1939.<br />
<br />
Por ser o prédio mais novo o Madison Building abriga os laboratórios e coleções especiais, como fotografias, posteres, vídeos, gravações de som, instrumentos musicais. É ali também que nós, novos usuários da biblioteca, fizemos nosso cadastro.<br />
Marido ficou por ali mesmo pesquisando nos arquivos de imagem e eu atravessei pelos corredores subterrâneos para usar a sala de leitura do Thomas Jefferson Building.<br />
Ler num lugar daqueles tem outro sentido.<br />
Se existe algum lugar em que se possa assimilar idéias por osmose, só pode ser lá.<br />
Passei a tarde ali, até ficar roxa de frio e sair pra encontrar o marido. A temperatura de conservação dos livros é bem perto da temperatura de conservação de carne (no frigorífico!) e eu estava vestida para a temperatura externa da cidade, perto dos 30ºC. Mas tudo bem, só atrapalhou um pouco a concentração. Não cometi o mesmo erro depois.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-Y4l7sYddrQw/TcmfBAWJlyI/AAAAAAAAAPU/EMuS2Qm2REU/s1600/P1000322.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://3.bp.blogspot.com/-Y4l7sYddrQw/TcmfBAWJlyI/AAAAAAAAAPU/EMuS2Qm2REU/s400/P1000322.JPG" width="400" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;"> Library of Congress Thomas Jefferson Building (foto minha)</span></div><br />
Resolvemos voltar andando para o hotel naquela tarde linda, afinal, o que são 2 milhas de caminhada?<br />
Só vou dizer que às 9h estava pronta pra dormir.Laura Reilyhttp://www.blogger.com/profile/02989728985684107978noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35610792.post-15245171571319257962011-05-02T22:55:00.000-04:002011-05-02T22:55:11.456-04:00Washington, DC (1)<!--[if gte mso 9]><xml> <o:OfficeDocumentSettings> <o:AllowPNG/> </o:OfficeDocumentSettings> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:WordDocument> <w:View>Normal</w:View> <w:Zoom>0</w:Zoom> <w:TrackMoves/> <w:TrackFormatting/> <w:PunctuationKerning/> <w:ValidateAgainstSchemas/> <w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:DoNotPromoteQF/> <w:LidThemeOther>EN-US</w:LidThemeOther> <w:LidThemeAsian>X-NONE</w:LidThemeAsian> <w:LidThemeComplexScript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript> <w:Compatibility> <w:BreakWrappedTables/> <w:SnapToGridInCell/> <w:WrapTextWithPunct/> <w:UseAsianBreakRules/> <w:DontGrowAutofit/> <w:SplitPgBreakAndParaMark/> <w:EnableOpenTypeKerning/> <w:DontFlipMirrorIndents/> <w:OverrideTableStyleHps/> </w:Compatibility> <m:mathPr> <m:mathFont m:val="Cambria Math"/> <m:brkBin m:val="before"/> <m:brkBinSub m:val="--"/> <m:smallFrac m:val="off"/> <m:dispDef/> <m:lMargin m:val="0"/> <m:rMargin m:val="0"/> <m:defJc m:val="centerGroup"/> <m:wrapIndent m:val="1440"/> <m:intLim m:val="subSup"/> <m:naryLim m:val="undOvr"/> </m:mathPr></w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:LatentStyles DefLockedState="false" DefUnhideWhenUsed="true"
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<div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Washington, 2 de maio de 2011</span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Hoje estou me sentindo no meio da notícia, como diriam os amigos jornalistas.</span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Ontem antes de dormir, ainda em Connecticut, tive um acesso desmemoriado e coloquei no 19. Dezenove lá na TV a cabo da minha casa do Brasil é a Globo, na TV a cabo da minha casa dos States é um canal em espanhol, pra comunidade latina da região.</span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">E eu não assisto ao dezenove aqui, a não ser que seja algo imperdível, como Karatê Kid dublado.</span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Bem, voltando! Reparei que era o Sr Presidente Obama que estava falando à nação. Aí percebi que era ao vivo. Hein? Desde quando tem pronunciamento de presidente ao vivo num domingo as 11:30 da noite? <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Deve ser alguma coisa séria!</span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Corre e procura um canal em inglês, sem a tradução simultânea pro espanhol.</span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Tio Obama tava lá, contanto pra todo mundo, que os militares americanos tinham finalmente encontrado e matado o Bin Laden. </span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Só isso, notícia meio sem importância, e eu indo dormir pra pegar o trem cedo pra Washington DC.</span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Vim pro meio da notícia.</span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Mas não vi a agitação toda não. Tô à pé e os caminhos são longos e ensolarados. Fiquei no museu Aeroespacial do Smithsonian vendo naves espaciais, caças de guerra e aviões antigos.</span></div>Laura Reilyhttp://www.blogger.com/profile/02989728985684107978noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35610792.post-18684642341761486762011-04-24T13:15:00.000-04:002011-04-24T13:15:29.817-04:00New York (2)Foi na segunda-feira que eu realmente comecei a curtir Nova Iorque.<br />
Tudo bem, passear no Central Park é legal pra caramba, mas ele foi construído para que se sentisse o constraste entre o caos urbano da metrópole e os percursos sinuosos e cheios de surpresa e silêncio do do parque. Sem passar pelo caos das avenidas a sul do parque ele não tem o mesmo impacto.<br />
Então lá fomos nós.<br />
Minha primeira atividade do dia era passar no Consulado do Canadá pra dar entrada no visto. Oito horas da madrugada tinha estar lá com tudo pronto. Enquanto isso o marido ia fazer pesquisa no arquivo do Smithsonian ali pertinho.<br />
O Consulado fica na Avenida das Americas, aka 6th avenu, no subsolo de um prédio com ligação direta pro metrô e pro Rockefeller Center. O arquivo do Smithsonian é do mesmo lado da avenida, uma quadra mais ao norte. (Pra cima?)<br />
