Oct 23, 2006

Juro que pensei que fosse mais fácil escrever. Puxa vida, passo mais da metade do meu tempo falando sozinha dentro da minha cabeça, criando mil e um diáogos, pq é q é tão difícil escrever???
Talvez seja pq são tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo que nem dá tempo de processar tudo e digitar.
Semana passada foi foda.
Fui prum congresso que tava juntando dinheiro pra ir desde o ano passado. Previsão de 11 horas de viagem, na prática, 15, mas quem tá contando? Chegar e encontrar meus amigos que eu amo tanto e que vivem tão longe de mim... tão bom... sentia tantas saudades que nem cabia mais em mim...
Engraçado é que parece que a saudade não passa, a gente se encontra, fica tão tranquilo junto e depois fica vazio longe. Não sei se faz sentido, mas fica faltando uma lasca. O coração fica tão pequenininho, com uma vontade de não voltar pra casa... sensação de estar no lugar errado...
A cabeça voltou à milhão, tanta coisa acontecendo no país, tanta lei sendo aprovada, perspectivas de trabalho com habitação... ver os amigos trabalhando com planos diretores, encabeçando equipes, agitando muito... foi tão gostoso. Fiquei tão feliz por eles!
Voltei com borboletas na barriga, agitada (inspira, expira, conta até oito... mais uma vez... mais calma...)!!! Doida de vontade de fazer mais do que tô fazendo.
Não entenda errado, não estou parada, só acho que dava pra fazer mais.
Cheguei de volta e nem deu tempo de ficar aqui. Pai pede socorro, filha corre pra socorrer, claro!
Quatro dias de presidiária chinesa, colando folhas de ouro quase transparentes em painéis pra um casamento (brega??? imagina!!! vai ficar lindo!!!)
Hoje sinto partes do meu corpo que fazia tempo que não sentia (não aquela continua sem uso, para meu desespero! ahhaha), devo ter crescido uns dois centímetros de tanto alongamento. Depois vou medir!
Mas eu tava meio chateada semana passada, mais um motivo pra não sentar e escrever. Na quinta fez dois anos que meu vô morreu... Ai, noooossa, vô é velhinho, nem é tão triste assim morrer... mas é que ele faz falta... ele cuidava da vó, ele fazia a oração antes da refeição, ele contava histórias que ele tinha pesquisado, ele era sério e quando contava piada elas ficavam mais engraçadas por causa disso, ele cuidava do jardim e ele era o único homem da casa. E eu não tava aqui pra abraçar minha vó...
Mas já passou, hoje tá tudo bem.

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