Jun 28, 2007
Jun 22, 2007
Meu "eu-cínico" tirou férias por tempo indeterminado, está pensando seriamente em aposentadoria e viver de fazer trabalhos de escritora free-lancer vez ou outra, só a convite especial com data de chegada e de partida.
Tempo atrás recebi um recado aqui, um mantra pra repetir sempre "calma. o amor vem." Pois é, veio.
Dica então: repirem fundo e repitam: "Calma. O amor vem!"
E meus pés não tocam mais o chão...
Jun 12, 2007
Não sendo capaz de decidir entre duas versões da mesma música resolvi postar as duas, a música é linda mesmo, qual o problema de ouvir um zilhão de vezes, certo?
(uma delas só está linkada aqui porque o querido YouTube não está colaborando comigo)
True Love (Cole Porter )
Night and Day written by Cole Porter
Like the beat, beat, beat of the tom tom
When the jungle shadows fall
Like the tick,tick, tock of the stately clock
As it stands against the wall
Like the drip, drip drip of the rain drops
When the summer showers through
A voice within me keeps repeating
You, you, you
Night and day you are the one
Only you beneath the moon or under the sun
Wheather near to me or far it's no matter darling
Where you areI think of you
Day and night, night and day
Why is it so that this longing for you
Follows where ever i goIn the roaring traffics boom, in the silence of my lonely roomI think of you
Night and day, day and night
Under the hyde of me , theres an oh such a hungry yearning burning
Inside of me
And this torment wont be through
Till you let me spend my life making love to you
Day and night, night and day
(pra um certo trompetista...)
Jun 11, 2007
A pequena Shys não conviveu muito com sua mãe, o que não impediu que seu instinto maternal aflorasse logo na primeira oportunidade. Teve grande laço de amizade com Raya, a bela vira-latas preta com quem dividiu o aluguel por quase dois anos e que deixou muita saudades na pequena cachorrinha quando passou dessa para a melhor. Para não sofrer tanto com as saudades transferiu todo seu carinho para a pequena Weirmaraner recém acolhida na residência, a quem tratou como uma de suas crias.
Conviveu bastante com sua negra irmãzinha Natasha, brincando muito durante as férias e depois por um período mais longo por conta de uma bolsa sanduíche.
Shys foi mãe de 8 ou 9 crias. Emprenhou apenas uma vez numa visita íntima de Corisco (que copulou e nunca mais deu notícias). Desse caso furtivo pariu 5 filhotes lindos, os outros ela adotou. Adotou a Life e depois a cria renegada da Life, que com sua ninhada de 11 filhotes pretos, nascidos de um amor proibido, não dava conta de amamentar a todos.
Sofreu muito durante toda a vida com as piadas com seu nome, as brincadeiras infames que sempre faziam com que se sentisse enganada, expulsa, traída até... mas no final de sua jornada já não ligava mais pra isso. Conhecia seu papel, sabia de seu poder e usava e abusava dele. Fazia de gato e sapato todos ao seu redor.
Shyspinha hoje está correndo atrás de gambás no Céu dos cachorros feliz e saltitante.
Jun 6, 2007
A Parada do Orgulho Gay é a festa mais colorida da cidade, bate qualquer baile de carnaval. É toda purpurinada, cheia de plumas, paetês e gritinhos histéricos. Adoro! Sempre adorei!
Já estamos na 11ª edição, mas lembro bem da primeira, quando ainda não era tãaaaao grande. Fui com meu pai, ficamos na ilha da Paulista, bem em frente ao Conjunto Nacional vendo todas as tribos passando. Todo tipo de gente... Umas Drag-queens maravilhosas, com aquelas pernas quilométricas sobre saltos gigantescos vermelhos de verniz rebolando feto lagartixas. Logo atrás os machões go-go boys com cuecas de couro e suspensórios... homens lindos... passavam por mim e entregavam cartãozinho da balada pro meu pai, fazendo aquela cara "suma, baranga!" e sorrindo pro véio. Tá, véio não, que meu pai é um coroa bem do bonitão.
Num outro ano eu simplesmente esqueci da Parada. Tava num encontro de estudantes e depois de uma semana trabalhando virando noite voltava de trem de Mogi para São Paulo com um mochilão enorme nas costas. Na baldeação na estação da Sé começo a ouvir um som de criadouro de perus gluglugluglugluglu descendo pelas escadas rolantes, assustada olho pro lado e vejo uma horda de donas cheias de plumas e muita maquiagem brilhando e cantarolando. "AAAAAAAAAH, hoje tem parada gay!!!! Iei!!!!" Liguei correndo pra casa "Paps, vocês vão na Parada né? Tô chegando aí""Estamos saindo já, deixe tua mochila aqui e nos encontre na marquise do Conjunto Nacional..." hahahah fácil! Ponto de encontro um tanto vago, não?!
Voltei correndo pra Paulista e por algum milagre, ou talvez pelo faro mesmo, encontrei minha família. Pai tava em cima de um canteiro olhando tudo por cima, a Mila tava lá no meio da muvuca fotografando tudo "aumentando repertório". De repente vem um carro de som, daqueles trio-elétricos amarelos enormes e Wanderléa lá no alto. Meu pai não se aguenta e grita com toda a força do pulmão dele WANDECAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA, tenho certeza de que ela ouviu. Certeza! A mulher vira pra nossa direção e manda um beijinho pro velho. Quase que tive que levar meu pai direto pro hospital carregado pela Drag-enfermeira que passava por ali.