As coisas no consulado fora muito mais rápidas do que podia imaginar. tudo bem que meu padrão de comparação era a fila do consulado americano em São Paulo, com 3 horas de espera... No fim, deixei a papelada lá e só tinha que voltar no dia seguinte, desta vez às dez e meia, pra pegar o passaporte com o visto.<br />
O combinado com o marido é que encontraria com ele no final da manhã no arquivo pra gente almoçar, então eu tinha a manhã livre pra bater pernas no centro de Manhattan.<br />
Eu, toda toda, passeando em NY.<br />
O perigo de andar sozinha nessas situações é ser atropelada.<br />
Tem uma lenda que diz que a maioria dos casos de atropelamento em Paris acontece com arquitetos.<br />
Posso acreditar! E imagino que em NY a coisa não seja muito diferente.<br />
Não é por falta de atenção, é por excesso! Tem tanta coisa legal no meio do caminho, e pro alto, e pra trás, e pro chão... tem letreiro, tem gente, tem um milhão quatrocentos e cinquenta e três mil detalhes em cada prédio... não dá pra perder tempo olhando pro taxi amarelo que insiste em entrar na rua mesmo que o sinal esteja aberto pro pedestre.<br />
Por sinal, leizinha de trânsito mais louca essa!<br />
<br />
Então vamos lá, recosntituindo o percurso: Saí do consulado na 6thAve com 50thStreet, fui ver se o arquivo era mesmo na 51st. OK! Da 51st segui até a 5th Avenue.<br />
Aí brinquei de madame e fiquei vendo vitrine. Pena que ainda não eram 10h e as lojas estavam fechadas. Fui até a 52nd, voltei, andei até a Madison. Dei a volta na Saint Patrick's Cathedral, santo padroeiro da nossa viagem.<br />
Vi a fila que se formava em frente à Saks.<br />
Andei pela 49th até a Park para ver o Waldorf Astoria<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/c8/Waldorf_Astoria_Hotel.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="270" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/c8/Waldorf_Astoria_Hotel.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Attribution: <span class="licensetpl_attr">James G. Howes</span></span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: x-small;"><span class="licensetpl_attr"> <span style="font-size: small;">Na volta, a Saks já estava aberta, mas minha veia consumista não estava funcionando e minha preguiça de experimentar roupas estava forte. Acabei comprando um baton, que era um que eu tava namorando desde o aniversário da minha mãe. Um da Clinique, "cor de boca", sem perfume, com hidratante, protetor solar e que não causa alergia, que custa quase 90 contos no shopping perto de casa e 14 doletas na Saks...</span></span></span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: x-small;"><span class="licensetpl_attr"><span style="font-size: small;">Como ainda faltava um pouquinho de tempo antes de encontrar o marido, dei uma paradinha na H&M pra ver as novidades...</span></span></span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: x-small;"><span class="licensetpl_attr"><span style="font-size: small;">Bom, na verdade foi também uma questão de necessidade. Quando saímos do hostel de manhã, era inverno em NY, mas perto da hora do almoço já era verão.</span></span></span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: x-small;"><span class="licensetpl_attr"><span style="font-size: small;">Segundo o noticiário, a temperatura chegou a 81ºF (27ºC), perto da temperatura recorde pra época.</span></span></span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: x-small;"><span class="licensetpl_attr"><span style="font-size: small;">Mas na verdade só achei uma jaqueta de brim que eu queria fazia tempo...</span></span></span><br />
<span style="font-size: x-small;"><span class="licensetpl_attr"><span style="font-size: small;">Hora de encontrar o marido e almoçar. </span></span></span><br />
<span style="font-size: x-small;"><span class="licensetpl_attr"><span style="font-size: small;">Nosso combinado era: <a href="http://www.carnegiedeli.com/">Carnegie Deli</a>, perto do Carnegie Hall, pra comer o sanduíche monstro de pastrami e língua de boi indicado pelo <a href="http://www.travelchannel.com/TV_Shows/Bizarre_Foods/Episodes_Travel_Guides/ci.Episode_New_York.map">Andrew Zimmerman.</a> </span></span></span></div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-n7Zcr-IZUv4/TbRI_msCgZI/AAAAAAAAAPA/xWPt-iSQB2Q/s1600/pastrami+e+l%25C3%25ADngua.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="301" src="http://3.bp.blogspot.com/-n7Zcr-IZUv4/TbRI_msCgZI/AAAAAAAAAPA/xWPt-iSQB2Q/s400/pastrami+e+l%25C3%25ADngua.jpg" width="400" /> </a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Dá pra entender que essas duas camadas de carne são metade do sanduíche e que tem um pedaço igual atrás, né?</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Metade pra cada um!</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Depois dessa quantidade de comida foi um pouquinho difícil andar sem fazer a sesta, mas fomos fortes.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Andamos até Carnegie Hall, que está reformando a fachada e cheio de andaimes. Ou seja, não vi nada!</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Depois voltamos para a 5ª avenida. Um calor de matar, pelo menos pra quem saiu de casa com 2 blusas de manga comprida.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Ainda bem que tinha uma GAP no meio do caminho. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Devidamente ventilados, continuamos o passeio pela 5ª avenida até o lugar mais legal: a <a href="http://www.fao.com/home/index.jsp?002=2194048&004=1921217483&005=25610423963&006=6204517283&007=Search&008=">FAO Schwarz</a>.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Loja de brinquedo é tãaaaao legal! Mas o piano que o Tom Hanks toca em Quero ser Grande tinha tanta criança em volta, todos pisando ao mesmo tempo nas teclas do pianos, que saimos correndo de lá rapidinho.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Depois dos brinquedos de criança, fomos na loja de brinquedos de gente grande.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-w0sKIwCA1n0/TbRLrAPGdrI/AAAAAAAAAPE/F-I0Mjn1vQo/s1600/P1020595.