Mar 28, 2007

Ai quanta coisa, que ansiedade!!!
Essas borboletas que não param de saracotear!!!
Esse vislumbre de maturidade, de responsabilidade, de liberdade, de ser gente grande, cuidar de mim mesma...
Esses planos frescos... que delícia!!!
Essa luz no fim de túnel tem cores tão lindas, tá lá me chamando e fico cada dia mais ansiosa pra chegar.
E esse caminho de túnel escuro, cheio de surpresas me desafiando.
A jornada que se inicia vai ser bem gostosa. Bem gostosa.
A tal da janela que se abre é isso?
Adoro janelas abertas!

Mar 27, 2007

Feche os olhos, faça um pedido... agora assopre
Muitos aniversários, muitas coisas acontecendo, e eu cansadona no final do dia pra escrever aqui... E aí bate uma culpa danada. Acho chato pra caramba ter criado blog e não escrever sempre. Pô, aniversário da Lê foi semana passada e nem escrevei nada depois. Agora tô escrevendo depois do dia que deveria ter escrito.
É que fiquei fazendo o presente da Mila. Tão pequenininho, mas deu uma trabalheira doida. Pior que cheguei lá e ainda não tinha terminado, não tinha como pendurar, e ele era pra pendurar...
pelo menos enquanto ela não pinta na pele.
Ops, a Lu vai querer me matar agora...
Fiz pra Mila um desenho, um desenho pra ela tatuar um dia no corpo... nas costas, bem abaixo do pescoço descendo pela coluna vertebral, naquele pontinho que quando soprado dá um arrepio na espinha e treme o corpo todo...
Fiquei um tempão pensando o que deveria ficar grudado nela pra sempre assim, que cores, que formas, que significado que deveria ter...
Achei que o sopro, o vento, o desejo e o riso esperançoso dos olhos fechado desejando combinam bem com minha irmã fada. As sementes esparramadas pela esperança de que dê certo, que ela espalha naturalmente enquanto anda, desenhadas em suas costas talvez soassem redundantes, talvez só fizessem os pedidos feitos ainda mais fortes...
Pequena que deixa rastro de pó de pirlimpimpim e purpurina por onde passa, que teus desejos sinceros se realizem, que ame intensamente, que se divirta muito, que só receba abraços cheios de carinho, que tenha sucesso nos teus projetos, não aquele sucesso que os outros acham que é, aquele que você entende que é. Que arco-íris duplo ilumine teus passeios, e que a lua crescente com seu sorriso de gato da Alice te faça gargalhar sempre que olhar pra ela.
E quando você tomar coragem de pintar tua pele pra sempre me chame, que eu vou lá com você pra dizer que não tá doendo.


Essa história de ter irmã fada é dura. Muita competição na página de mensagem dela, na secretária eletrônica, no celular... todo mundo quer um pedacinho dos poderes mágicos da baixinha... Não abusem, ela não veio aqui pra salvar o mundo, só pra deixá-lo mais colorido e mais feliz.


ilustração de Sara Mello, uma ilustradora que eu trombei um num blog que eu trombei num outro blog e por aí vai... Achei absolutamente maravilhosos os trabalhos dela e não pude resistir... desculpe-me pelo furto...

Mar 19, 2007

Feliz Aniversário Querida! Um mosaico de coisas deliciosas pra você!