Jun 4, 2007
Tava tão bom o final de semana... no final de semana eu posso não fazer nada sem culpa nenhuma, ou fazer umas coisinhas e também não sentir culpa, mas não fazer nada na segunda feira e ainda ficar esperando pelo feriado da quinta é o fim.
Então eu resolvi por em prática o plano iniciado no final de semana, até porque fiz umas contas e descobri que meu prazo nem é tão grande assim e não dava pra ficar dando bobeira. Então peguei os textos e comecei a ler para escolher meus favoritos.
Quando conseguir compreender os texto estou certa de que minha escolha será mais fácil.
Metida que só eu, resolvi ler na língua original, esse negócio de tradução é superestimado, muito mais gostoso ler como o autor escreveu, com a respiração e as sacadas dele... muito bom também quando você tem domínio da língua dele.
Não é o caso.
Os dois anos de aulas (há pelo menos 5 anos) e uma viagem de 20 dias não foram suficientes pra entender o que Calvino escreve. Agora fico aqui batendo a cabeça, consultando dicionário a cada duas ou três palavras e pagando o mico de ler em voz alta pra ouvir a pronúncia dos zzs, chs, gnis etc, na confiança de que seu significado se iluminará na minha memória.
Cena ridícula.
Mas a desculpa pra retomar meu contato foi bem boa até, a inspiração veio em boa hora. As palavras lidas não são totalmente sem significado aos meus olhos ou ouvidos, fazem parte de uma lembrança, já passaram por aqui, conheço esses sons e essa composição das palavras...
Quando entrei na faculdade de arquitetura e percebi que grande parte da bibliografia do curso era em italiano e que meu inglês pouco me adiantaria ali, corri fazer minha matrícula numa escola de Italiano. Eu e um namorado, que se orgulhava das raízes italianas e do nariz grande. Eu, como boa nerd que sempre fui, pegava no pé com os estudos, fazia os exercícios todos, mesmo que fizesse dentro do ônibus à caminho da aula, mas fazia. Queria uma tal duma bolsa de estudos no exterior, um convênio da minha faculdade com alguma faculdade na península Apenina, mas que depois desisti. Não porque não tivesse aprendido o idioma, mas porque descobri que minha curiosidade ia para outro lado, não para aquele que a escola se voltava (isso é tema pra outro post, não este).
O namoro terminou, as aulas continuaram mais um pouco e depois a professora mudou de ramo... eu larguei os estudos, contentando-me com um pouco de cinema italiano esporadicamente. Agora tô sentindo falta.
Deve estar na hora de voltar a estudar. Acho que é isso... Talvez um pouquinho de Italiano, depois Francês (que só tive contato por 6 meses enquanto morava na Inglaterra... não fez sentido, né? qualquer dia explico), Espanhol... Espanhol também é gostoso de falar... não tanto quanto italiano e também não acho a língua tão sexy... Talvez um dia encare um alemão, será?
Talvez se eu parar de ficar só falando e sentar a bunda na cadeira direitinho meu projetos tomem corpo mais sólido... talvez o mestrado saia e não reclame mais de tempo parada... só da falta de tempo pra fazer tudo o que preciso.
Muito mais gostoso reclamar da falta de tempo.
Jun 1, 2007
Pois é, o ocorrido foi assim:
Saímos as duas pra levar um projeto pra marmoraria, fazer um orçamento e escolher umas pedras. Estávamos comemorando o fato de o carro da Cuca ter saído da oficina no dia anterior, depois de mês e meio de funilaria.
Tranquilamente conversando sobre o preço do granito e a escolha que o cliente faria (provavelmente diferente da nossa) , eis que surge uma viatura policial atravessada no meio da pista, 2 guardas. Enquanto um dava um sinal que entendemos como "diminua a velocidade" o outro saía pela outra porta do carro. O outro sacou a arma, abaixou protegido pela viatura e apontou pro carro atrás do nosso, o um foi fechando a nossa saída e tentava se proteger com o nosso carro. Entendemos aí o sinal " pare o carro e abaixe". Ah tá! uma olhou pra cara da outra "Diminua a velocidade e entre na Vila, mas não pare! Passa por cima!"
Antes ele do que nós, certo?!
Eles só esqueceram que ladrão não tem muito respeito pelas leis de trânsito, e que invadir a pista na mão errada nem é tão grave assim durante uma fuga, ou eles acharam que o cara tava preocupado com a multa?
E vocês achando que ser arquiteta é moleza... Profissão de risco...
Hoje o risco foi durante o almoço.
"Manhê, manhê, vem ver, eles prenderam o cara, ele tá lá dentro do camburão" "manhê, vem ver, vem ver, eles tão tirando a gasolina da moto" "manhê, aquele negócio já desceu a coisa, vem ver!""vou lá ver só mais um pouquinho tá?!""ah, manhê, eles já foram embora"
E eu lá, tentando almoçar...