Apr 18, 2007

Esse turbilhão que me pegou tá acabando comigo...
Acabando não, exagero da minha parte, mas tô mais doidinha do que nunca.
Tô que nem a Dorothy no meio do tornado.
Mudanças radicais nos meus dias, na minha vida...
Continuo vislumbrando a tal da liberdade, da independência, e não tô com muito medo não, só um tiquinho.
Parece o básico do básico nego levantar todo dia, de segunda à sexta, se arrumar, trancar a casa e sair pro trabalho, não parece? Transporte coletivo então? Quanto por cento da população urbana brasileira usa?
Pra mim não é básico! Pelo menos até segunda feira não era assim, agora é!
Acostumar o corpo a acordar mais de uma hora mais cedo, comer rápido e sair correndo pra pegar um busão, pra fazer uma baldeação e só então chegar no escritório tá duuuuro.
Não, não sou uma novata no transporte público coletivo, não sou uma dessas pessoas que está tendo contato essa realidade só depois de velha. Fui pra escola por muito tempo de ônibus, já trabalhei bem longe de casa e tinha que sair bem cedo pra não perder o 3.70, mas faz anos que isso não acontece.
Durante a faculdade tinha carona, e quando o horário não coincidia com o de mamacita (que trabalhava do ladinho do meu Campus) eu conseguia voltar a pé (7km na descida é fácil, mais fácil que esperar 3.62 a cada 55minutos). No último ano eu só tinha um dia de aula, todos os outros dias ficava em casa trabalhando na minha monografia.
Acordava razoavelmente cedo, arrumava o quarto/escritório/sala de estudo e começava minhas escrivinhações, parava pra fazer almoço pra família (era um jeito de fazer o vô comer, ele não conseguia negar se eu tivesse feito), retomava o trabalho e só parava pra jantar.
Depois de formada montei (com minhas queridas amigas) um escritório, que por 2 anos e um tantinho teve sede num galpão aqui no quintal de casa. Ou seja, eu não precisava de transporte pro trampo nem de acordar muito cedo. E qualquer emergência era só sequestrar o carro da família.
Acabou minha mamata!
15 minutos de caminhada até o terminal (tá, dá pra pegar o Real Parque aqui na esquina, mas e se eu não conseguir fazer meu exercício no final do dia? melhor ir andando...), 25 minutos num ônibus, desce, sobe noutro, mais 7 minutos com o "baladão sertanejo" (ônibus com música ambiente no interior de São Paulo é o ó) e pronto, tô na nova sede. Na volta inverte tudo, só que tem o agravante do cansaço e da superlotação.

Não, não tô reclamando não. Tô feliz da vida.
Sabe aquela sensação deliciosa de tomar as rédeas da própria vida? É isso!
Tô lá longe por escolha, por investimento. Arriscamos, arriscamos alto, mas isso é importante pro crescimento da empresa, é importante pro crescimento das sócias, pra nossa auto estima...
Por sinal, se eu já era insuportável antes, agora, cheia de mim, super confiante do meu taco (apesar dos tropeços) tô um nojo. Metida que só!
Cuidado!
E o ponto novo tá com cara de apê de Copacabana da novela das oito...

Próximos passos? Meu transporte individual sobre duas rodas e sua devida habilitação, depois o meu canto, meu, sem família, com as minhas contas pra pagar, com minhas coisas, minhas cores e meus cheiros, com meus transtornos obsessivos compulsivos...
São planos que resolvi fazer agora, só porque acho que estão mais próximos da realidade do que achei que estivessem...

1 comment:

Anonymous said...

e eu doida por um trabalho.
doida pra entrar nessa rotina.
dizem que quem procura acha, né?
então deixa eu ir continuar procurando.
obrigado pela visita.
beijos.