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://4.bp.blogspot.com/-w0sKIwCA1n0/TbRLrAPGdrI/AAAAAAAAAPE/F-I0Mjn1vQo/s400/P1020595.JPG" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">(foto minha)</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-size: x-small;"> </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://images.apple.com/retail/fifthavenue/images/fifthavenue_gallery_image2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="250" src="http://images.apple.com/retail/fifthavenue/images/fifthavenue_gallery_image2.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://images.apple.com/retail/fifthavenue/images/fifthavenue_gallery_image4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="250" src="http://images.apple.com/retail/fifthavenue/images/fifthavenue_gallery_image4.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">(fotos do <a href="http://www.apple.com/retail/fifthavenue/">site da Apple</a>)</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: small;">Lógico que numa linda segunda feira de calor na Big Apple, a loja não se parecia em nada com a loja dessa foto... Gente saíndo pelo ladrão, e nós dois em pânico pensando na fila do caixa pra pagar as compritchas.</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: small;">Santa ingenuidade, Batman!</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: small;">Que fila?</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: small;">Depois de escolhermos todas as bobagenzinhas que precisávamos, a mocinha sacou o iphone (ou seja lá o que for aquilo, só sei que era do tamanho de um celular), leu o código de barras dos produtos com o laser do próprio bichinho, anotou nosso e-mail pra enviar a nota fiscal, passou o cartão de crédito no leitor embutido na máquina, pediu pra gente assinar com o dedo (LOUCO LOUCO LOUCO!!! como assim meu cartão de crédito aceita minha assinatura feita com o dedo sobre uma tela de iphone?), fechou a sacola e... tudo pronto! Sem fila gigantesca. Coisa mais linda do mundo!</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: small;">Como ainda era cedo e o dia estava lindo, fomos conhecer a loja do restaurador de trompetes dez quarteirões ao sul.</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: small;">Aproveitamos para comprar os ingressos pro show da sexta no Iridium.</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: small;">Descansa um pouco, alonga em público. Puxa perna pra trás, alonga a coxa, alonga a panturrilha, alonga os braços, as costas, os tornozelos já estão adormecidos de tanta dor...</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: small;">Entra no metrô pra ir pra Columbus Circle. Péeeeeeeeeeeeeee! lado errado! 20 minutos pra tomar um café e poder passar o cartão do metrô na outra direção.</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; font-family: inherit; text-align: left;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: small;">Chegamos ao <a href="http://www.jalc.org/">Jazz at Lincoln Center</a>!</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">Bela exposição de fotografias <strong style="font-weight: normal;">Traveling Full Circle: Frank Stewart’s Visual Music</strong></span><span style="font-size: small;">.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: small;">Cheios de panfletos nos bolsos, fomos apreciar a vista do final da tarde sobre NY:</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-h871g5eshpQ/TbRR-IhVG7I/AAAAAAAAAPI/NZhF8iMZfFQ/s1600/P1020625.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://3.bp.blogspot.com/-h871g5eshpQ/TbRR-IhVG7I/AAAAAAAAAPI/NZhF8iMZfFQ/s400/P1020625.JPG" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;"> (foto minha)</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: small;">Continuando o passeio, afinal o dia é lindo, fomos até o Lincoln Center. Divertida mistura entre turistas e frequentadores, vestidos para ópera e vestidos para compras...</span></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: small;">No centro da praça tem uma fonte com um banco circular em volta, cheio de gente. No cantinho da praça uma plaquinha com os horários dos "shows de água", e eu com um sorriso sádico, esperando o show de água começar e molhar todo mundo ali... Acho que ficaram com pena, e as águas dançantes fizeram muito poucas piruetas pro meu gosto. O povo sentado ali nem se deu conta.</span></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: small;"> </span></span><span style="font-size: small;">Encerramos o dia por aí, saindo pela lateral da praça para ver a Julliard e pegar o metrô de volta pro hotel.</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-pcL0ewKN39g/TbRViNZmBII/AAAAAAAAAPM/QVc69mLkUQQ/s1600/P1020668.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="http://1.bp.blogspot.com/-pcL0ewKN39g/TbRViNZmBII/AAAAAAAAAPM/QVc69mLkUQQ/s640/P1020668.JPG" width="480" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: small;"> </span></span></div></div>Laura Reilyhttp://www.blogger.com/profile/02989728985684107978noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35610792.post-44592010206731743392011-04-21T19:58:00.001-04:002011-04-22T19:18:04.758-04:00invadindo escola alheiagente, gente, gente!<br />
acabei de voltar de um passeio muito legal.<br />
Bom, legal pra quem estudou arquitetura, pra quem viajou o Brasil todo conhecendo as faculdades dos amigos...<br />
Hoje, a convite do professor <a href="http://www.architecture.yale.edu/drupal/people/faculty/de_bretteville_peter">Peter de Bretteville</a>, fui assistir à apresentação dos trabalhos da disciplina de <a href="http://www.architecture.yale.edu/drupal/courses/spring/study_areas/design_visualization/1012b">projeto de arquitetura</a> do segundo semestre na <a href="http://www.buildings.yale.edu/property.aspx?id=25">Yale School of Architecture</a>.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.architectmagazine.com/Images/tmp3E3B.tmp_tcm20-138415.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="220" src="http://www.architectmagazine.com/Images/tmp3E3B.tmp_tcm20-138415.jpg" width="400" /></a></div><div style="color: #444444; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;"> (http://www.architectmagazine.com/educational-projects/old-school-new-school-yale-university.aspx)</span></div><div style="color: #444444; text-align: center;"><br />