Mar 18, 2007

Deixa só eu contar do forró!!!
Depois de muito enrolar conseguimos finalmente não ter desculpa nenhuma pra fugir do forró de domingo.
Um calor infernal, como deve ser uma noite de forró, pra aquecer e embalar o bate coxa.
Um tempinho de aquecimento na cerveja, mais umas danças pra aquecer os músculos das pernas e relembrar o corpo de todas as dicas fantásticas recebidas no verão passado.
Tenho um problema seríssimo pra dançar e pouquíssimas pessoas são capazes de compreender.
Claro que boa parte da culpa é da minha inaptidão mesmo, de não conseguir fazer minhas pernas e meu quadril se juntarem nesse movimento de contagem tão fácil "dois pra lá e dois pra cá". Ridículo isso quando lembro que já estudei flauta doce, piano e canto, e que deveria pelo menos entender de rítmos e conseguir ouvir o tal do triângulo que marca o tempo.
Mas não consigo.
Aí a situação piora consideravelmente quando lembro que danças de par são sempre machistas. É isso mesmo! Quem decide o que vai acontecer no próximo movimento é o cara.
Foda!
Difícil demais pra uma menina que leva a sério sua independência, que não gosta nem um pouco de ser comandada, muito menos por um bofe, e em hipótese alguma por um bofe desconhecido. Aí, além de pensar que tenho que ser conduzida pelo tal bofe ainda tenho que ouvir "relaxa, eu te guio"!
Ora, quem é tu pra me guiar? Péssimo isso. Travo na hora e pode esquecer o resto da dança, melhor achar outra parceira.
Que que aconteceu no verão passado: um amigo meu sacou esse negócio "feminista" e como ele sabe dançar muito bem me deu altas dicas pra não cair mais nas armadilhas duma noite de baile.
Me deu uma aula de física e não uma aula de dança.
Aí eu entendi tudo!
De física eu entendo, ação e reação, inércia, energia cinética, os tais dos dois corpos que não ocupam o mesmo lugar ao mesmo tempo (isso evita pisões nos pés alheios). Aí foi ficando até possível dançar.
Mas ainda não é com qualquer um, continuo meio dura. Minha mãe esqueceu o requebrado o quadril na mistura genética. Já pensei em processá-la por isso se não conseguir reverter o efeito com as influências do meio ambiente.
Mas voltando pro forró.
O forró do domingo é engraçado, tem aula antes e só fica uma molecada que acabou de conseguir o RG que permite a entrada em estabelecimentos desse tipo e o consumo de bebidas acoólicas. Um ou outro dançam razoavelmente bem e são mais confiantes pra levar a dança.
O calor naquele dia estava insuportável e nem cerveja gelada, nem água, nem refrigereante e nem a pia do banheiro eram capazes de amenizar a situação. Nem a chuva torrencial que caiu por mais de uma hora melhorou. Depois de três ou quatro horas rodopiando no salão voltamos pra casa encharcadas, cabelos molhados da raíz até as pontas, saia grudando nas pernas, a blusa já tinha até outra cor. Dava pra torcer os panos que pingava suor. Eca!!! Delícia!!!
Já o forró da sexta foi mais legal, tinha mais gente, gente mais velha um pouquinho. Nada de conversa fiada, nada de intimidade, pra quer saber nome do parceiro se estamos aqui só pra dançar?
Foi ótimo, uma noite de dança e silêncio, sem pensar em nada. Larguei o corpo e fiquei meditando.
Isso mesmo, meditando, com a cabeça em lilás. Só.
As pernas sendo jogadas pra lá e pra cá, rodopio, troca de parceiro, termina a música e nem dá tempo de chegar na beirada da pista já tem outro chamando... peraí que o sapato tá atrapalhando. Chuto a sandália pro canto. Pronto.
Até que um moreno gigantesco me tira pra dançar, não fala nada, mas me faz de gato e sapato. Parecia nega maluca, sabe aquelas bonecas que ficam com o pé preso no dançarino? Essas.
Chuta prum lado, chuta pro outro, joga pra frente, joga pra trás, não dá nem tempo de tentar travar o corpo, já tá tudo dominado... com a mão na coluna faz o quadril mexer, um apertão desliga todo o corpo que cai pra trás como aquelas girafinhas de elástico do zoológico...
E o corpo todo molhado...
Isso não é forró não, eu conhecia esse tipo de coisa com outro nome...
Só sei que terminei a dança querendo um cigarro.

Mar 17, 2007

mais moluscos libidinosos
Vou escrever mais uma vez sobre os caras correndo o risco de soar repetitiva (e nem ligo!).
Paixonite aguda dá nisso.
Horas e horas no repeat, cantarolando por todos os cantos, toda vez que uma palavra de uma conversa alheia chama a atenção, faz a sinapse e o impulso elétrico estimula aquela parte do cérebro que faz cantar. Coisa de gente maluca que fala sozinha e anda pela rua cantando...
não reparem ou juntem-se ao coro.
Começa a garoa e lá vou eu ..."ana vê a chuva na janeeeeela. a chuva molha aqui e lá. aqui, a chuva molha o telhaaado, molha o gato no telhaaado. lá, a chuva molha o maaaar"... toda saltitante e esquecendo que a chuva também molha meus cabelos e minhas roupas.
De coração partido apaguei meu perfil e só escrevi a letra de Suportar pra tentar explicar o que acontecia. Se soubesse como fazer, teria deixado só a melodia de coração sangrando tentando cicatrizar. É que acho genial a música. Nada deu certo, a relação acabou mesmo e só resta tentar ser feliz. É maravilhosa! E com aquele toque de canção de ninar embala o choro abafado pelo travesseiro... acho que ouvi umas dez vezes seguidas enquanto escrevia um post aí embaixo...
Prá Matar a Fome é a mais doce do disco novo, é a que espero ouvir cantada no pé dou ouvido um dia... é o amor tranquilo, cotidiano, é o comprometimento, a intimidade, de cumplicidade, o pedido de casamento mais bonito que pode ser feito... tem som de gente apaixonada, não de paixões avassaladoras e que nos deixam em cacos depois, paixão que se transforma em amor, que é escolha pela companhia do outro... é linda!
...
"
pra você, deixo a mesa posta
laranjada, tofu, croissant
e um bilhete dizendo que amo
que quero casar assim que voltar do trabalho à noite
trazendo buquê e um bocado de nomes
pra dar pro bebê
"
...

