No domingo acontecerá em São Paulo o segundo evento da minha lista de preferências, o primeiro ainda é a Virada.
A Parada do Orgulho Gay é a festa mais colorida da cidade, bate qualquer baile de carnaval. É toda purpurinada, cheia de plumas, paetês e gritinhos histéricos. Adoro! Sempre adorei!
Já estamos na 11ª edição, mas lembro bem da primeira, quando ainda não era tãaaaao grande. Fui com meu pai, ficamos na ilha da Paulista, bem em frente ao Conjunto Nacional vendo todas as tribos passando. Todo tipo de gente... Umas Drag-queens maravilhosas, com aquelas pernas quilométricas sobre saltos gigantescos vermelhos de verniz rebolando feto lagartixas. Logo atrás os machões go-go boys com cuecas de couro e suspensórios... homens lindos... passavam por mim e entregavam cartãozinho da balada pro meu pai, fazendo aquela cara "suma, baranga!" e sorrindo pro véio. Tá, véio não, que meu pai é um coroa bem do bonitão.
Num outro ano eu simplesmente esqueci da Parada. Tava num encontro de estudantes e depois de uma semana trabalhando virando noite voltava de trem de Mogi para São Paulo com um mochilão enorme nas costas. Na baldeação na estação da Sé começo a ouvir um som de criadouro de perus gluglugluglugluglu descendo pelas escadas rolantes, assustada olho pro lado e vejo uma horda de donas cheias de plumas e muita maquiagem brilhando e cantarolando. "AAAAAAAAAH, hoje tem parada gay!!!! Iei!!!!" Liguei correndo pra casa "Paps, vocês vão na Parada né? Tô chegando aí""Estamos saindo já, deixe tua mochila aqui e nos encontre na marquise do Conjunto Nacional..." hahahah fácil! Ponto de encontro um tanto vago, não?!
Voltei correndo pra Paulista e por algum milagre, ou talvez pelo faro mesmo, encontrei minha família. Pai tava em cima de um canteiro olhando tudo por cima, a Mila tava lá no meio da muvuca fotografando tudo "aumentando repertório". De repente vem um carro de som, daqueles trio-elétricos amarelos enormes e Wanderléa lá no alto. Meu pai não se aguenta e grita com toda a força do pulmão dele WANDECAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA, tenho certeza de que ela ouviu. Certeza! A mulher vira pra nossa direção e manda um beijinho pro velho. Quase que tive que levar meu pai direto pro hospital carregado pela Drag-enfermeira que passava por ali.
A Parada do Orgulho Gay é a festa mais colorida da cidade, bate qualquer baile de carnaval. É toda purpurinada, cheia de plumas, paetês e gritinhos histéricos. Adoro! Sempre adorei!
Já estamos na 11ª edição, mas lembro bem da primeira, quando ainda não era tãaaaao grande. Fui com meu pai, ficamos na ilha da Paulista, bem em frente ao Conjunto Nacional vendo todas as tribos passando. Todo tipo de gente... Umas Drag-queens maravilhosas, com aquelas pernas quilométricas sobre saltos gigantescos vermelhos de verniz rebolando feto lagartixas. Logo atrás os machões go-go boys com cuecas de couro e suspensórios... homens lindos... passavam por mim e entregavam cartãozinho da balada pro meu pai, fazendo aquela cara "suma, baranga!" e sorrindo pro véio. Tá, véio não, que meu pai é um coroa bem do bonitão.
Num outro ano eu simplesmente esqueci da Parada. Tava num encontro de estudantes e depois de uma semana trabalhando virando noite voltava de trem de Mogi para São Paulo com um mochilão enorme nas costas. Na baldeação na estação da Sé começo a ouvir um som de criadouro de perus gluglugluglugluglu descendo pelas escadas rolantes, assustada olho pro lado e vejo uma horda de donas cheias de plumas e muita maquiagem brilhando e cantarolando. "AAAAAAAAAH, hoje tem parada gay!!!! Iei!!!!" Liguei correndo pra casa "Paps, vocês vão na Parada né? Tô chegando aí""Estamos saindo já, deixe tua mochila aqui e nos encontre na marquise do Conjunto Nacional..." hahahah fácil! Ponto de encontro um tanto vago, não?!
Voltei correndo pra Paulista e por algum milagre, ou talvez pelo faro mesmo, encontrei minha família. Pai tava em cima de um canteiro olhando tudo por cima, a Mila tava lá no meio da muvuca fotografando tudo "aumentando repertório". De repente vem um carro de som, daqueles trio-elétricos amarelos enormes e Wanderléa lá no alto. Meu pai não se aguenta e grita com toda a força do pulmão dele WANDECAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA, tenho certeza de que ela ouviu. Certeza! A mulher vira pra nossa direção e manda um beijinho pro velho. Quase que tive que levar meu pai direto pro hospital carregado pela Drag-enfermeira que passava por ali.
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