Dec 20, 2007
Coisa de profissional, disse o delegado e investigador do caso. Igualzinho ao profissional que levou o teipe do carro da minha mãe.
Nov 1, 2007
A pequena rainha das abelhas flutuava e dançava e zumbia e corria e voava e explodia.
Espalhava estrelas cadentes.
Oct 25, 2007
Agora o texto da proposta de projeto de pesquisa tá pronto. É isso mesmo, a proposta do projeto, nem é o projeto ainda e só por isso que deu tempo...
Coisa de engenheiro...
uma amiga minha que foi prestar mestrado há um tempo atrás teve que escrever uma proposta de 20 páginas pro pessoal da história, o moço tentando o doutorado em artes precisava de 15, mas na engenharia não, pelo menos pro mestrado não. São 4.
É isso! Engenheiro é curto e grosso.
Quero isso!
Vou fazer assim!
Preciso disso!
Vou gastar tanto tempo!
Pronto!
Quatro páginas, com espaço dois, letra doze, quinhentas palavras pra contar a que veio. E a bibliografia proposta tem que estar aí no meio. Tá bom ou quer mais?
E eu lembro que reclamava quando tinha que escrever TUDO ISSO na escola...
Me conta como escrever proposta convincente e embasada em tão pouco espaço?!
Mas se é assim que eles querem... então tá... Agora é só entregar e esperar.
Se bem que ainda tenho que terminar de preencher o famoso Currículo Lattes. Argh!
Oct 22, 2007
Eu já tenho atriz preferida pra votar na hora do Oscar.
O quê? ainda não tem lista de indicados???E eu com isso?
Já escolhi minha atriz: Marion Cotillard em "Piaf - Um hino ao amor".
Filme imperdível que fui assistir na sexta completamente por acaso.
Tá bem, mamacita já tinha visto e falou que era bom demais, mas eu não saí de casa para ir ao cinema, saí pra outra coisa e acabei parando por lá com um sanduíche numa mão e o namorado na outra.
(por sinal, sanduíche não combina com filme francês, mas estava com fome...)
Quase morri de chorar.
Exagerada? Exagero nada... a vida de Piaf é triste demais e acabei de ver que não colocaram nem metade das tragédias dela no filme. Affff! Só cantando daquele jeito mesmo!
Voltando pra atriz: ela está absolutamente maravilhosa! Passa dos 19, 20 anos, quando a cantora ainda cantava nas ruas por trocados pra comer até sua morte com 47 anos parecendo octagenária... impressionante! E ainda canta e dubla. Tá parece ruim dizer que uma atriz dubla em cena, mas juro que não dá pra perceber, só dá pra desconfiar pq não acredito que outra pessoa possa cantar tanto.
ah, bom cinema.
Tenho que terminar meu projeto pro mestrado e fico aqui perdendo tempo... ai ai ai...
Oct 19, 2007
Oct 10, 2007
Oct 5, 2007
o blog da Mila, minha irmãzinha, aquela de que falei uns posts abaixo, um com um bordado.
E o link do Soul na Goela, banda querida daqui de Campinas que está com site novinho em folha todo bonitinho.
O blog da Mila foi golpe baixo mesmo.
Montei um, dei nome, arrumei template (que depois ela mudou um pouquinho e por isso que não dá pra ler. Não é culpa minha!!!) e convidei a baixinha pra escrever, como co-autora. Quando ela entrou, eu saí. E pronto, a Mila tem um blog cheio de ilustrações, histórias e belezuras que ela faz.
Oct 1, 2007
Cheguei em casa dei de cara com uma notícia muito boa, mas que vai tirar meu sono.
O pai dum amigo meu passou em casa de deixou um folheto pra mim. Ele lembrou duma conversa que tivemos no comecinho de Janeiro deste ano sobre fazer pós graduação. Na época, deu várias dicas e ficamos horas papeando e tentando montar um projeto.
Aqui em casa todo mundo fez isso, essa tal de pós. Meu primo, um ano só mais velho do que eu, engatou a faculdade no mestrado, já terminou o doutorado e agora tá correndo pra um pós doc... a mãe professora e pesquisadora cobrou iniciação científica até que consegui convencê-la de que na minha área, o estágio era mais importante. A tia a cada seis meses liga perguntando se não vou pra lá fazer uma pós. O namorado na maior correria pra seleção do doutorado... cercada de nerds... aff
Só que agora, na labuta há quase três anos, a escola tá fazendo falta. Sem saudosismos, vontade de voltar no tempo nem nada disso. Longe disso.
Por sinal, muito longe disso, credo! bate na madeira!
Imagina se tenho paciência pra semana de bixos, choppada e gente matando aula... já não tinha antes...
O que faz falta é informação nova, gente desconhecida, o tempo passar mais devagar porque o cérebro tem sinapse nova pra processar, ter mais possibilidades de solução pra colaborar dentro dos nossos projetos no escritório. Aumentar repertório, assunto, fofoca também.
Ler outras coisas, ter novos problemas pra resolver.
Aí, quando vi o folheto lembrei da conversa e a empolgação voltou. Não me custa mais do que algumas horas de sono ou de ócio fazer a tentativa agora, certo? Então é isso!
Empolguei de novo. Vou tentar. Se quiser tentar também o link tá lá no outro blog, o do Móbile.
Não vou colocar aqui porque quero que aquele comece a ser visitado também, sabe...
Ah é, mas a canseira não foi por ficar pensando sobre isso, ainda me resta um pouco de energia depois de um dia de trabalho, não tô tão podre assim. né. A canseira foi ficar atualizando o tal do curriculo Lattes.
Alguém sabe usar aquilo????
Pelamordedeus!
Nada do que eu fiz na vida se encaixa naquelas tabelas. Fiquei me sentindo a mais inútil das mortais!
Sep 24, 2007
Então, aconselho que acompanhem, nem que seja só pra sorrir quando entrar e lembrar dele.
O Lhéo é um desses caras que conheci naquelas horas que a gente precisava estar tão aberto, mas tão aberto, que não tinha jeito, ou gostava muito ou desgostava demais. E ele é tão grandão que o gostar demais dele é demais mesmo, ocupa um espaço danado do coração.
Sep 21, 2007
Magic Waltz - A Lenda do PIanista do Mar
Cheguei em casa cansada ontem e mamãe estava assistindo a isso aqui. Tive que sentar ao lado dela e ver o filme todo também... lembrei do cansaço? que nada... só hoje de manhã.
Sep 6, 2007
bjork anchor song live in cambridge
B¨jork cantando Anchor Song em Cambridge.
Repare nos pés descalços e na dancinha... ela é linda... e eu vou assistir ao show dela!!!
hahahah
eu vou!!!
Sep 4, 2007
Eles foram criados juntos e estão assim, semi abandonados juntos (tá, licença poética, o dela tá bem menos abandonado do que o meu)... o grande problema é que não somos escritoras que ganham a vida escrevendo, não somos bloggueiras profissionais . Fazemos mil outras coisas. E escrever é a válvula de escape. E, claro, nem tudo deve ser publicado, algumas coisas a gente guarda só pro travesseiro.
Mas eu diminuí muito meus escritos por que tô tão feliz que não tenho tempo pra ficar reclamando (ufa! ainda bem!) e me divirto muito mais escrevendo reclamações do que seriedades ou textos cheios de mel e borboletas em revoada (que estão na minha cabeça agora). Nem tenho reclamações pra fazer.
