May 21, 2007

Olhares me intrigam.
Vez ou outra cruzo com uns que quebram minhas pernas, que retêm meus pensamentos por muito tempo. (lembrando que a moça ligada em 220 não fica com uma só coisa na cabeça por muito tempo nunca)
Gosto desse jeito de olhar "vou conquistar o mundo" (sem confundir com o olhar "sou dono do mundo" que provoca asco), desse brilho aventureiro, que não se importa com o tamanho do desafio. A sorte tá lançada, então tá, vamos, pra que parar, pra que medo?
E daí que os obstáculos são grandes? Passa-se por cima, ou por baixo, como der...
É difícil, mas tem um jeito, se ninguém descobriu ainda, descobriremos nós.
É um olhar que fala mais. Fala mais que o meu ou o teu, porque é ele que fala primeiro. Fala mais que o corpo, fala o que pensa no brilho não no som.
Está além, atravessa, deixa sem fôlego.
Devia ter conversado mais. Aproveitado mais desse brilho que tão raras vezes passa por mim, devia ter deixado o povo passando fome e ficado lá, aprendendo a conversar com os olhos e as mãos. Sugado essa energia de quem sonha e corre atrás dos sonhos.
O horizonte tá tão mais longe que o dedão do pé, no entanto parece tão mais curto o caminho pra chegar lá.
Pelo menos mais divertido.

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