</div>Na disciplina os alunos devem desenvolver um projeto residencial, no caso, uma casa com 2 apartamentos, sendo um, maior, que seria habitado pelo dono do imóvel e um menor para aluguel.<br />
O terreno, para o projeto é real, o cliente (uma construtora local) é real, o problemas a serem resolvidos são reais. Digo isso, e quem estudou comigo vai entender, porque muitas vezes durante a faculdade sentimos a falta dos problemas reais. Pensar sobre problemas que não existem não é fácil, nem gostoso. Inventar problemas nos deixa mal acostumados...<br />
O<a href="http://maps.google.com/maps?q=orchard+street+new+haven+ct&oe=utf-8&client=firefox-a&ie=UTF8&hq=&hnear=Orchard+St,+New+Haven,+Connecticut&gl=us&ll=41.313552,-72.940142&spn=0.001293,0.00327&t=h&z=19&layer=c&cbll=41.313639,-72.9401&panoid=WodaXMFMZvKbXWdkWSoQqA&cbp=12,317.68,,0,5.68"> terreno do projeto</a> não é muito longe daqui de casa, então fiquei bem empolgada com as propostas, com a leitura dos alunos sobre o bairro, que é bem pobrinho...<br />
Ao todo foram apresentados 6 projetos, que pelo que entendi, já passaram por uma "peneira" antes. Hoje aconteceu mais uma peneira, e no final, o melhor projeto será realmente construído, então a opinião da construtora, que estava na apresentação hoje, conta muitos pontos.<br />
Isso é bem legal, porque universidade (e convenhamos, Yale School of Architecture é uma das mais antigas e importantes faculdades de arquitetura DO MUNDO) e mercado são obrigados a conversar. O cara que produz habitação barata pode ver a produção dos alunos dos arquitetos mais influentes do país, e esses alunos tem que entender que o custo de produção e a "vendabilidade" daquela construção são fatores importantíssimos fora dos belos muros de Yale.<br />
(Yale não tem muros... mas vocês entenderam a metáfora, né?)<br />
Adorei a proposta!<br />
Mas vamos por partes.<br />
Gostei muito do formato da apresentação, e fiquei pensando que foi uma pena não ter pasado por situações assim mais vezes durante a minha formação.<br />
A presentação era em formato de banca.<br />
Cada equipe tinha de 30 a 35 minutos para apresentar o projeto e responder a perguntas. Todos tinha pranchas impressas com as plantas, cortes, fachadas, perspectivas internas, diagramas de composição... Maquetes em papel e madeira, uma maquete só da estrutura (lembrando que estamos falando de <a href="http://i.ehow.co.uk/images/a06/2g/nh/build-wood-frame-wall-800X800.jpg">woodframe</a>) e maquetes maiores com cortes da casa que a equipe achasse mais interessante para explicar algum conceito. No final, uma maquete 1:100 era colocada numa maquete maior com o entorno de 6 quarteirões.<br />
Nem os professores, nem os convidados, nem o cliente eram lá muito bonzinhos. Foram criticados detalhes construtivos mal elaborados, cozinhas em que a pessoa faz sombra na área de trabalho (ODEIO COZINHA EM QUE EU FAÇO SOMBRA NA ÁREA DE TRABALHO!!! ODEIO!!), mas pricipalmente as entradas e fachadas das casas foram criticadas.<br />
No pedido do cliente, o dono da casa e seu inquilino deveriam ter entradas separadas, a chegada de um não deveria interferir na chegada do outro. Com isso, todos os grupos resolveram que o dono da casa teria a entrada na frente e o inquilino entraria pela lateral. Fosse subindo uma escada ou entrando direto no térreo, todos entravam pela lateral do terreno.<br />
Isso deixou os professores loucos!!!<br />
Olha só o problema que isso cria: o dono da casa não quer saber da existência do seu inquilino, mas o amigo do inquilino que vem visitar só vê uma porta e só uma campainha para apertar. Aí o dono da casa tem que atender a porta e dizer que a campaínha do amigo é na lateral da casa.<br />
Entenderam o conflito?<br />
Arquitetura não é muito emocionante?<br />
Engraçado foi que eu gostei muito de uma proposta que os professores criticaram muito muito muito.<br />
Um dos grupos, ao invés de manter o alinhamento da casa igual ao das outras casas, resolveu que seria mais legal colocar a casa no meio do terro, pra ter mais janelas com sol direto, sem interferência das casas ao redor. Na frente eles criaram um jardim, quase como uma pracinha, pensando que inquilino e dono da casa pudessem dividir aquele espaço, ou que o inquilino usasse a frente e o dono da casa usasse o fundo (espaço mais nobre). Eu realmente achei a idéia divertida, mas eles não defenderem com muito afinco. A crítica dos professores foi de que o bairro não é muito seguro e que equele espaço todo na frente não é nem público nem privado, e que acabaria sendo usado pelos vizinhos também, não só pelos moradores da casa.<br />
Mas o que é que eu vi no bairro que me deixou otimista com a proposta da molecada: nas casa que tem uma varandinha, o pessoal coloca sofá, cadeira, poltrona, mesinha... aparentemente, quando não está frio, o pessoal fica na rua, fica na frente das casas, que nem em cidade do interior, e tem algum relacionamento com a vizinhança, então, se você tem um jardim maior na frente essa interação pode ser maior... talvez os limites estabelecidos pelo grupo pudessem ser um pouco mais fortes, mas a idéia é bem legal.<br />
E falta um pouquinho de espaço público de convivência aqui na cidade...<br />