A vida de solteira destrambelhada e que só tomava bolo era mais fácil de contar, fazer das tragédias (iiiiii, exageraaaaada!) piadas e tirar sarro pra amenizar a dor ou a vergonha. Eram posts bem mais engraçados. Mas a vida de verdade é bem mais gostosa agora.
Não vou ficar aqui contando os planos...
Não quero ficar aqui contando os planos, esses são só pro travesseiro...
Mas eu tô fazendo planos, olha só como isso é novo?!
E eu também tô fazendo aniversário. Ficando mais sábia, sabe?! É isso mesmo, sabia, não velha!
Aug 29, 2007
Aug 20, 2007
Nada de crises com o aniversário chegando nem nada disso. Isso acontece todo ano mesmo e ainda tem a parte boa de todo mundo ver no orkut que é dia do meu aniversário e mandar uma mensagenzinha.
Também não são os fios brancos, que agora resolveram ficar rebeldes e nascem crespos na minha cabeleira lisa que nem quiabo, que me apavoram. Se me irritar com eles passo logo uma tinta e fico moça de novo.
As estrias, celulites, dores nas juntas, nas costas... isso não é sinal de velhice, é sedentarismo, ponto.
O que me indica a velhice chegando é meu fígado. Ele não processa mais a cerveja como antes. Resolve me maltratar no dia seguinte, provoca dores de cabeça homéricas, enjôos... esse tipo de coisa que alguns chamam de ressaca.
Pois é, antes não era assim. Podia passar uma tarde num churrasco bebendo e continuar à noite, e depois talvez fosse madrugada adentro e tudo se resolvia com um pão com ovo e uma coca-cola... Este final de semana minha desconfiança de que a velhice se aproximava deixou de ser uma mera desconfiança.
9:30 da noite eu tinha certeza de ser alta madrugada, já enrolava a língua pra falar, esquecia o assunto da conversa no meio dela... feio... hora de ir pra casa.
Ainda bem que tinha um moço sóbrio pra me socorrer e mostrar o caminho até o elevador (não, eu não saí dirigindo, foi o moço sóbrio). E que ele é grande e não sente os efeitos do álcool tão rápido assim.
Mas no dia seguinte a melhor pedida era um chá de boldo mesmo... ou de folha de louro, que também amansa o fígado reclamão.
Jul 27, 2007
Bumblebee, um dos autobots que é responsável por cuidar do adolescente que tem o mapa para o lugar onde está escondido "O Cubo"
Sim, eu fui assistir aos Transformers.
Pois é, concessões que temos que fazer... se ele tem que assistir aos "filmes de menina" comigo, eu tenho que assistir a "filmes de meninos" com ele. Faz parte do acordo.
Mas eu gostei, confesso. Não foi tão estranho...
Tá é verdade que são robôs humanóides extraterrestres com livre arbítrio oriundos da agregação de uma alma a robôs comuns... mais estranho que Inteligência Artificial... mas, deixa pra lá, melhor não tentar entender.
Divertido é o clima de desenho animado misturado com gibi e brincadeira infantil. Tem moral da história, tem os robôs bonzinhos que gostam dos seres humanos e acreditam que eles não devem ser punidos pelos robôs do mal só porque estão destruindo o planeta. No meio da maior briga entre os dois mais poderosos o grande robô bonzinho fala pro outro “eles que devem decidir se merecem o planeta ou não!”. E a voz grave de pastor na narrativa dos fatos, o grande robô chamando os outros perdidos pelas galáxias pra se juntarem no Planeta Terra onde tinham sido bem acolhidos pelos queridos seres humanos... Impagável.
Mas não pode rir no cinema senão chove copo com coca-cola na cabeça.
Os robôs “do bem” (Autobots) se transformam em carros bacanudos, já os robôs “do mal” (Decepticons) transformam-se em tanques de guerra, helicópteros de combate e até em bichos, só coisa feia, os outros são bontinhos.
O moço me explicou que tem os Autobots, os Decepticons, os Insepticons, os Constructicons e mais alguns outros tipos... não sei se entendi muito bem não, então fui procurar num site especializado agora e descobri um monte de outros robôs: os Throttlebots, os Monstrerbots, os Technobots, os Protectobots, os Aerialbots, os Dinobots, as Fêmeas (detalhe aqui é que são só 6, num universo de 95 robôs, preciso falar mais obre “programa de menino”?) os Cientistas e “Médicos”, os “Minicars”, os “Cars”, os Comunicadores e Cassetes e os Líderes.
Mas o melhor é a carinha de bonzinho do carro do menino, o Bumblebee (lá em cima) que se transmuta num Camaro amarelo todo arrebentado e soltando fumaça que tocas músicas românticas pra conquistar a menina. Claro, todo filme tem que ter uma mocinha que não é tão boazinha assim pra ser salva e ser musa do mocinho, mesmo o mocinho mais tonto...
E tem os “hackers” adolescentes que descobrem que o invasor do sistema de defesa americano só pode ser extraterrestre.
Viu, muito bom né?!
Também achei, me diverti demais. Ainda mais com as explicações do moço de porque é que aquilo era tão bom. hihihi
Jul 24, 2007
certo, certo, tão fora de foco quanto minha vista na volta da balada, mas dá pra entender...
A rua atravessada pela manada é a principal avenida do bairro e as bolinhas de pelo passando são enormes capivaras!Isso mesmo, uma gigantesca família de capivaras, com mamãe, papai, irmãozinhos, primos , enteados, agregados, vovô, vovó, mais uns parentes distantes, todos passeando pelo centro da cidade numa noite de chuva e nenhuma lua.
"Peraí, que que é isso? Volta! Dá pra dar ré? Meu! São capivaras! Credo, tem mais vindo! Cadê teu celular? Como é que funciona a câmera disso?"
"Vamos seguir mais um pouco, agora eu quero saber pra onde é que elas vão!"
viu, isso é a vida no interior paulista!
Jul 20, 2007
Eu mereço e minhas sócias merecem. Podem aplaudir, podem divulgar, podem pagar cervejas pra nós, nós merecemos!!!
Isso mesmo, nós somos o máximo!!!
Sabe o que que aconteceu?
Um projeto nosso foi publicado numa revista de arquitetura. Não numa daquelas revistas que arquitetos lêem (calma, ainda chegaremos lá...) mas numa dessas que clientes lêem, que pessoas comuns querendo construir procuram pra "tirar idéias". Bom demais, não?
É bem pé no chão mesmo, bem cotidiano... A Di que comentou bonito sobre o ocorrido...
Eu, por enquanto, só tô gritando de tanto orgulho.
O legal é que foi um dos nossos primeiros projetos residenciais, que está realmente sendo construído e foi feito pra um casal de amigos que eu gosto demais...
Ah, tô morrendo de orgulho de nós mesmas!!!
Propaganda da revista agora:
Arquitetura e Construção, reportagem de capa é sobre pisos de madeira, nas páginas 122 e 123 seção projeto.
hahahahah
eu tô rindo sem parar!!!!
Jun 28, 2007
Jun 22, 2007
Meu "eu-cínico" tirou férias por tempo indeterminado, está pensando seriamente em aposentadoria e viver de fazer trabalhos de escritora free-lancer vez ou outra, só a convite especial com data de chegada e de partida.
Tempo atrás recebi um recado aqui, um mantra pra repetir sempre "calma. o amor vem." Pois é, veio.
Dica então: repirem fundo e repitam: "Calma. O amor vem!"
E meus pés não tocam mais o chão...
Jun 12, 2007
Não sendo capaz de decidir entre duas versões da mesma música resolvi postar as duas, a música é linda mesmo, qual o problema de ouvir um zilhão de vezes, certo?
