

Coisa de profissional, disse o delegado e investigador do caso. Igualzinho ao profissional que levou o teipe do carro da minha mãe.
Cheguei em casa cansada ontem e mamãe estava assistindo a isso aqui. Tive que sentar ao lado dela e ver o filme todo também... lembrei do cansaço? que nada... só hoje de manhã.
B¨jork cantando Anchor Song em Cambridge.
Repare nos pés descalços e na dancinha... ela é linda... e eu vou assistir ao show dela!!!
hahahah
eu vou!!!
certo, certo, tão fora de foco quanto minha vista na volta da balada, mas dá pra entender...
A rua atravessada pela manada é a principal avenida do bairro e as bolinhas de pelo passando são enormes capivaras!True Love (Cole Porter )
Like the beat, beat, beat of the tom tom
When the jungle shadows fall
Like the tick,tick, tock of the stately clock
As it stands against the wall
Like the drip, drip drip of the rain drops
When the summer showers through
A voice within me keeps repeating
You, you, you
Night and day you are the one
Only you beneath the moon or under the sun
Wheather near to me or far it's no matter darling
Where you areI think of you
Day and night, night and day
Why is it so that this longing for you
Follows where ever i goIn the roaring traffics boom, in the silence of my lonely roomI think of you
Night and day, day and night
Under the hyde of me , theres an oh such a hungry yearning burning
Inside of me
And this torment wont be through
Till you let me spend my life making love to you
Day and night, night and day
(pra um certo trompetista...)
O copo plástico branco de 400ml vazio e pisoteado era a única testemunha do ocorrido...
Tinha sido pivô do desentendimento e jogado ali no chão sentia-se cheio de culpa. Não era culpa dele, pobrezinho.
Pouco tempo antes estava ele, todo feliz, cheio do líquido amarelo gelado com bolhinhas e uma camada de dois dedos de espuma que cobria tudo. A boca tocava sua borda e bebia com gosto seu conteúdo. Largos goles que matavam a sede e agradeciam o presente.
Afastada, no outro canto do salão, a moça observava e sorria. As covinhas das bochechas denunciavam seu contentamento.
Parou de sorrir ao ver o copo vazio foi arremessado ao chão. O copo sentiu o olhar desapontado da moça acompanhar sua queda e depois partir.
Achou que era culpa dele, fosse de vidro estaria sobre o balcão, a boca que bebia dele talvez pedisse por mais um pouco da bebida gelada. Talvez o levasse pra passear pelo salão de volta às mãos da moça... Ele gostaria disso, gostaria de estar completo novamente, com a camada de espuma suave e as bolhas que estouravam refrescantes em seu interior...
Agora estava lá no chão, no meio do salão, sendo chutado pelos pés dos dançarinos.
Teve tanta esperança ao ser escolhido dentro da pilha de copos. Puxado de dentro do saco, sacado como uma arma, colocado no balcão e servido por uma garrafa de vidro marrom cujo conteúdo gelado lhe dava tanto prazer. Imaginara grandes aventuras naquela noite em que saía pela primeira vez de sua embalagem, ainda não conhecia sua vulnerabilidade, sua condição descartável.
Deixou as mãos da moça acompanhado de um pedaço de papel e foi levado, em seu primeiro grande vôo cruzou a pista até àquele que sorveria o fluido de seu interior.
Já acompanhava o flerte desde o início da noite com o bar ainda vazio, sonhava sair logo do invólucro e participar da ação. Viu a troca de olhares, os acenos com a cabeça, o cochicho de um lado e de outro nas rodinhas de amigos. Torcia pelo desfecho feliz, pela sua participação especial na história. Nunca imaginou que seu tombo traria a desilusão da moça... Que infeliz a sorte do pobre copo.
Olhares me intrigam.
Vez ou outra cruzo com uns que quebram minhas pernas, que retêm meus pensamentos por muito tempo. (lembrando que a moça ligada em 220 não fica com uma só coisa na cabeça por muito tempo nunca)
Gosto desse jeito de olhar "vou conquistar o mundo" (sem confundir com o olhar "sou dono do mundo" que provoca asco), desse brilho aventureiro, que não se importa com o tamanho do desafio. A sorte tá lançada, então tá, vamos, pra que parar, pra que medo?
E daí que os obstáculos são grandes? Passa-se por cima, ou por baixo, como der...
É difícil, mas tem um jeito, se ninguém descobriu ainda, descobriremos nós.
É um olhar que fala mais. Fala mais que o meu ou o teu, porque é ele que fala primeiro. Fala mais que o corpo, fala o que pensa no brilho não no som.
Está além, atravessa, deixa sem fôlego.
Devia ter conversado mais. Aproveitado mais desse brilho que tão raras vezes passa por mim, devia ter deixado o povo passando fome e ficado lá, aprendendo a conversar com os olhos e as mãos. Sugado essa energia de quem sonha e corre atrás dos sonhos.
O horizonte tá tão mais longe que o dedão do pé, no entanto parece tão mais curto o caminho pra chegar lá.
Pelo menos mais divertido.