Tá certo, eu admito, estou ficando velha. FICANDO, que fique muito claro, ficando...
Nada de crises com o aniversário chegando nem nada disso. Isso acontece todo ano mesmo e ainda tem a parte boa de todo mundo ver no orkut que é dia do meu aniversário e mandar uma mensagenzinha.
Também não são os fios brancos, que agora resolveram ficar rebeldes e nascem crespos na minha cabeleira lisa que nem quiabo, que me apavoram. Se me irritar com eles passo logo uma tinta e fico moça de novo.
As estrias, celulites, dores nas juntas, nas costas... isso não é sinal de velhice, é sedentarismo, ponto.
O que me indica a velhice chegando é meu fígado. Ele não processa mais a cerveja como antes. Resolve me maltratar no dia seguinte, provoca dores de cabeça homéricas, enjôos... esse tipo de coisa que alguns chamam de ressaca.
Pois é, antes não era assim. Podia passar uma tarde num churrasco bebendo e continuar à noite, e depois talvez fosse madrugada adentro e tudo se resolvia com um pão com ovo e uma coca-cola... Este final de semana minha desconfiança de que a velhice se aproximava deixou de ser uma mera desconfiança.
9:30 da noite eu tinha certeza de ser alta madrugada, já enrolava a língua pra falar, esquecia o assunto da conversa no meio dela... feio... hora de ir pra casa.
Ainda bem que tinha um moço sóbrio pra me socorrer e mostrar o caminho até o elevador (não, eu não saí dirigindo, foi o moço sóbrio). E que ele é grande e não sente os efeitos do álcool tão rápido assim.
Mas no dia seguinte a melhor pedida era um chá de boldo mesmo... ou de folha de louro, que também amansa o fígado reclamão.
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