(uma delas só está linkada aqui porque o querido YouTube não está colaborando comigo)
True Love (Cole Porter )
Night and Day written by Cole Porter
Like the beat, beat, beat of the tom tom
When the jungle shadows fall
Like the tick,tick, tock of the stately clock
As it stands against the wall
Like the drip, drip drip of the rain drops
When the summer showers through
A voice within me keeps repeating
You, you, you
Night and day you are the one
Only you beneath the moon or under the sun
Wheather near to me or far it's no matter darling
Where you areI think of you
Day and night, night and day
Why is it so that this longing for you
Follows where ever i goIn the roaring traffics boom, in the silence of my lonely roomI think of you
Night and day, day and night
Under the hyde of me , theres an oh such a hungry yearning burning
Inside of me
And this torment wont be through
Till you let me spend my life making love to you
Day and night, night and day
(pra um certo trompetista...)
Jun 11, 2007
A pequena Shys não conviveu muito com sua mãe, o que não impediu que seu instinto maternal aflorasse logo na primeira oportunidade. Teve grande laço de amizade com Raya, a bela vira-latas preta com quem dividiu o aluguel por quase dois anos e que deixou muita saudades na pequena cachorrinha quando passou dessa para a melhor. Para não sofrer tanto com as saudades transferiu todo seu carinho para a pequena Weirmaraner recém acolhida na residência, a quem tratou como uma de suas crias.
Conviveu bastante com sua negra irmãzinha Natasha, brincando muito durante as férias e depois por um período mais longo por conta de uma bolsa sanduíche.
Shys foi mãe de 8 ou 9 crias. Emprenhou apenas uma vez numa visita íntima de Corisco (que copulou e nunca mais deu notícias). Desse caso furtivo pariu 5 filhotes lindos, os outros ela adotou. Adotou a Life e depois a cria renegada da Life, que com sua ninhada de 11 filhotes pretos, nascidos de um amor proibido, não dava conta de amamentar a todos.
Sofreu muito durante toda a vida com as piadas com seu nome, as brincadeiras infames que sempre faziam com que se sentisse enganada, expulsa, traída até... mas no final de sua jornada já não ligava mais pra isso. Conhecia seu papel, sabia de seu poder e usava e abusava dele. Fazia de gato e sapato todos ao seu redor.
Shyspinha hoje está correndo atrás de gambás no Céu dos cachorros feliz e saltitante.
Jun 6, 2007
A Parada do Orgulho Gay é a festa mais colorida da cidade, bate qualquer baile de carnaval. É toda purpurinada, cheia de plumas, paetês e gritinhos histéricos. Adoro! Sempre adorei!
Já estamos na 11ª edição, mas lembro bem da primeira, quando ainda não era tãaaaao grande. Fui com meu pai, ficamos na ilha da Paulista, bem em frente ao Conjunto Nacional vendo todas as tribos passando. Todo tipo de gente... Umas Drag-queens maravilhosas, com aquelas pernas quilométricas sobre saltos gigantescos vermelhos de verniz rebolando feto lagartixas. Logo atrás os machões go-go boys com cuecas de couro e suspensórios... homens lindos... passavam por mim e entregavam cartãozinho da balada pro meu pai, fazendo aquela cara "suma, baranga!" e sorrindo pro véio. Tá, véio não, que meu pai é um coroa bem do bonitão.
Num outro ano eu simplesmente esqueci da Parada. Tava num encontro de estudantes e depois de uma semana trabalhando virando noite voltava de trem de Mogi para São Paulo com um mochilão enorme nas costas. Na baldeação na estação da Sé começo a ouvir um som de criadouro de perus gluglugluglugluglu descendo pelas escadas rolantes, assustada olho pro lado e vejo uma horda de donas cheias de plumas e muita maquiagem brilhando e cantarolando. "AAAAAAAAAH, hoje tem parada gay!!!! Iei!!!!" Liguei correndo pra casa "Paps, vocês vão na Parada né? Tô chegando aí""Estamos saindo já, deixe tua mochila aqui e nos encontre na marquise do Conjunto Nacional..." hahahah fácil! Ponto de encontro um tanto vago, não?!
Voltei correndo pra Paulista e por algum milagre, ou talvez pelo faro mesmo, encontrei minha família. Pai tava em cima de um canteiro olhando tudo por cima, a Mila tava lá no meio da muvuca fotografando tudo "aumentando repertório". De repente vem um carro de som, daqueles trio-elétricos amarelos enormes e Wanderléa lá no alto. Meu pai não se aguenta e grita com toda a força do pulmão dele WANDECAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA, tenho certeza de que ela ouviu. Certeza! A mulher vira pra nossa direção e manda um beijinho pro velho. Quase que tive que levar meu pai direto pro hospital carregado pela Drag-enfermeira que passava por ali.
Jun 4, 2007
Tava tão bom o final de semana... no final de semana eu posso não fazer nada sem culpa nenhuma, ou fazer umas coisinhas e também não sentir culpa, mas não fazer nada na segunda feira e ainda ficar esperando pelo feriado da quinta é o fim.
Então eu resolvi por em prática o plano iniciado no final de semana, até porque fiz umas contas e descobri que meu prazo nem é tão grande assim e não dava pra ficar dando bobeira. Então peguei os textos e comecei a ler para escolher meus favoritos.
Quando conseguir compreender os texto estou certa de que minha escolha será mais fácil.
Metida que só eu, resolvi ler na língua original, esse negócio de tradução é superestimado, muito mais gostoso ler como o autor escreveu, com a respiração e as sacadas dele... muito bom também quando você tem domínio da língua dele.
Não é o caso.
Os dois anos de aulas (há pelo menos 5 anos) e uma viagem de 20 dias não foram suficientes pra entender o que Calvino escreve. Agora fico aqui batendo a cabeça, consultando dicionário a cada duas ou três palavras e pagando o mico de ler em voz alta pra ouvir a pronúncia dos zzs, chs, gnis etc, na confiança de que seu significado se iluminará na minha memória.
Cena ridícula.
Mas a desculpa pra retomar meu contato foi bem boa até, a inspiração veio em boa hora. As palavras lidas não são totalmente sem significado aos meus olhos ou ouvidos, fazem parte de uma lembrança, já passaram por aqui, conheço esses sons e essa composição das palavras...
Quando entrei na faculdade de arquitetura e percebi que grande parte da bibliografia do curso era em italiano e que meu inglês pouco me adiantaria ali, corri fazer minha matrícula numa escola de Italiano. Eu e um namorado, que se orgulhava das raízes italianas e do nariz grande. Eu, como boa nerd que sempre fui, pegava no pé com os estudos, fazia os exercícios todos, mesmo que fizesse dentro do ônibus à caminho da aula, mas fazia. Queria uma tal duma bolsa de estudos no exterior, um convênio da minha faculdade com alguma faculdade na península Apenina, mas que depois desisti. Não porque não tivesse aprendido o idioma, mas porque descobri que minha curiosidade ia para outro lado, não para aquele que a escola se voltava (isso é tema pra outro post, não este).
O namoro terminou, as aulas continuaram mais um pouco e depois a professora mudou de ramo... eu larguei os estudos, contentando-me com um pouco de cinema italiano esporadicamente. Agora tô sentindo falta.
Deve estar na hora de voltar a estudar. Acho que é isso... Talvez um pouquinho de Italiano, depois Francês (que só tive contato por 6 meses enquanto morava na Inglaterra... não fez sentido, né? qualquer dia explico), Espanhol... Espanhol também é gostoso de falar... não tanto quanto italiano e também não acho a língua tão sexy... Talvez um dia encare um alemão, será?