Desde o lançamento do CD em janeiro o Lasciva Lula vai ganhando cada vez mais espaço nos blogs, colunas, jornais e revistas especializados ou não.
Muitos são fãs, amigos ou paraquedistas que assistiram a algum show e caíram de paixão e escrevem agora em seus blogs (assim como eu), mas tem gente bem legal e conhecida falando bem deles. Não consegui reunir todos os comentários (links abaixo), mas no site da banda tem mais uns links.
Ontem fiquei especialmente feliz ao ver no jornal que eu assino uma crítica super elogiosa sobre "Sublime Mundo Crânio". Quatro estrelas e tudo.
Torço muito por esses caras.
Não só porque carreguei o pedal duplo do Marcello de Campinas até BH de ônibus (o roteiro estranho considerando que a banda é do Rio? pois é, coisas de movimento estudantil, os encontros não são nas cidades natal, são pelo mundo, e as encomendas viajavam por esses percursos), mas porque acho mais gente deveria ter o prazes de poder ouvir Lasciva Lula tocando, que seriam mais felizes com as músicas deles enfeitando a trilha sonora des suas vidas.

(foto da gravação do clipe de Olivia Lik retirada do site da banda)

Mar 14, 2007

Feliz aniversário querido amigo!!!
Bolos, jujubas, refrigerantes, brigadeiros e beijinhos, velas pra assoprar e fazer pedidos. Confetes, serpentinas, luzes piscando coloridas, globos de espelho rodando sem parar, paredes grafitadas, luz negra, muita cor, muita gente feliz em volta, muitos beijos, muitos abraços, muitos amores, muitos amigos. Sons que te façam sonhar ainda mais do que já sonha. Dias de sol, rede de pesca, coisas de macho, areia massageando os dedos dos pés, sol acariciando tua pele e chuva fina de verão só pra refrescar depois. Noites de lua brilhando pra ficar procurando São Jorge ou o coelho, e noites sem lua pra contar estrelas dançando. Manhãs chuvosas de domingo pra dormir tranquilo. Paixões avassaladoras pra te inspirar loucuras, pra acreditar que tudo pode dar certo.
Muita felicidade pra você, meu amigo mais antigo. Beijos, beijos e mais beijos

