May 10, 2007

Lá vai (antes que mude de idéia ou resolva incluir mais mil pontos queridos):
BG:
1. O Empório do Nono, ou como diz um amigo de minha mãe "o melhor barzinho do hemisfério Sul". Querido bar que abre às segundas-feiras pra um belo choro, cerveja gelada, atendimento carinhoso, e comidas que deixam salivando só de lembrar... 2. A Praça do Coco. O tiozinho que tinha uma Kombi cor de laranja de garapa e água de coco começou a cuidar da praça onde estava instalado, foi colocando mesinhas, cadeiras, fazendo canteiros em volta das árvores... depois ganhou alguma concessão de uso ali e pode instalar um quiosquinho que virou ponto de reunião duma ONG e uma feirinha de badulaques aos sábados. Melhor lugar pra tomar garapa no final da caminhada ou de ressaca aos sábados de manhã. 3. A Fazenda Rio das Pedras. Quando éramos pequenas, logo que mudamos pra cá, invadíamos a fazenda todo final de semana pra andar lá dentro e ver os cavalos. Era uma delícia. Lembro bem do bambuzal que até hoje faz parte dos cenários das histórias que invento na minha cabeça. As estradas de terra que rodeavam os cercados dos cavalos eram nossas pistas de corrida. Sem contar que o gosto de contravenção de invadir uma propriedade tão grande era bem gostoso. Pena que o capataz da fazenda, armado com uma espingarda, nos pediu gentilmente que não mais usássemos aquele espaço pras nossas caminhadas. Observação bucólica... digna de início de romances de José de Alencar (modeeeeeesta) 4. O Observatório a olho nu da Unicamp. Grande desafio na adolescência era chegar ao observatório de bicicleta sem descer dela e antes dos meninos (nunca consegui...) e depois descer sem apertar os freios com o vento batendo no rosto. A descida mais gostosa foi durante uma chuva torrencial, eu e mais dois amigos totalmente encharcados curtindo a chuva... Delícia de lugar lindo... 5. Minha casa, as festas de casa, o quintal de casa, as cachorras de casa, mamacita, minha parede com pintura nova e cheia de quadros, as jabuticabeiras que ficam assanhadas cheias de flores...
Campinas:
1. Estação Cultura, o nome é pedante, eu sei, mas o lugar é lindo e eu gosto dele desde antes do nome. É a antiga estação de trem da Companhia Paulista de Estradas de Ferro (a FEPASA) e lá dentro, em algum papel ou quadro de funcionários tem o nome do meu bisavô. Vovó adorava contar que ele tinha sido chefe da estação, ficava toda orgulhosa falando do pai, era um barato. Mas meu carinho pela estação não é só por causa da família, e porque ela é lindinha mesmo, é por uma lembrança dum evento que organizamos durante a faculdade no qual hospedamos 1200 estudantes no pátio da estação só pra falar de arquitetura e da cidade de Campinas por quatro dias. Carinho enorme por aquele ano de organização e pelos dias de reunião. 2. O Largo do Carmo cercado de bares. Eu gosto da configuração do negócio, não de um bar ou outro. Gosto da praça e das mesas e cadeiras e da gente e da cerveja que se espalham por ela... Gosto da diversidade lá, não musical, da diversidade de tipos... Na verdade o largo do Carmo (oficialmente tem nome de Praça Bento Quirino) é o do outro lado da rua , o da Igreja do Carmo, o que tem os bares não tem igreja (óbvio!!!) mas visualmente eles são a mesma coisa e que eu saiba ninguém diz "vamos tomar uma cerveja lá na Praça Antônio Pompeu?". A praça é lugar histórico da cidade, é onde foi celebrada a missa inaugural, é onde funcionaram o paço municipal, a cadeia e tudo o mais, e é também onde está enterrado o Maestro Carlos Gomes (aquele mesmo, compositor de O Guarani). Sim, eu tomo cerveja ao lado de um túmulo e não sou gótica nem tenho tendências pra esse tipo de comportamento. Pitoresco, mas divertimento garantido. Mas o que eu mais gosto é que esse negócio de tomar cerveja sentada no calçadão, que me lembra dos chopes no centro do Rio, das ruas fechadas pelas mesas e o monte de gente fazendo o happy hour por ali sem se importar com a chuva fina antes de voltar pra casa. (ops, era pra falar de Campinas, não do Rio, né?) 