Talvez se eu parar de ficar só falando e sentar a bunda na cadeira direitinho meu projetos tomem corpo mais sólido... talvez o mestrado saia e não reclame mais de tempo parada... só da falta de tempo pra fazer tudo o que preciso.
Muito mais gostoso reclamar da falta de tempo.
Jun 1, 2007
Pois é, o ocorrido foi assim:
Saímos as duas pra levar um projeto pra marmoraria, fazer um orçamento e escolher umas pedras. Estávamos comemorando o fato de o carro da Cuca ter saído da oficina no dia anterior, depois de mês e meio de funilaria.
Tranquilamente conversando sobre o preço do granito e a escolha que o cliente faria (provavelmente diferente da nossa) , eis que surge uma viatura policial atravessada no meio da pista, 2 guardas. Enquanto um dava um sinal que entendemos como "diminua a velocidade" o outro saía pela outra porta do carro. O outro sacou a arma, abaixou protegido pela viatura e apontou pro carro atrás do nosso, o um foi fechando a nossa saída e tentava se proteger com o nosso carro. Entendemos aí o sinal " pare o carro e abaixe". Ah tá! uma olhou pra cara da outra "Diminua a velocidade e entre na Vila, mas não pare! Passa por cima!"
Antes ele do que nós, certo?!
Eles só esqueceram que ladrão não tem muito respeito pelas leis de trânsito, e que invadir a pista na mão errada nem é tão grave assim durante uma fuga, ou eles acharam que o cara tava preocupado com a multa?
E vocês achando que ser arquiteta é moleza... Profissão de risco...
Hoje o risco foi durante o almoço.
"Manhê, manhê, vem ver, eles prenderam o cara, ele tá lá dentro do camburão" "manhê, vem ver, vem ver, eles tão tirando a gasolina da moto" "manhê, aquele negócio já desceu a coisa, vem ver!""vou lá ver só mais um pouquinho tá?!""ah, manhê, eles já foram embora"
E eu lá, tentando almoçar...
May 30, 2007
Do vazio que se estabelece depois de rompimentos, que é fim, e que é preparação do terreno pra situações novas. É incômodo, é pentelho, não dá chão, nem colo, é incontrolável, não adianta ir contra, têm que se entregar pro vazio... um dia o oco cansa e se deixa preencher.
Aí que começa a parte gostosa.
Mas não vou mais me aprofundar sobre o vazio, porque apesar de reconhecer sua importância, não gosto dele.
Numa aula de estruturas na faculdade de arquitetura o professor tentava explicar como funcionavam os agregados do concreto, que a areia preenche o espaço entre os pedriscos, que por sua vez preenche o espaço entre as britas nº1, as nº2 e por aí vai, até que se acrescente o cimento e a água que vão ocupar os últimos pequenos espaços que sobraram pra fazer tudo virar uma coisa só. E depois da cura ele é estrutura.
À estrutura somam-se a vedação, as entradas de luz, de ar, as passagens, os locais de ficar um pouquinho e os de ficar muito tempo... E recomeça a lida de preencher os espaços, pra trazer aconchego, calor e refresco, a impressão da personalidade, a adaptação aos jeitos de usar, os móveis, os tapetes, toda a firula, que são elementos mutáveis, que se acumulam ao longo do tempo, que podem sofrer reformas, receber pinturas novas e luzes diferentes.
Essa parte, o preenchimento do vazio, que é a mais gostosa, é recompensa pelo tempo da cura.
May 29, 2007
Escrever melhora tudo... melhorou a cólica da sexta, porque não resolveria agora.
O que desencadeou minha vontade criminosa foi avacalhação da produção de Grey's Anatomy que passou três episódios tentando matar a personagem principal.
Eu sei que não se mata personagem principal, muito menos a personagem que dá nome à série, que às vezes eles são colocados na geladeira um pouquinho pra baixar o salário milionário, ficam um ou dois episódios como figurantes, mas não saem de cena... Agora, precisa fazer a gente sofrer tanto assim??? A ponto de pensar em baixar na internet o próximo episódio, só pra acabar com angústia da semana de espera?
No primeiro dos três episódios da enrolação a mocinha tenta se afogar na banheira e é salva pelo lindíssimo namorado herói, no final ela é atirada ao mar depois de socorrer um ferido duma explosão da balsa e a única testemunha da queda é uma menininha catatônica que estava com ela. Uma semana sofrendo com o possível afogamento da protagonista. Segundo episódio: o herói vê a menininha sozinha e pergunta pela namorada, a menina aponta pro mar e ele pula pra salvá-la, como se já não bastasse a semana inteira dentro da água, o resgate da moça azulzinha só acontece lá pela metade do episódio. No final, toda a equipe de cirurgia em volta da mesa com a moça azul toda entubada e sem pulso... piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii... uma semana ouvindo o piiii daquela maquininha que marca se o coração tá batendo ou não.
Ontem finalmente acabou... credo, que episódio mais tenso... todo fantasmagórico, cheio de personagens-pacientes que marcaram os momentos mais tensos... olhos lacrimejando do princípio ao fim. Xingos todo início de comercial. Pra quê pausa nessas horas??? "ela não vai morrer, eu não vou deixar morrer a filha da Ellis Grey" "manhê, eu quero fazer cocô na casa do Pedrinho!" afff
May 28, 2007
Terminei de assistir agorinha mesmo e tive que criar o link:
May 25, 2007
Eu entendo teu ponto de vista, mas discordo dele. Já conversamos sobre isso antes... milhares de vezes... Sei que se prepara durante todo o mês e que sou eu que não colaboro no final, mas você tem que entender que não será agora, nem será tão logo.
Pense, hoje, pelo menos, não te engano mais como te enganava antes. A situação já foi muito pior pra você.
Particularmente, neste aspecto eu gostava mais daquela situação, mas não vou entrar no mérito agora. O que importa é que hoje meus deslizes são muito raros, e você tem essa trabalheira toda à toa, sem nenhuma ação minha que te leve a pensar que deveria fazê-lo. Então, porque me atormenta agora?
Já não basta esse frio que congela meus ossos, que resseca minha pele, que faz meu pulmão respirar com dificuldade ainda vem você piorar toda essa situação. Por favor querido, pare.
Entenda que não sou a única culpada aqui, a situação econômica do país também não colabora, a profissão que escolhi tem uma média de 5 anos de trabalho antes da estabilidade financeira, e ainda precisarei de muito tempo de treino antes de poder usufruir dos preparativos que faz pra mim. E precisarei de boa companhia pra isso, não só para o treino, mas principalmente pra quando decidir usá-lo de fato. E essa parte é bem difícil, não tem nada a ver com você, meu bem.
Então, aquiete-se, pare de me pressionar.
Pare com essas contrações malditas, que esqueci o atroveran em casa!!!
May 23, 2007
O copo plástico branco de 400ml vazio e pisoteado era a única testemunha do ocorrido...
Tinha sido pivô do desentendimento e jogado ali no chão sentia-se cheio de culpa. Não era culpa dele, pobrezinho.
Pouco tempo antes estava ele, todo feliz, cheio do líquido amarelo gelado com bolhinhas e uma camada de dois dedos de espuma que cobria tudo. A boca tocava sua borda e bebia com gosto seu conteúdo. Largos goles que matavam a sede e agradeciam o presente.
Afastada, no outro canto do salão, a moça observava e sorria. As covinhas das bochechas denunciavam seu contentamento.