Mas fiquei realmente muito feliz com o passeio de hoje. A estrutura dos ateliês de Yale eu não vou nem comentar agora, pra não morrer de dor de cotovelo e estragar meu computador com tantas lágrimas de lamento.Laura Reilyhttp://www.blogger.com/profile/02989728985684107978noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35610792.post-42206319798048167222011-04-11T22:36:00.008-04:002011-04-24T17:18:26.885-04:00New York (1)<div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">10 de abril de 2011</span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">Hoje chegamos a New York.</span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">Minha primeira visita à Grande Maçã, e vou contar que eu estava com fome de maçã.</span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">Ontem ficamos até tarde cuidando das coisas da viagem, conferindo os endereços que precisamos visitar, decidindo como conciliar nosso turista interno com os pesquisadores procurando informação. Hoje acordamos cedo pra pegar o trem e chegar a Nova Iorque na hora do almoço. </span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">Não que a gente esteja muito longe, a viagem é de 1 hora e 40, mas o corpo não é muito rápido pela manhã, então a gente precisava de tempo pra ser devagar e pra errar na hora de pegar a passagem comprada pela internet no totem da estação... esse tipo de coisa que acontece com a gente.</span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">A boa notícia é que chegamos na hora, pegamos a passagem direito E pegamos o trem certo!</span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">O único probleminha foi a locomotiva do trem que resolver ter um “minor problem” chegando em Nova Iorque e parar no trilho dentro do túnel esperando ser rebocada.</span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">Descobrimos onde comprar o bilhete ilimitado do metrô (7 dias podendo usar o metrô até meia noite sem ter que pagar mais nada por isso) e nos arriscamos na máquina automática. Frio na barriga! </span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">O infeliz do googlemaps, quando dá o percurso que você deve fazer pra chegar a um lugar, explica como chegar mais rápido, mas não diz que com 2 minutos a mais de viagem você não precisa fazer baldeação. Sorte que no curso de arquitetura e urbanismo nós aprendemos a ler mapa e descobrimos que um só trem bastava para ir da Penn Station ao hotel.</span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">Check-in rapidinho. Ganhamos o quarto com banheiro privativo mesmo tendo pago pelo banheiro compartilhado!Iei!</span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">Malas desfeitas, corremos almoçar e começar nossa aventura novaiorquina.</span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">Detalhe: melhor guacamole da vida até hoje!!! <a href="http://www.mamamexico.com/">Restaurante mexicano</a> na Broadway com a West 102th serve guacamole feito na frente do freguês. Abacate fresquinho, aberto na hora...</span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">Corremos pegar o metrô mais uma vez: linha 1 downtown, desce em Times Square, troca pra linha 7, desce na Grand Station, pega a linha 6, desce na 77th e corre até o Whitney Museu pra pegar o último dia da exposição do <a href="http://whitney.org/Exhibitions/ModernLife">Edward Hopper.</a></span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">Eu sempre quiz estar em Nova Iorque pra ver uma dessas exposições que a gente tem notícia pela ilustrada ou pelo programa da Maria Beltrão e fica com um dor de cotovelo danada de não poder ir. Eu fui!</span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">Engraçado é que na bilheteria fiquei encarando um cara, porque achei que era um professor meu. Mas não fazia o menor sentido encontrar esse professor nesta época do ano em Nova Iorque... mas eu conhecia o cara, juro que conhecia... conhecia mesmo, da TV, de algum dos milhões de seriados da TV a cabo.</span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">Depois da exposição resolvemos voltar andando pelo Central Park, já que o dia estava tão maravilhoso e quase não tão frio. </span><br />
<span lang="PT-BR">Devo fazer um comentário sobre o início da primavera e as Sakuras em flor deixando o parque num tom de cor de rosa muito clarinho..</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-y9cfINjIYxA/TbDMbq1SRfI/AAAAAAAAAO8/hfNBxYxmfT8/s1600/P1020559.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://1.bp.blogspot.com/-y9cfINjIYxA/TbDMbq1SRfI/AAAAAAAAAO8/hfNBxYxmfT8/s400/P1020559.JPG" width="400" /></a></div><br />
<span lang="PT-BR"> </span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">Mas minha forma física atual não permitiu a travessia do parque na diagonal de volta pro hotel. </span><br />
<span lang="PT-BR">A matemática era simples: 107-77=30 pro norte, mais 6 pra oeste (lembrando que os quarteirões são 3 vezes maiores na direção leste-oeste do que na norte-sul), então 18, só calcular a hipotenusa do triângulo e lembrar que os caminhos no Central Park são sinuosos e cheios de surpresas... </span><br />
Valeu <a href="http://watch.thirteen.org/widget/partnerplayer/1887541606/?w=512&h=288&chapterbar=false&autoplay=true">Olmsted</a>!!!<br />
<span lang="PT-BR">Óbvio que eu não ia conseguir assim, de primeira... mas valeu a tentativa.</span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">Fizemos uma comprinha no mercadinho da esquina e abastecemos o frigobar do hotel: blueberries, torradinhas, queijo, cerveja, água, iogurte...</span><br />
<span lang="PT-BR">A aventura da segunda feira prometia!</span></div>Laura Reilyhttp://www.blogger.com/profile/02989728985684107978noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35610792.post-17779874183961557812011-03-30T20:25:00.000-04:002011-03-30T20:25:10.730-04:00conhecendo a casa novaContinuando o conto de causos da terra do tio Sam...<br />
Nossa primeira segunda-feira por aqui foi cheia de atividades.<br />
Pela manhã viemos conhecer nossa casa nova, desta vez por dentro. Encontramos nosso<i> landlord</i> no escritório dele em Yale, no Hall of Graduate Studies. Fiquei babando pela sala de estudos dos alunos de pós graduação, o <a href="http://www.yale.edu/graduateschool/mcdougal/">McDougal Student Center</a>, com internet sem fio liberada, poltronas de couro, mesas de estudo, mesinhas de centro, perto da janela de vitrais, loge da janela, cafeteria ao centro pra não ter que parar de estudar pra tomar café... Forro de madeira entalhada com policromia, recém restaurado.<br />