3. A Praça Carlos Gomes. Essa não tem bar. Tem coreto. E não tem o túmulo do Carlos Gomes, que está na Praça Antônio Pompeu, mas tem um busto de Tomás Alves e outro de Rui Barbosa. Tem também um coreto e uma fonte num laguinho. Gosto dela pelo paisagismo, acho uma praça bonita, e só. Ela fica na Irmã Serafina, avenida que depois vira Anchieta e tem palmeiras imperiais dividindo as pistas. Acho engraçado o som ambiente. É isso mesmo, a praça tem som ambiente e a maioria das pessoas que passa por ela nem repara porque ela fica no meio de uma muvuca danada de carros e ônibus. Eu só percebi o som quando comecei a usar a praça de modelo pros meus estudos de desenho de observação. Ficava horas lá sentada desenhando os titãs que carregam o coreto nos ombros, as árvores, as pessoas que passavam... só parei de usar a praça quando fulano sentou ao meu lado e ofereceu uns trocados por um "pograma". 4. Giovanetti5. Pronto, beberrona oficial agora, mais um bar na lista... e dos caros(pro meu poder aquisitivo atual, ok?!)... mas é que... é que é um bar onde comemoro meus aniversários (sem sustos pra quem nunca comemorou aniversário meu lá comigo, é uma tradição minha e duma amiga), era o lugar de fuga das amigas pra falar bobagem logo que pudemos tomar chope legalmente. E é lá que os garçons me parabenizam por fazer dezoito anos todo ano. Mas a rede Giovanetti é tradicional da cidade também, todo turista tem que ir a um deles, preferencialmente nos do centro da cidade, porque esse negócio de ficar bebendo em shopping não tá com nada. Nem eles devem gostar disso, das quatro casas, 3 estão no centro e uma no shopping, das três eles colocam foto linda da fachada do prédio, a única só com foto interna é a do shopping... eca! Ah, e ainda tem o Beethoven, são bernardo símbolo da marca, fofíssimo que fica passeando pela loja em alguns momentos... 5. O Centro de Convivência Cultural com sua feirinha de cacarecos (desculpem-me, não vou chamar de artesanato!), com o palco do anfiteatro que seria maravilhoso para shows se não fosse no meio de área residencial, os tipos esquisitésimos que frequentam a feira e os bares em volta, a molecada adolescente que anda de preto e só compra colar de semente e brinco da feira pra colocar nos vinte furos que têm na orelha (eles vão descobrir que isso passa e que é por essa certeza que os pais nem ligam mais pro visual montado para incomodar). De todas as barracas, a que mais gosto, mesmo, sem sarcasmo agora, é a do cara natureba, putz, como eu gosto da comida dele... e o suco de maçã? o melhor suco de maçã! A torta de arroz integral com espinafre... ai, agora deu fome... vou dar uma passadinha lá amanhã só pra matar a vontade. Pior é que ele não vende uma bandeja inteira pra trazer pra casa, tem que comprar picadinho...
(Meu lado natureba existe e tem dias que ele aparece doido por uma soja!)
Agora um lugar que odeio, só pra destilar o veneno.
O tal do Shopping Parque Dom Pedro. Nome pomposo, arquitetura de revirar o estômago, mau gosto do mau gosto do mau gosto. Entupido de gente apesar do título de maior da região (acho que já perdeu o título de maior da américa latina e do estado do qual se gabava tanto). O que mais me incomoda nele agora que os problemas de enchentes em Barão que ele causou foram solucionados? Os bares e boates dentro dos muros. Muros me incomodam muuuuito, condomínios, cancelas e guaritas infernizam minha vida, mas acho o ó ir pro shopping pra dançar em uma das cinco boates porque é mais seguro. Afh. Shopping, do inglês, "comprando". Ou seja, não é lugar de confraternizar, de flertar, é lugar de comprar. Bar em shopping é demais pra minha paciência. Depois falo mal dos condomínios... depois.

1 comment:

Christina Brech said...

Olá,
achei seu blog sem querer, mas quem sabe você pode me ajudar: estou procurando um lugar tranquilo e bacana para morar sozinha em Barão. Você não conhece alguém que aluga casa de fundos ou algo assim? Se quiser apagar esse comentário, sem problemas.
Obrigada,
Christina (kika.brech@gmail.com)