Parou de sorrir ao ver o copo vazio foi arremessado ao chão. O copo sentiu o olhar desapontado da moça acompanhar sua queda e depois partir.
Achou que era culpa dele, fosse de vidro estaria sobre o balcão, a boca que bebia dele talvez pedisse por mais um pouco da bebida gelada. Talvez o levasse pra passear pelo salão de volta às mãos da moça... Ele gostaria disso, gostaria de estar completo novamente, com a camada de espuma suave e as bolhas que estouravam refrescantes em seu interior...
Agora estava lá no chão, no meio do salão, sendo chutado pelos pés dos dançarinos.
Teve tanta esperança ao ser escolhido dentro da pilha de copos. Puxado de dentro do saco, sacado como uma arma, colocado no balcão e servido por uma garrafa de vidro marrom cujo conteúdo gelado lhe dava tanto prazer. Imaginara grandes aventuras naquela noite em que saía pela primeira vez de sua embalagem, ainda não conhecia sua vulnerabilidade, sua condição descartável.
Deixou as mãos da moça acompanhado de um pedaço de papel e foi levado, em seu primeiro grande vôo cruzou a pista até àquele que sorveria o fluido de seu interior.
Já acompanhava o flerte desde o início da noite com o bar ainda vazio, sonhava sair logo do invólucro e participar da ação. Viu a troca de olhares, os acenos com a cabeça, o cochicho de um lado e de outro nas rodinhas de amigos. Torcia pelo desfecho feliz, pela sua participação especial na história. Nunca imaginou que seu tombo traria a desilusão da moça... Que infeliz a sorte do pobre copo.
May 22, 2007
Deu branco.
Deve ser essa gripe. Gripe dá amnésia também, ou só dor no corpo, nariz pingando e um pouquinho de febre?
Vou seguir conselhos dum amigo meu e ficar só chá de gengibre enrolada no cobertor, até a memória voltar ou a fantasia tomar o lugar dela.
Histórias escritas sob efeito da febre são ótimas, completamente surreais... vou ver se consigo lembrar de alguma delas quando acordar...
May 21, 2007
Olhares me intrigam.
Vez ou outra cruzo com uns que quebram minhas pernas, que retêm meus pensamentos por muito tempo. (lembrando que a moça ligada em 220 não fica com uma só coisa na cabeça por muito tempo nunca)
Gosto desse jeito de olhar "vou conquistar o mundo" (sem confundir com o olhar "sou dono do mundo" que provoca asco), desse brilho aventureiro, que não se importa com o tamanho do desafio. A sorte tá lançada, então tá, vamos, pra que parar, pra que medo?
E daí que os obstáculos são grandes? Passa-se por cima, ou por baixo, como der...
É difícil, mas tem um jeito, se ninguém descobriu ainda, descobriremos nós.
É um olhar que fala mais. Fala mais que o meu ou o teu, porque é ele que fala primeiro. Fala mais que o corpo, fala o que pensa no brilho não no som.
Está além, atravessa, deixa sem fôlego.
Devia ter conversado mais. Aproveitado mais desse brilho que tão raras vezes passa por mim, devia ter deixado o povo passando fome e ficado lá, aprendendo a conversar com os olhos e as mãos. Sugado essa energia de quem sonha e corre atrás dos sonhos.
O horizonte tá tão mais longe que o dedão do pé, no entanto parece tão mais curto o caminho pra chegar lá.
Pelo menos mais divertido.
Quantas histórias você já ouviu obre pessoas que conheceram alguém muito legal num ônibus de viagem?
Eu só ouvi duas e olha que meus amigos viajam bastante. Também viajo bastante e te garanto que minhas madrugadas na estrada teriam sido muito mais agradáveis se ao meu lado estivesse sentado moço bem do bonitinho, cheiroso e com um bom papo. Talvez até esquecesse do frio do ar condicionado, da fome, do banheiro da parada que não dava pra usar...
Mas não, nunca me deram esse prazer.
Tá subindo aquele cabra que acabou de tomar uma pinguinha pra relaxar na estrada? É dele a poltrona ao meu lado. Posso apostar que ele ronca, e que no meio da noite vai achar que meu ombro é travesseiro.
Custa prestar atenção na fila e evitar esse tipo de constrangimento, custa???
Se parassem por apenas dois segundos para observar os passageiros poderiam traçar perfis muito rapidamente e não diminuiriam a velocidade da fila fariam um bem aos clientes e ainda diminuiria a incidência de reclamações de viagem...
Eu, no lugar delas não resistiria à bisbilhotice de me meter na vida dos outros, ficaria imaginando os casais formados. Um dia ainda pararia uma dupla cobrando meu lugar como madrinha no altar do casamento.
May 18, 2007
Completa com álcool, por favor.
O que você acha do preço do álcool?(a mulher com um microfone gigantesco e uma câmera ligada apontada pra mim. A falta de maquiagem e o cabelo sem pentear nessas horas me deixam muito incomodada...
Acho um absurdo! Ontem paguei 6 conto numa dose de cachaça! Não tem cabimento uma coisa dessa!!!
May 14, 2007
Segunda feira mal começou e já tô cansada?
Cansada do final de semana, e da semana passada também... Tô achando que em duas semanas eu consigo descansar, se não cair doente antes, claro.
Tô reclamando de trabalho não, pode vir mais até! Mas pelo menos no final de semana eu queria poder dormir um tiquinho... ou, pelo menos, fazer as coisas que programo na minha cabeça.
Este final de semana tem muitos culpados pelo fracasso.
Todo primogênito sabe que as bombas familiares são suas, que é sua responsabilidade desde o nascimento apagar o fogo e curar os feridos. Eu não fujo à minha responsabilidade!!!
Acontece que, se são mais duas na história, bem que podiam dividir um pouquinho comigo ao invés de aumentar o peso, não?
Mamacita está enlouquecida na semana de um congresso que organiza há um ano.
Palestrante internacional chega, tem que providenciar almoço pra um monte de gente, ficar uma hora na fila do restaurante enquanto não chega a turma toda, organizar os pedidos, pedir cardápio em inglês e ainda ser capaz de falar inglês depois da caipirinha e da cerveja... A conta quilométrica gerou ataques de riso à noite depois que o susto passou.
A comissão vai ficar hospedada em nossa casa? Precisa de colchão, lençol, travesseiro, comida, faxina, chuveiro queimou? Chama a Lau que ela arruma tudo... E a Lau só se f***
Minha programação pra noite de sábado era: comer waffles que minha irmã ia fazer pros amigos e ir pro lançamento dum livro aqui pertinho de casa. (recebi do meu pai por e-mail o convite pro lançamento, o que gerou uma série de e-mail dignos de Alzheimer)*¹. Nada de muito exagerado, nem que precisasse de muita energia, certo?
E se minha energia não tivesse sido roubada num único comentário destruidor minha noite teria sido exatamente assim. Mas depois achei que ficar em casa chorando num sábado à noite era um programa bem razoável.
A grosseria veio gratuita e dum canto que não esperava de jeito nenhum. Não sei dizer se foi só grosseria, pra mim, na hora, foi mesquinharia... só sei que engoli o choro tempo suficiente pra deixar a sala e ir sentar no colo da minha mãe no escritório. E depois disso não queria fazer mais nada. Peguei minha camisola, minha pantufa, meu cobertor bem quentinho e sentei na frnte da Tv hipnotizada com os olhos bem vermelhos e inchados.