O prédio foi construído no início da década de 1930, projetado por James Gamble Rogers, arquiteto favorito de Edward Stephen Harkness, um ex-aluno de Yale e um dos maiores filântropos dos Estados Unidos, que financiou a construção do prédio.<br />
(nota mental: "cair nas graças" de um rico benfeitor)<br />
Nosso apartamento fica há duas quadras do Hall of Graduate Studies e do ginásio de esportes da universidade (ao qual nós temos acesso), e, o melhor de tudo, do ladinho da <a href="http://www.barnesandnoble.com/">Barnes & Noble</a>.<br />
<br />
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-mBgQk9R7UTc/TZOypoz4B3I/AAAAAAAAANw/kPN9t1QACxw/s1600/P1020523.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/-mBgQk9R7UTc/TZOypoz4B3I/AAAAAAAAANw/kPN9t1QACxw/s320/P1020523.JPG" width="240" /></a>Chegando à casa nova, a primeira coisa que eu notei foi a plaquinha ao lado (que o André só viu hoje, quando eu resolvi fotografar...). <a href="http://1.bp.blogspot.com/-_uSeyHmXPH4/TZO-JfeQ_VI/AAAAAAAAAN0/0jUzdBModPw/s1600/P1020521.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-_uSeyHmXPH4/TZO-JfeQ_VI/AAAAAAAAAN0/0jUzdBModPw/s320/P1020521.JPG" width="240" /></a><a href="http://www.nps.gov/nr/">The National Register of Historic Places</a> é o equivalente ao nosso IPHAN, e nosso apartamento faz parte do Distrito Histórico de Dwight Street, que tem edifícios construídos entre 1800 e 1924. A maioria é de edificações habitacionais, como é o caso da nossa, um edifício de apartamentos residenciais.<br />
Segundo o inventário do tombamento, é um prédio de 1874 "<i>Italianate Row House. Brick, 3 1/2 stories high. 6 unit row with 3 bay houses. Continuous cornice. Lintels, sills and watertable are of sandstone. The north bay entrances have bracketed, flat-roofed entry porches with chamfered posts and joined by wooden arches</i>". (sim, você tem acesso via internet a todos esses dados e consegue baixar o processo de tombamento em PDF!, agora só falta traduzir todos esses termos)<br />
O nosso apartamento é o 1/2 andar, a entrada do Harry Potter, ou quando a gente quer ser John Malkovich. Alí, embaixo da escada tem um portão, o portão leva à uma porta que dá acesso ao porão e ao nosso apartamento, esse com as janelas na altura do chão.<br />
Como está lá no inventário, são 3 apartamentos: o do ground floor, o do primeiro andar na entrada do <i>porch</i>, e o duplex, que ocupa o segundo e terceiro andar.<br />
Isso tudo se resume, em largura, à distância entre o final do porch mais às duas janelas da direita, ok?<br />
Entre nossa primeira visita e o dia da mudança a primavera chegou no nosso jardim, e as folhas que não existiam naquele dia esverdearam a entrada de casa pra nos receber.<br />
Apartamento visto,<i> landlord</i> conhecido, contrato assinado, agora a gente só precisada mobiliar 2 cômodos: o quarto e a sala/copa/escritório. Por sorte, o <i>landlord</i> é nosso vizinho do segundo andar e o porão é dele, e todas as coisas guardadas no porão são dele, e ele tinha escrivaninha, mesa de jantar com cadeiras, gaveteiros, uma estante, uma cadeira de escritório, uma TV, um jogo de panelas, um jogo de pratos, canecas e travessas...<br />
Só faltou a cama, uma estante pequena para livros e uma cadeira de escritório extra.<br />
E para tudo isso, temos a <a href="http://www.ikea.com/us/en/">IKEA</a>.<br />
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Pra quem, há 1 ano, montou uma casa bem gostosinha, fazer grandes investimentos para passar 4 meses num lugar, está completamente fora de questão. Solução mais barata e confortável foi o sofá cama (armação mais colchão por 180 dólares).<br />
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E era só esperar o caminhão da entrega chegar com a cama e mudar pro apartamento novo.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-kPV3CddRbrU/TZPJoO6zemI/AAAAAAAAAN8/sevtZJvLrhQ/s1600/P1020522.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://2.bp.blogspot.com/-kPV3CddRbrU/TZPJoO6zemI/AAAAAAAAAN8/sevtZJvLrhQ/s400/P1020522.JPG" width="400" /></a></div>Laura Reilyhttp://www.blogger.com/profile/02989728985684107978noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-35610792.post-2580578043301436072011-03-24T19:08:00.001-04:002011-03-24T19:22:32.239-04:00alô! Laura chamando diretamente do mundo da lua...Primeiro post da terra do Tio Sam.<br />
Eu sei, eu sei, cheguei aqui há 10 dias e só vou escrever agora? Um absurdo!<br />
Acontece o seguinte, a primeira semana de adaptação é uma semana mais comprida do que a contagem semanal do resto do mundo.<br />
A quantidade de coisas a serem resolvidas nestes 10 dias foi imensa, mas hoje, finalmente cumprimos todo o checklist... acho...<br />
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Então, vamos começar do começo: A viagem e chegada em New Haven<br />
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Saímos de casa no sábado na hora do almoço deixando um rastro enorme pra trás, que a Maria foi arrumar na segunda-feira depois da viagem. (a Maria é nossa salvadora que a cada 15 dias deixa a nossa casa limpinha e cheirosa)<br />
Um pouquinho de correria na hora da saída, mas entre trocas de carros, documentos copiados que deveriam ficar com os pais por segurança, agasalhos emprestados, conseguimos sair no horário e apesar da chuva na estrada chegamos ao aeroporto na hora certa.<br />
Na hora certa MESMO! chegamos com 4 horas de antecedência, como sugeriu a moça da agência de viagem, e foi a conta certa pra não pegar uma fila gigantesca no check-in da Delta.<br />
Família quase toda no aeroporto: mãe, pai, madrasta, irmã, outra irmã, cunhado, outro cunhado, cunhada, sogro e sogra... uma superlotação no café.<br />
Tudo certinho, 1 hora e meia antes do vôo, fomos pro nosso portão de embarque. Fila enorme, checa passagem, checa passaporte, checa atrás da orelha, freeshop, acha o portão, senta e espera. O portão só abre na hora que era pro vôo sair, mas tuuuuudo bem, quem liga?<br />