Mar 13, 2007

"Must love dogs" (novo título pós comentário da Mila)
Já falei da resolução da minha eterna briga com a balança, o desfecho para o qual se encaminha essa história, e, quando chegar a hora teremos uma sessão de "antes e depois" ou "bem antes e agora".
O que não falei foi do desfecho das outras histórias contadas.
Não falei porque não tava com vontade de falar, porque tava com vontade de calar e só. Se fosse coisa boa teria contado rapidinho, sairia gritando por aí, escreveria texto enorme em "out door", mas não foi o caso.
O que se sucedeu foi mais um enorme pé na bunda, uma dor de cotovelo digna de cantores do rádio da década de 50 que meu pai insiste em ouvir. Melhor então ficar quieta, não alardear esse tipo de coisa...
E eu consigo? Consigo nada.
Agora que já dá pra respirar também dá pra escrever, e até fazer piada com essa vida amorosa patética.
Tô pensando se é um drama ou uma comédia romântica (claro que torço pela segunda opção). Talvez até faça uma lista como em "Mais estranho..." e depois vou arrumar briga com esse roteirista que já tá avacalhando com a minha história. Qualé?
Mas as desgraças da semana passada me levaram a umas viagens muito importantes, com peso de resoluções de ano novo.
Fiquei pensando, depois de uma dúzia de anos que, apesar de parecer o contrário, todos os primeiros passos foram meus. É sério. Que lenta! Levar tudo isso de tempo pra perceber uma coisa dessas? É, não sou conhecida pela rapidez de compreensão dos assuntos relacionados ao coração, tenho uma leve surdez na frequência dessa batida que estou tratando agora.
Tá, ele tem alguns créditos quando nos conhecemos, tem também os créditos dos puxões pela cintura e por falar claramente quando queria o beijo, mas a procura pela companhia, pelo menos nos encontros da segunda metade da dúzia de anos de idas e vindas, fui eu que iniciei.
Todos eles.
Até aí não tenho problema nenhum com isso. Gosto de tomar iniciativas e não tenho paciência pra ficar com joguinhos. Acho chato e uma perda de tempo danada. (Isso aprendi não faz muito tempo, mas a foi lição anotada e colocada em prática)
Assim, percebi também que, apesar de acusada de não ter dado bola, de ter partido o coração dele uma certa quantidade de vezes, de tê-lo feito esperar pela primeira metade dessa história, ele também não fez a parte dele. Ele não brigou.
Eu sou briguenta, mesmo com esse tamaninho, eu gosto de uma encrenca. Ainda mais quando acho importante. E gostar de alguém é importante.
E ele não brigou comigo, não me chamou de ridícula quando claramente estava sendo, não segurou meu braço, não me puxou pelas mãos, não apareceu no meu portão pra me ver (não teria resistido... nunca resisti ao cheiro dele, porque resistiria?), nem conversa por e-mail iniciou.
Não brigou por mim. Nunca!
Sabe aquelas atitudes cheias de testosterona, "eu quero e vou lá", não importa se a batalha será difícil, "não aceito não como resposta" e tal? Aquele tipo de coisa que os manuais de auto-ajuda femininos nos dizem que os homens fazem quando querem alguma coisa? Ele não fez...
E no meio da minha crise caiu minha ficha: "ele simplesmente não está afim de você!"
Putz! Caiu o mundo!
Mas é mais fácil engolir "ele simplesmente não está afim de você" do que "ele gosta de você mas não tem coragem de tomar atitude nenhuma e tem medo de virar a vida do avesso".
Muito mais fácil e muito menos dolorido.
No segundo caso minha tristeza se somaria a um sentimento de pena e de impotência gigantesco. Não poder ajudar a um amigo perdido capaz de verbalizar sua insatisfação com a atual situação e sem forças pra mudar as coisas à sua volta é terrível.
E pra não iniciar uma briga na justiça e com toda a classe dos físicos pedindo reparação de danos pela Lei da Inércia prefiro considerar que ele simplesmente não gosta de mim, e nunca gostou tanto assim como dizia que gostava.
Conclusão de tudo isso?
Eu quero briga!
Mais um requisito na lista "Do Cara": tem que brigar por mim.
E brigar por mim não é sair na porrada, não é ter ciúme(pelamordedeus, ciumentos, afastem-se), não é afastar as pessoas que me cercam, não é grudar no meu pobre pé e achar que não vive sem mim depois de meia hora de encontro, combinado?
Essa briga que eu falo é cheia de cortesia, de galanteio, de flores (ah, flores são muito bem vindas), de mimos (serão todos retribuídos, garanto), de romance, e, quando eu for estúpida e fujona (pois é, acontece nas melhores famílias, e pânico pode vir sempre) tem que discordar de mim, não pode perder o rebolado e sair de cena. Se a batida do coração (aquele que eu tô tendo que usar aparelho auditivo pa ouvir direitinho), a respiração, a pele e os olhos pedem pra ficar, fique. Só isso.

Mar 11, 2007

Tô conseguindo.
Depois de 4 meses de regime tô chegando ao mesmo peso que tinha aos 14 anos.
Só pra não ficarem preocupados com anorexias, bulimias e outros disturbios alimentares, eu nunca fui magriiiiinha, nunca cheguei nem perto de "pele e osso", com 14 anos eu tinha bastante carne em volta dos ossos. O problema foi que colegial e faculdade aumentaram a quantidade de matéria entre a pele e o osso.
A diferença principal é que a carne era mais nova, mais durinha e praticava esportes. Não tinha o volume de cerveja acumulado na barriga e isso faz muita diferença à silueta atual.
O peito também não balangava tanto, mas o gingado de hoje é mais mais gostoso, acompanha a dança, o movimento, tem mais expressividade...
O quadril tá mais largo, a cintura mais fina, o tronco parece mais comprido, o rosto também tá diferente, tem uns ossos que sempre ficaram escondidos pelas buchechas que agora se mostram (volto: não é magreza mórbida, é só envelhecimento mesmo).
Gosto bem mais de mim agora do que de mim de antes.
Acho o espelho bem menos crítico com as celulites, com os vasinhos, com as estrias, com os dias de inchaço antes da menstruação. Os "bad hair days" já não são mais tão desgastantes quanto antes, e qualquer produto, um pente ou uma ducha já resolvem o problema que antes era motivo de mal humor e choro por horas.
Ainda não uso cremes anti-rugas, até porque, só faltava! Enquanto me pedirem RG e duvidarem que eu já terminei o colegial, não vou usar anti envelhecimento nenhum. Creminhos hidratantes, muita água e limpar a maquiagem não fazem mal a ninguém, certo?
Sem neuras, que tá cedo pra isso.