Pode parecer exagero meu quando o comentário for lido, mas têm que se considerar todas as variáveis descritas acima e mais uma: todas as minhas festas contam na lista de convidados com pelo menos meia dúzia de amigos de cada irmã, mesmo que eles não venham, mesmo que elas não convidem, eu já conto que elas provavelmente vão querer outras pessoas pra conversar... Qual foi o comentário que gerou tudo isso? "Da próxima vez que você for convidar alguém, me avise antes!"
O quê? Eu tenho que avisar antes que vou chamar 3 amigas (minhas melhores amigas, minhas sócias, praticamente irmãs siamesas) pra tomar uma cerveja e comer um pedaço de wafle na minha casa??? Preciso lembrar que minha irmã vem pra casa uma ou duas vezes por mês?
Fiquei puta, me senti excluída, me senti uma leprosa... uma dessas pessoa que só tem amigos chatos... meus amigos não são chatos, eles são muito legais, tá?!!!
Depois eu descobri uma coisa importante que me deixou menos triste: o problema são os amigos dela, não os meus. Os meus amigos são pontuais, os dela não. Então, minhas amigas chagariam às 8:30, como combinado, e os amigos dela chegariam 10:30, como chegaram, e ela ficaria com cara de tacho... Fez sentido? Na cabeça dela fez.
(mas ficar em casa sábado à noite não é um bom programa!)
Voltando pra sessão Alzheimer, meu pai mandou um e-mail com um convite, que tenho cá comigo que ele não leu. Respondi toda encafifada e achando um barato mais uma coincidência (já que o autor é daqui e eu lia os textos dele muito antes de saber disso): o convite era pro lançamento dum livro de uma cara que escreve uma coluna que eu tenho link aqui no blog, e claro que pensei que meu pai conhecesse fulano. Mas ele não conhecia e não entendeu nada do meu e-mail, até comparou minhas ligações de temas com minha vó... sacanagem... dois e-mails depois nos entendemos: ele conhecia o ilustrador, eu conhecia os textos do autor... mas o livro mesmo nenhum de nós viu.
May 10, 2007
Fui fazer minha lista e tive que fazer duas, uma de BG e outra de Campinas...
BG:
1. O Empório do Nono, ou como diz um amigo de minha mãe "o melhor barzinho do hemisfério Sul". Querido bar que abre às segundas-feiras pra um belo choro, cerveja gelada, atendimento carinhoso, e comidas que deixam salivando só de lembrar... 2. A Praça do Coco. O tiozinho que tinha uma Kombi cor de laranja de garapa e água de coco começou a cuidar da praça onde estava instalado, foi colocando mesinhas, cadeiras, fazendo canteiros em volta das árvores... depois ganhou alguma concessão de uso ali e pode instalar um quiosquinho que virou ponto de reunião duma ONG e uma feirinha de badulaques aos sábados. Melhor lugar pra tomar garapa no final da caminhada ou de ressaca aos sábados de manhã. 3. A Fazenda Rio das Pedras. Quando éramos pequenas, logo que mudamos pra cá, invadíamos a fazenda todo final de semana pra andar lá dentro e ver os cavalos. Era uma delícia. Lembro bem do bambuzal que até hoje faz parte dos cenários das histórias que invento na minha cabeça. As estradas de terra que rodeavam os cercados dos cavalos eram nossas pistas de corrida. Sem contar que o gosto de contravenção de invadir uma propriedade tão grande era bem gostoso. Pena que o capataz da fazenda, armado com uma espingarda, nos pediu gentilmente que não mais usássemos aquele espaço pras nossas caminhadas. Observação bucólica... digna de início de romances de José de Alencar (modeeeeeesta) 4. O Observatório a olho nu da Unicamp. Grande desafio na adolescência era chegar ao observatório de bicicleta sem descer dela e antes dos meninos (nunca consegui...) e depois descer sem apertar os freios com o vento batendo no rosto. A descida mais gostosa foi durante uma chuva torrencial, eu e mais dois amigos totalmente encharcados curtindo a chuva... Delícia de lugar lindo... 5. Minha casa, as festas de casa, o quintal de casa, as cachorras de casa, mamacita, minha parede com pintura nova e cheia de quadros, as jabuticabeiras que ficam assanhadas cheias de flores...
Campinas:
1. Estação Cultura, o nome é pedante, eu sei, mas o lugar é lindo e eu gosto dele desde antes do nome. É a antiga estação de trem da Companhia Paulista de Estradas de Ferro (a FEPASA) e lá dentro, em algum papel ou quadro de funcionários tem o nome do meu bisavô. Vovó adorava contar que ele tinha sido chefe da estação, ficava toda orgulhosa falando do pai, era um barato. Mas meu carinho pela estação não é só por causa da família, e porque ela é lindinha mesmo, é por uma lembrança dum evento que organizamos durante a faculdade no qual hospedamos 1200 estudantes no pátio da estação só pra falar de arquitetura e da cidade de Campinas por quatro dias. Carinho enorme por aquele ano de organização e pelos dias de reunião. 2. O Largo do Carmo cercado de bares. Eu gosto da configuração do negócio, não de um bar ou outro. Gosto da praça e das mesas e cadeiras e da gente e da cerveja que se espalham por ela... Gosto da diversidade lá, não musical, da diversidade de tipos... Na verdade o largo do Carmo (oficialmente tem nome de Praça Bento Quirino) é o do outro lado da rua , o da Igreja do Carmo, o que tem os bares não tem igreja (óbvio!!!) mas visualmente eles são a mesma coisa e que eu saiba ninguém diz "vamos tomar uma cerveja lá na Praça Antônio Pompeu?". A praça é lugar histórico da cidade, é onde foi celebrada a missa inaugural, é onde funcionaram o paço municipal, a cadeia e tudo o mais, e é também onde está enterrado o Maestro Carlos Gomes (aquele mesmo, compositor de O Guarani). Sim, eu tomo cerveja ao lado de um túmulo e não sou gótica nem tenho tendências pra esse tipo de comportamento. Pitoresco, mas divertimento garantido. Mas o que eu mais gosto é que esse negócio de tomar cerveja sentada no calçadão, que me lembra dos chopes no centro do Rio, das ruas fechadas pelas mesas e o monte de gente fazendo o happy hour por ali sem se importar com a chuva fina antes de voltar pra casa. (ops, era pra falar de Campinas, não do Rio, né?) 3. A Praça Carlos Gomes. Essa não tem bar. Tem coreto. E não tem o túmulo do Carlos Gomes, que está na Praça Antônio Pompeu, mas tem um busto de Tomás Alves e outro de Rui Barbosa. Tem também um coreto e uma fonte num laguinho. Gosto dela pelo paisagismo, acho uma praça bonita, e só. Ela fica na Irmã Serafina, avenida que depois vira Anchieta e tem palmeiras imperiais dividindo as pistas. Acho engraçado o som ambiente. É isso mesmo, a praça tem som ambiente e a maioria das pessoas que passa por ela nem repara porque ela fica no meio de uma muvuca danada de carros e ônibus. Eu só percebi o som quando comecei a usar a praça de modelo pros meus estudos de desenho de observação. Ficava horas lá sentada desenhando os titãs que carregam o coreto nos ombros, as árvores, as pessoas que passavam... só parei de usar a praça quando fulano sentou ao meu lado e ofereceu uns trocados por um "pograma". 4. Giovanetti5. Pronto, beberrona oficial agora, mais um bar na lista... e dos caros(pro meu poder aquisitivo atual, ok?!)... mas é que... é que é um bar onde comemoro meus aniversários (sem sustos pra quem nunca comemorou aniversário meu lá comigo, é uma tradição minha e duma amiga), era o lugar de fuga das amigas pra falar bobagem logo que pudemos tomar chope legalmente. E é lá que os garçons me parabenizam por fazer dezoito anos todo ano. Mas a rede Giovanetti é tradicional da cidade também, todo turista tem que ir a um deles, preferencialmente nos do centro da cidade, porque esse negócio de ficar bebendo em shopping não tá com nada. Nem eles devem gostar disso, das quatro casas, 3 estão no centro e uma no shopping, das três eles colocam foto linda da fachada do prédio, a única só com foto interna é a do shopping... eca! Ah, e ainda tem o Beethoven, são bernardo símbolo da marca, fofíssimo que fica passeando pela loja em alguns momentos... 5. O Centro de Convivência Cultural com sua feirinha de cacarecos (desculpem-me, não vou chamar de artesanato!), com o palco do anfiteatro que seria maravilhoso para shows se não fosse no meio de área residencial, os tipos esquisitésimos que frequentam a feira e os bares em volta, a molecada adolescente que anda de preto e só compra colar de semente e brinco da feira pra colocar nos vinte furos que têm na orelha (eles vão descobrir que isso passa e que é por essa certeza que os pais nem ligam mais pro visual montado para incomodar). De todas as barracas, a que mais gosto, mesmo, sem sarcasmo agora, é a do cara natureba, putz, como eu gosto da comida dele... e o suco de maçã? o melhor suco de maçã! A torta de arroz integral com espinafre... ai, agora deu fome... vou dar uma passadinha lá amanhã só pra matar a vontade. Pior é que ele não vende uma bandeja inteira pra trazer pra casa, tem que comprar picadinho...
