lembranças de viagemhiiiiiiiiii nem deu pra fazer diário de bordo não.
Uma canseira danada no final de cada dia. E nem um minuto parada com o caderninho pra escrever...
Comecei a escrever na sexta feira, quando cheguei e baixei as fotos da máquina, mas fui interrompida por um acidente de percurso de uma abelha - a idiota resolveu picar meu braço e quase fui parar no hospital por culpa dela, mas eu fiquei vendo ela agonizar sem o ferrão... (gargalhada malígna)...
Depois teve a festa...
Os relatos a seguir terão falhas de memória e interpretação dos fatos:
Salvador 26 de Dezembro de 2006, 1 e pouco da madrugadaFomos pra Salvador no dia de Natal, sem grandes problemas no aeroporto, apenas uma atraso de 40 minutos depois do embarque antes da decolagem. Nada mal pra uma semana em que as pessoas perderam festas de Natal e casamentos nas filas dos aeroportos.
Nosso destino era o Albergue do Porto (recomendo!!! muito bom!!!).
Visão deliciosa ao chegar pra fazer o check-in: surfista descamisado, com enormes dreads queimados de sol, mulato, falando em inglês com sotaque californiano ao telefone. Lindo, lindo, lindo... "Oba!!! É aqui mesmo que eu queria ficar!!!" hahaha
Problemas com a nossa reserva ou com as sinapses no cérebro do atendente da madrugada. Nosso quarto não existia, passaríamos a noite em outro. Sem problemas.
Pela manhã fomos transferidas pro nosso quarto de verdade, que era bem maior, mais ventilado e com mais gente pra conhecer.
Lição número 1: é muito melhor ficar em albergue quando se quer fazer novos amigos. Bons amigos em Salavador, que reencontramos em outras paradas e reencontraremos outras vezes ainda... Muito gringo.
Australianos aos montes, uma sueca, dois suíços, depois chegou mais um casal suiço, um dinamarquês, um inglês, uma colombiana, uma francesa, um amaericano, alguns brasileiros de São Paulo... pratiquei meu inglês, que ficava mais fluente a cada cerveja... Ir ao Pelourinho à noite com 15 gringos é uma visão do inferno, ninguém merece!!!
Na noite anterior à nossa partida o albergue ofereceu um jantar especial regional, moqueca de arraia, vatapá, feijão de qq coisa e arroz delicioso. Nós oferemos caipirinhas variadas, compramos umas frutas estranhas no supermercado na frente do albergue misturamos tudo com uma cachacinha e adoçante (hehehe, pior é que foi mesmo...) e oferecemos a todos.
Lençóis (BA)
29 de Dezembro, 4 e pouco da madrugada
Chegamos depois de 5 horas e meia de viagem num busão geladésimo. Alguém me explica pra que um ar condicionado tão gelado de madrugada???
Já invadimos a casa da Di (que deixou a chave conosco e só chegaria no final da tarde), mudamos as coisas de lugar, tomamos posse mesmo!!! abusadíssimas!!!
Acordamos tranquilas e fomos procurar um café da manhã (tinha um pão de queijo congelado à nossa disposição, mas deu uma preguiça de assar pão logo cedo...
O tempo na Bahia é mais longo que em São Paulo, algo como 1 pra 10 (um minuto baiano equivale a 10 minutos paulistas). Café da manhã na Dona Joaninha (delicioso, se estiver com tempo para um brunch) levou 2 horas. 40 minutos pra servir o suco, mais um pouco pra vir o café e as frutas... o pãozinho então...
Encontramos amigas que fizemos em Salvador e fomos juntas pruma cachoeira, uma dessas que juraram pra gente que era pertinho e que não ficaríamos muito cansadas. A trilha do Serrano, que ainda tinha a Cachoeirinha, a Primavera e o Halley...
No começo da noite a Di chegou, e a Raquel e o Júlio chegaram logo depois (tem link do blog deles aqui na página).
Eles estão fazendo uma viagem de fusca pela América Latina, param nos pousos onde são convidados, conhecendo as casas das pessoas. Nós nos conhecemos dos tempos de movimento estudantil, de algum canto do Brasil que não era a casa de nenhum de nós... uma delícia reencontrá-los nessa aventura.
A noite ainda estava tensa... Coisa de irmãs, sabe, que ficam muito tempo sem se ver e precisam se estapear uma pouco, bater boca, chorar juntas pra poder tomar uma cerveja e ficar tudo bem depois? Saudade mesmo... distância que mudou os meios de comunicação e não nos adaptamos bem a eles, faltaram os olhos dizendo a verdade... nossa leitura de movimento, de tom de voz, que não existe pelo MSN
...(filha da **** duma abelha acabou de me picar no braço, pausa no post pq tá doendo muito e vai inchar)...