Passo pelas poltronas enormes da 1ªclasse, passo pelas poltronas mais espaçosas da Econômica plus (que eu recusei pra economizar uns trocados e me arrependi amargamente), e finalmente nossa fileira 34, lá no finzinho do avião, depois da asa... bem... aconchegante...<br />
As nossas mochilas não cabem nos compartimentos superiores sobre a nossa poltronas, lógico, cada pessoa viaja com um milhão de malas! Só em novela e blockbuster que a pessoa chega no avião cheio e tem lugar pra colocar mala sobre sua poltrona! André consegue colocar a dele num compartimento mais pra frente, a minha, que é menor, vai embaixo do banco e serve de apoio pra mim.<br />
O comissário de bordo brasileiro é engraçadíssimo e faz piada o tempo todo. Ainda bem, porque o pessoal que ia pra Atlanta pela mesma companhia teve o vôo cancelado e foram todos transferidos para o nosso vôo para Nova Iorque, ou seja, 1 hora e 40 de atraso no nosso vôo. 1 hora e 40 ouvindo o papo furado do cara da poltrona atrás da minha contando vantagem pro novo melhor amigo dele que sentou na poltrona ao lado (dele, não do meu...)<br />
Mas passou! Avião voou. Tudo tranquilo, sem chacoalhões, sinais de alerta ou comissárias rezando.<br />
<a href="http://firulasdamila.blogspot.com/">Milu</a>, passaram O Peregrino da Alvorada no avião e eu não tinha assistido ao Príncipe Caspian e fiquei sem enter nada... O príncipe Cáspian flerta com a irmãzinha? muito errado isso! Ela é criança...<br />
Chegamos!<br />
A política de "só responda o que for perguntado" funcionou maravilhosamente bem e passamos pela imigração sem problemas... mas tava tudo certinho com nossos documentos, então...<br />
O "Capriolli" já estava agendado pra nos pegar no aeroporto de NY e levar para o hotel em Connecticut. Ligação gratuita do telefone do terminal e em 15 minutos a van estava lá. Motorista brasileiro. Nos deu ótimas dicas!<br />
Viagem rapidinha até New Haven.<br />
Chegamos na cidade e a rua do hotel, uma das principais da cidade estava fechada. Comecei a olhar em volta e tinha uma faixa verde pintada nas ruas, uns trevos, umas pessoas usando cartolas verdes enormes<br />
AAAAAAAAH SAINT PATRICK'S DAY!!!!!!!!!!!!<br />
3 vivas para São Patrício! Padroeiro da Irlanda, da Arquidiocese de Nova Iorque, de Boston, dos engenheiros e da nossa viagem!<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://lh3.googleusercontent.com/-8dA-u7tqTZM/TYvO1bm6hnI/AAAAAAAAANs/j6cI3dyPMaM/s1600/P1020408.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://lh3.googleusercontent.com/-8dA-u7tqTZM/TYvO1bm6hnI/AAAAAAAAANs/j6cI3dyPMaM/s320/P1020408.JPG" width="240" /></a></div><br />
Check-in tranquilo no hotel, que na verdade era um clube de cavalheiros fundado em 1871 por jovens negociantes da cidade que não se enquadravam nos outros clubes. Não eram maçons, não eram universitários de alguma fraternidade e queriam poder se encontrar pra jogar e jogar conversa fora.<br />
Depois de descansar um pouquinho e colocar mais umas camadas de roupa tomamos coragem e fomos ver a Parada de Saint Patrick's day. <br />
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Segundo a secretária de assuntos acadêmicos de Yale, eles preparam essa recepção para todos os alunos estrangeiros se sentirem bem acolhidos. Funcionou!<br />
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Aproveitamos a saída para conhecer o centro da cidade e dar uma espiadinha no apê que alugamos pela internet. Bonitinho por fora... por dentro eu conto depois.<br />
Mortos de fome, "morremos", como diria meu pai, com um cachorro quente com chucrute e cheddar. Matou a fome, mas lembrei dele por muito tempo.<br />
Domingo à noite a cidade estava vazia, só restavam algumas almas embriagadas depois de tanta cerveja irlandesa. Mas como a gente não conhecia os hábitos da cidade, nos aventuramos na busca por um restaurante para jantar.<br />
Ali, na esquina da Chapel com a College piscava o <a href="http://www.clairescornercopia.com/2002-05-06-8.jpg">luminoso</a> do Claire's vegetarian restaurant, tudo o que a gente precisava depois do cachorro quente daquela tarde!<br />
O menu é uma lousa cheia de coisas, muitas coisas... tantas coisas que eu fiquei perdida. Aí, lógico, pedimos ajuda pra mocinha: "como é que funciona a "bagaça"?" "ah, tem o prato assim que vem acompanhado de pão caseiro e que é deste tamanho, e você pode pedir um side dish com a salada..." "muito grande moça... tem alguma coisa menor?" "ah, hoje tem sopa de tomate e de tortilla..." "eu gostaria de provar a sopa de tortilla..."<br />
melhor idéia da noite!!! deliciosa sopa de legumes, muito bem teperada, meio picante, bem encorpada. Ótima para o frio que estava fazendo! Acompanhada do pão caseiro maravilhoso e uma caneca de organic apple cider! Perfeito para a primeira noite na cidade nova.<br />
Agora é nosso restaurante preferido.Laura Reilyhttp://www.blogger.com/profile/02989728985684107978noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-35610792.post-13103437919471952042011-03-07T19:36:00.000-05:002011-03-07T19:36:36.164-05:00recomeçoComo prometido, retomo o blog para a viagem.<br />
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Muito bem, tudo começou em outubro de 2006, quando minha sócia querida recebeu uma proposta irrecusável de trabalho lá no meião da Bahia. A história toda tá aqui, na <a href="http://tagarelicesminhas.blogspot.com/2006/10/tagarelice-s.html">primeira postagem</a> deste blog.<br />
Ela ia passar 4 meses longe e a gente precisava de um meio para se comunicar. Cada uma criou seu blog e eles ficaram no ar, com maior ou menor intensidade até o começo do ano passado.<br />
Eu confesso que meus anos de blogueira bons mesmo foram 2006 e 2007, depois disso foram só alguns comentários casuais e muito menos polêmicos que os outros. Mas meus votos de ano novo para 2011 são para mudanças neste sentido.<br />