(Meu lado natureba existe e tem dias que ele aparece doido por uma soja!)
Agora um lugar que odeio, só pra destilar o veneno.
O tal do Shopping Parque Dom Pedro. Nome pomposo, arquitetura de revirar o estômago, mau gosto do mau gosto do mau gosto. Entupido de gente apesar do título de maior da região (acho que já perdeu o título de maior da américa latina e do estado do qual se gabava tanto). O que mais me incomoda nele agora que os problemas de enchentes em Barão que ele causou foram solucionados? Os bares e boates dentro dos muros. Muros me incomodam muuuuito, condomínios, cancelas e guaritas infernizam minha vida, mas acho o ó ir pro shopping pra dançar em uma das cinco boates porque é mais seguro. Afh. Shopping, do inglês, "comprando". Ou seja, não é lugar de confraternizar, de flertar, é lugar de comprar. Bar em shopping é demais pra minha paciência. Depois falo mal dos condomínios... depois.
May 9, 2007
Coisa número um: o post sobre Campinas tá nos rascunhos, ainda não saiu por falta de tempo só com ele. A lista aumentou e precisou de nova divisão pra fazer algum sentido na cabeça de outra pessoa que não fosse eu mesma. Ainda não desisti dele.
Coisa número dois: minha querida Virada Cultural. Triste pra caramba ver a principal notícia sobre a Virada ser aquela pancadaria na Sé. Claro, triste o fato. Triste as lojas saqueadas e destruídas, triste os orelhoes, as caixas de correio, os vasos de concreto, as bancas de jornal que estavam no meio do caminho dos vândalos (seja lá quem forem...). Mas não pode ser essa a única notícia sobre a Virada. (Só pra constar: fiquei triste, mas muito triste mesmo que não teve Karnak. Muito triste demais da conta)
O negócio, na minha cabeça, é que a Virada ainda é o melhor evento da cidade. ponto.
Finjo que não estou velha e finjo que gosto de muvuca.
Suporto a superlotação, a sujeira nas ruas, os banheiros químicos ou sujos nos bares abertos, o cachorro quente com duas salsichas por um real, o melzinho de metro (sabeDeusporondepassou), e morro de prazer em ver tanta gente curtindo os shows mil acontecendo por toda a cidade.
Minha programação (antes de chegar lá e morer de canseira) era variadíssima e um tanto psicótica talvez. Passava de pop pra rock pra samba pra punk pra pop, voltava pra sampa, ia pra maracatu, um jazz pra descansar, voltava pro pop e ia ao teatro.
Coisa numero três: eu tô assim mesmo, sem fazer sentido, sem dormir, sem parar, comendo pra compensar, com um frio danado porque as roupas de inverno ainda cheiram a guardado e não tive tempo de lavar nada...
Coisa número quatro: voltamos pra idade média? (depois vem um post sobre querido Bentinho...)
...
Apr 28, 2007
continuação da declaração de amor iniciada no post anterior e inspirada por visitas a blogs alheios.
a ordem dos pontos não representa preferência, é só um número antes de palavras.
1. A Casa da Bóia na Florêncio de Abreu
Bóia não é comida, é bóia mesmo, aquele mecanismo que não deixa a caixa d'água ficar enchendo depois de cheia. Mas é um comércio de materiais hidráulicos, elétricos, utilidades domésticas e metais não ferrosos.
A Casa da Bóia tem umas das fachadas mais lindas de São Paulo, construída no início do século passado, completa cem anos em 2009. Um sobradinho art nouveau tombado em 93 e restaurado duas vezes.
Quando bate o sol nela pela manhã fica toda iluminada e você até esquece que tá no meio daquela zona de vendedores ambulantes de traquitanas que você não sabe como podia viver sem até hoje. Tá, lá vai a esquisitona... Mas é que a Florêncio é uma das minhas ruas preferidas, e eu fico enlouquecida nela. Lembrando que é comum me encontrar na rua carregando uma caixa de furadeira num braço e um vaso de orquídeas no outro, e que uma rua que só venda ferramentas me deixa maluquinha saracoteando e construindo coisas na minha cabeça.
2. Rua São Caetano
Rua São Caetano é a rua das noivas. Moças casadoiras de todo o Brasil vão até lá pra procurar seus vestidos, mesmo que o noivo ainda não exista. É também a rua das coisas de costura, venda de máquinas, manequins, araras e tudo mais, mas é por causa dos vestidos de noiva que eu gosto de lá.
Imagine uma rua aonde todo mundo que vai tá feliz e fazendo planos para o futuro! Pois é, é lá!
É lá que todo ano eu e minha irmã fazemos nosso esquete de teatro amador, nosso maior exercício de improvisação e cara de pau.
A primeira vez foi por que a vendedora deu o tema de bandeja e nós duas não pudemos resistir a alimentar o engano dela.
Estava sem dinheiro pra comprar um presente bacana pra Mila e ela tava fazendo um projeto pr'um desfile de noivas na faculdade, muito criativa que eu sou (olha o exercício da cara de pau mais uma vez), dei pra ela a pesquisa de campo. Fomos olhando, olhando, olhando e só tinha vestido muito brilhante, com cara de merengue, ou daqueles quase de princesa cigana, doído de brega... No fundo da vitrine de uma loja avistei um vestido bem simples, de renda, justo ao corpo com cauda de sereia, decote enorme no busto e alças, alças são muito importantes. Entrei direto pra ver, a Mila veio junto. A vendedora chega "Quando é o casamento?" "Setembro!"
Simples assim.
3. a Pinacoteca do Estado
Adoro a Pinacoteca (além de estar pertinho da São Caetano...)!!! O projeto de restauro-reforma de Paulo Mendes da Rocha é lindo, o edifício de Ramos de Azevedo já era lindo antes disso, mas dá um prazer tão grande entrar lá, só ficar passeando já tá bom... O acervo é lindo, adoro ver o acervo dos museus. As exposições temporárias são bem legais, sempre tem um grande artista plástico desconhecido (pra mim) novo pra conhecer e terminar o passeio e dar de cara com música boa no auditório me traz uma paz... depois tem a paradinha no café e o passeio pelos Jardins da Luz pra ver as esculturas escondidas no meio das árvores e o a gruta sob o lago.