Mas no fim (na verdade não foi no fim, pq tinha que ser no começo, senão não ia dar certo) as coisas se acertaram, entraram nos eixos, porque a gente se ama demais pra deixar quieto qualquer incômodo. (Meninas, amos vocês demais, queridas sócias)
Fizemos uma trilha sob chuva, com duas paradas, coincidentemente a chuva parou nas paradas também. Ribeirão de Cima era frio que só, mas lindo e o sol resolveu aparecer para aquecer nosso caminho até o Ribeirão do Meio.
Balada boa, lembrava o piscinão de Ramos. hahaha O retorno foi debaixo de chuva torrencial, que acabou junto com a trilha, foi só chegar na rua pavimentada.
À noite, depois de beber bastante (afinal, garrafa de cerveja a 2 reais não se encontra em qualquer lugar) fomos conhecer o famoso "Inferninho", o melhor lugar para dançar em Lençóis. Seleção musical de primeira qualidade... lembrei muito daqui do escritório... montes de downloads de MP3 de todo tipo, só ligar o media player e apertar o shufle... hahaha
Samba rock seguido de eletrônica, um pagode, um funk, eletrônica, rock'n'roll, pagode, forró... delícia!!!
Lição número 2: Tapioca é ótima pra curar ressaca.
Passeiozinho light pra guardar energia pra noite de reveillon. Divididas entre duas festas na cidade, uma com uma banda pop e uma de reggae numa praça superfamília e a outra na frente dum bar, fechando a rua com uma tenda de lycra vermelha e DJ tocando uma rock'n'roll delícia... mensagens importantes que ficaram gravadas na caixa de saída do celular: "Happy new year, sis!!! Pó de pirlimpimpim, tenda d lycra vermelha e rock'n'roll" (ela só entendeu quando mostrei as fotos) mas respondeu "Feliz ano novo, banho de rosas, poção do amor e pumpkin pie" "moreno, dread, piercing, instrutor biligue de escalada..." (ela recebeu horas mais tarde)
Ótima passagem de ano!!! Se 2007 continuar assim, pra mim tá bom demais!!!
Dia 1° só ressaquinha e banho de cachoeira pra despedir de Lençóis...
E coração apertaaaaado na rodoviária...
Morro de São Paulo
2 de Janeiro, 11 e pouco da manhã, chuva! Pousadinha bacana e muito ócio!!! Só praia, nada de passeios culturais, ver farol, forte, construção de não sei o quê... só praia... nem compras (e olha que tinha cada lojinha bonitiiiiiinha). Seríssimos problemas financeiros. Todos os tipos de problemas possíveis... Desde esquecimento da senha do cartão, até falta de dinheiro no caixa, passando por cheque que não caiu e sistema fora do ar... Só dava pra comer na "Tia Dadai" que tinha cerveja mais barata, PF que dava pras três e aceitava cartão de crédito. Mas a caipirinha na praia à noite ficava comprometida. A feira de Caipirinhas de Morro de São Paulo é uma loucura: "tia, que que é essa fruta aqui? posso experimentar? hummm, boa, quero uma caipirinha dessa também..." tomei uma de cacau, dentro do cacau... ótima!!! Um azedinho no fundo. Mas tomei com Ypioca, que esse história de vodka me causa amnésia. Na manhã seguinte, quando estávamos indo pra praia trombamos com Thiago, um dos amigos de Salvador que tentamos convencer a ir pra Lençóis conosco (até oferecemos a casa da Dê, na maior cara de pau), tinha abandonado o tal do Universo Paralelo que ele tava e resolveu nos encontrar em Morro. Acabou ficando com a minha vaga na pousada, que era bem mais barata que a dele. Voltei pra Salvador no final da tarde no catamarã. Não use o catamarã a não ser que goste muuuuuito de montanha russa e maresia. Horrível!!! Logo no primeiro minuto de viagem comecei a passar mal "mooooça, tem um dramin?" "tó, dramin, um saquinho e guardanapos" É, ela sabe do negócio, não ia ter como fugir... nenhuma daquelas respirações que aprendi na Ioga adiantaram... duas horas e 4 saquinhos plásticos depois aportamos em Salvador.
Graças à Deus, terra firme!!! "quer um taxi pro aeroporto?" "queeeero..." "moça, tem um ônibus com ar que sai daqui de pertinho e vai direto..." "eu não aguento mais carregar essa mala...(chorando)" "pode deixar que eu levo pra você... vá de taxi mesmo"
Céus!!! 'Tava verde...
Passando mal no avião também...
puta sacanagem, diga-se de passagem... na ida pra Salvador tinha Raquel de um lado e um senhor roncando do outro, desta vez estava com dois morenos gatinhos, encaracolados e sujinhos, sob encomenda. E eu passando tão mal que não podia falar uma palavra sem um "ai" na frente. Puta merda!!!
Podre!!!
Meus restos só chegaram em Campinas na sexta à tarde de carona com um amigo da Mila que me resgatou na casa do meu pai...
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