Como agora é minha vez de viajar pra longe, volto a escrever pra contar pra ela, e pros outros amigos queridos, como vão as descobertas no hemisfério norte. Como disse o marido no <a href="http://an2art.posterous.com/posterous">novo blog dele</a>, quem quiser acompanhar, está convidado.<br />
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Pra comemorar as mudanças, o blog passou por uma repaginada, ficou com um clima mais frio, pra combinar com a paisagem que nos espera a partir de domingo.<br />
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então, boa sorte para todos nós nessa aventuraLaura Reilyhttp://www.blogger.com/profile/02989728985684107978noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-35610792.post-33750129157453374832010-07-14T16:58:00.000-04:002010-07-14T16:59:49.228-04:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_yw3dsv03nL4/TD4lN5kiAQI/AAAAAAAAAMw/SxdYbDct3Lo/s1600/IAB-DN+nota+p%C3%BAblica.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 321px; height: 400px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_yw3dsv03nL4/TD4lN5kiAQI/AAAAAAAAAMw/SxdYbDct3Lo/s400/IAB-DN+nota+p%C3%BAblica.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5493869516161155330" /></a>Laura Reilyhttp://www.blogger.com/profile/02989728985684107978noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35610792.post-23929472716844101462010-03-23T08:38:00.004-04:002010-03-23T09:15:44.976-04:00a bibliografia no google books<p><span style="'line-height:115%;font-size:10.0pt;"><iframe frameborder="0" scrolling="no" style="border:0px" src="http://books.google.com.br/books?id=blzXavDH9scC&lpg=PP1&dq=Architectural%20Programming&pg=PR4&output=embed" width="500" height="500"></iframe></span></p><p><span style="'line-height:115%;font-size:10.0pt;"><iframe frameborder="0" scrolling="no" style="border:0px" src="http://books.google.com.br/books?id=IPaGYL0twE8C&lpg=PP1&pg=PP1&output=embed" width=500 height=500></iframe><br /></span></p><p><span style="'line-height:115%;font-size:10.0pt;"><iframe frameborder="0" scrolling="no" style="border:0px" src="http://books.google.com.br/books?id=OkhRZ7TUXvAC&lpg=PP1&dq=Architectural%20Programming&pg=PP1&output=embed" width="500" height="500"></iframe><br /></span></p><p><span style="'line-height:115%;font-size:10.0pt;"><iframe frameborder="0" scrolling="no" style="border:0px" src="http://books.google.com.br/books?id=plSy0Uv9FTMC&lpg=PP1&dq=Programming%20for%20design&as_brr=3&pg=PP1&output=embed" width="500" height="500"></iframe><br /></span></p><p><span style="'line-height:115%;font-size:10.0pt;"><iframe frameborder="0" scrolling="no" style="border:0px" src="http://books.google.com.br/books?id=7ZQqdSBrC0QC&lpg=PP1&dq=Architecture%20in%20Use&pg=PP1&output=embed" width="500" height="500"></iframe><br /></span></p>Laura Reilyhttp://www.blogger.com/profile/02989728985684107978noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35610792.post-48256533140405604362010-03-18T06:46:00.001-04:002010-03-18T06:54:03.763-04:00<div align="center"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_yw3dsv03nL4/S6IF4g8hjzI/AAAAAAAAAMo/mKJ42pUlmrw/s1600-h/Elzira.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 400px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_yw3dsv03nL4/S6IF4g8hjzI/AAAAAAAAAMo/mKJ42pUlmrw/s400/Elzira.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5449924967546326834" /></a><br />querida, a saudade não cabe dentro do peito. não cabe em palavras também.<br /></div><div align="center"><br /></div>Laura Reilyhttp://www.blogger.com/profile/02989728985684107978noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-35610792.post-44092299205632639912009-12-25T09:25:00.001-05:002009-12-25T09:25:55.225-05:00casamento do final de semana<object width="400" height="225"><param name="allowfullscreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><param name="movie" value="http://vimeo.com/moogaloop.swf?clip_id=8355570&server=vimeo.com&show_title=1&show_byline=1&show_portrait=0&color=&fullscreen=1"><embed src="http://vimeo.com/moogaloop.swf?clip_id=8355570&server=vimeo.com&show_title=1&show_byline=1&show_portrait=0&color=&fullscreen=1" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" allowscriptaccess="always" width="400" height="225"></embed></object><p><a href="http://vimeo.com/8355570">André e Laura</a> from <a href="http://vimeo.com/user1452012">galembeck fotógrafos</a> on <a href="http://vimeo.com">Vimeo</a>.</p>Laura Reilyhttp://www.blogger.com/profile/02989728985684107978noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-35610792.post-56609348956570745532009-09-14T17:03:00.004-04:002009-09-14T17:32:31.014-04:00Ganhei de presente de aniversário este maravilhoso show em Sampa.<br />Claro que a gravação não é minha, porque minha câmera não tem essa qualidade de som... nem que estivesse sentada ao pé da banda.<br /><br />Delícia ver Beirut ao vivo!!! Delícia de tudo.<br /><br />Parecia show de amigo, daquele no fundo do quintal, que tá todo mundo tranquilo, à vontade...<br /><br />Mas arrepiante mesmo foi esta versão de <a href="http://www.youtube.com/watch?gl=BR&feature=related&v=2UCdcc7BJog">Aquarela do Brasil</a>.<br /><br /><br /><object width="640" height="505"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/2UCdcc7BJog&hl=pt-br&fs=1&color1=0x2b405b&color2=0x6b8ab6"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/2UCdcc7BJog&hl=pt-br&fs=1&color1=0x2b405b&color2=0x6b8ab6" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="640" height="505"></embed></object><br /><br /><br />Quem abriu o show foi a <a href="http://www.myspace.com/manacabr">Banda Manacá</a> com participação especialíssima de <a href="http://www.toninhoferragutti.com.br/">Toninho Ferragutti </a>no acordeon. Vale entrar no site e ouvir a Leticia Persiles cantando Canto de Ossanha.<br />Corajosa a moça, encarou uma da Elis, e digo que não fez feio ao vivo não... fiquei toda arrepiada.Laura Reilyhttp://www.blogger.com/profile/02989728985684107978noreply@blogger.com1