4. Plataforma da Estação Sumaré de Metrô
Fico ali esperando o trem lendo os trabalhos do Alex Flemming, vendo o trânsito na Avenida Sumaré, as pessoas correndo no canteiro central, até uns anos atrás ficavam os rapeleiros pendurados nas suas cordas subindo e descendo... Lá é gostoso de ficar à noite, durante o dia, com trânsito cheio e faróis acesos lá embaixo, vendo a chuva, vendo o sol se por... aquele vidro enorme cheio de poesia e fotografia...
5. as Bancas de Flores da Doutor Arnaldo
Sempre que posso volto andando da Paulista pra Vila Madalena só pra passar pelas bandas do cemitério. Aquele paredão de flores, metros e metros de bancas de flores, 23 bancas com flores de todos o tipos, tanta flor que não fica nem um pedacinho de prateleira à vista.
Sempre ganho flores ali...
Tão bom ganhar flores...
Apr 27, 2007
Dessa vez não vou queimar meu próprio filme como de costume, juro. Não é uma declaração de amor romântico, é uma declaração de amor racional e cultivado ao longo de 26 anos e meio, que já superou diversas crises e agora, maduro, encontra a tranquilidade.
Fiquei com vontade de fazer minha declaração por escrito depois de ler outros blogs [desse que estão listados ao lado(1) (1') (2) (3)] falando tanto sobre isso, e depois porque no final de semana que vem é a Virada Cultural.
Começo por aí, porque acho que participar da Virada Cultural é a maior declaração de amor que um paulistano pode dar a São Paulo. Ficar acordado o final de semana todo, organizar seu tempo pra não perder nenhum dos eventos que te fazem feliz (tem evento pra todo gosto de feliciadde) e vibrar podendo pegar o metrô às 3 da manhã, atravessar a cidade pra ver um show depois de uma récita de poesia, é um tesão que não tem preço.
Amo São Paulo com toda a força do meu coração.
Ô cidade que me deixa excitada!
Fui com minha irmã na primeira edição da Virada, assistimos à shows no Anhangabaú, depois fomos à Casa das Rosas ver uma leitura de um texto do Poe, um pouco de cinema, café pra aguentar mais um pouco (já que irmãzinha não bebe e cerveja é uma bebida para ser compartilhada...), caminhada até o Mercado Mundo Mix e uma chuva torrencial sobre nossas cabeças, as duas molhadas como pintos e o rabo entre as pernas, desistimos do show da Elza Soares e voltamos pra casa.
A edição passada me sacaneou, foi no aniversário da minha sócia, e claro que a sociedade ganha a briga com o evento, mas não significa que ame menos minha querida cidade... (confuso? mas ela não é Baronense de carteirinha? Exatamente, de carteirinha, Paulistana de coração e nascimento).
Agora estou estudando a programação da Virada todinha pra não perder nadinha de nada!
Também estou montando minha caixinha de jóias pra exposição aqui, os cantinhos lindos de Sampa que me deixam feliz da vida de passar por perto... mas são cantinhos, não são grandes marcos, são só lugares que ficam lindos com o sol de inverno.
Ai como eu gosto dessa cidade!!!
p.s.: não ficou parecendo muito racional, né? Ops, talvez não seja... talvez só seja cultivado por muito tempo mesmo...
ai, eu sei que feio, que é falta de educação... meus pais me deram uma boa educação, mas tem coisas que são mais fortes do que os ensinamentos deles.
Se bem que, os dois têm sua cota de observações venenosas...
Agora fico observando as pessoas nos ônibus. Uso duas linhas, com frequentadores bem diferentes. Uma sai de Barão, distrito universitário, e vai para o centro, já o 97 sai do centro e vai pra Sousas, distrito também, cheio de condomínios de alto padrão. Dois caras chamaram minha atenção e por isso as observações de costumes alheios são sobre eles.
Um deles, moreno, alto, não muito alto, fortinho, mas nada exagerado, cabelo escuro despenteadinho de propósito (isso é bem importante, não é desleixo, leva tempo fazer o cabelo assim logo cedo), usa roupas claras, tênis xadrez, calças meio curtas, camisa curta também, ajustada. Um cara desses cult, alternativo "ma non troppo", que estaria muito bem na fila do espaço Unibanco. Está sempre lendo, e espera pelo próximo ônibus se não tiver lugar pra sentar no primeiro que sair (adotei esse comportamento também, o trajeto é longo e ler sentada é mais fácil).
Reparei nele por causa da tatuagem. De costas só vejo um pedaço dela, um bracelete, acho, duas faixas bem pretas, de mais ou menos 1 polegada cada uma, não sei o que tem na frente, nem se tem alguma coisa mais pra dentro da manga... no outro braço ele tem outra tatuagem, mais óbvia e brochante, escrita em letra gótica "amor divino"... Me conta porque maluco tatua " amor divino" no braço? Tá lá, frase solta, pequenininha no braço enorme, totalmente deproporcional e despropositada...
O outro cara tem o mesmo perfil só que na versão magricela nerd. É mais novinho. Esse desce no mesmo ponto que eu. Ele também está sempre lendo e combinaria com a tal da tauagem do amor divino. O moço não pausa a leitura do novo testamento edição de bolso nem pra descer do ônibus. Impressionate a fé!
(pausa para limpar o veneno do canto da boca senão queima a pele)
Vou continuando com minha colação de tipos.
Qualquer dia falo das roupas. Pelamordedeus, quem disse pra essas adolescentes que podiam sair de casa com aqueles figurinos... Afffh
Apr 21, 2007
Vou contar um causo que é pra deixar esse pessoal que vive entra muros e não conhece os vizinho morrendo de inveja.
No dia da mudança do escritório o caminhão chegou aqui 8:00 da manhã como combinado, carregaram rapidinho e partiram pro novo endereço.
Enquanto isso mamãe pegou o carro e partiu pra Sampa, eu coloquei as últimas coisas da mudança no carro e da Vó e parti também. A casa ficou com cara de abandonada.
Uma meia hora mais tarde o piscineiro vaio terminar o trabalho dele que tinha ficado pela metade no dia anterior. Um entrou pra aspirar a piscina e o outro ficou tirando um cochilo no carro.
A vizinha viu a cena, lembrou do caminhão (não tinha me visto com o caminhão porque eu separava as coisas dentro do escritório), ficou preocupada.
Ligou pra polícia.
Toca a campainha e a Vó atende.
Bom dia, a senhora tem piscina em casa?
Sim, tenho, por quê?
E o piscineiro está limpando hoje?
Não, ele vem de sexta feira. Mas espere, vou ver.
O coitado do ajudante que dormia tranqüilo no carro tremendo feito vara de marmelo, só faltava ser preso por dormir na sombra...
A vó sai de casa e vai até a porta. Três viaturas da polícia, 6 policiais armados, com as mãos prontas pra sacar esperando lá na frente.
A senhora está bem? É mesmo o piscineiro que está aí? Vocês não estão sendo assaltados? Está certa de que não é ladrão na casa levando todos os móveis e computadores? Se for ladrão acene com a cabeça!
Apr 18, 2007
Acabando não, exagero da minha parte, mas tô mais doidinha do que nunca.
Tô que nem a Dorothy no meio do tornado.
Mudanças radicais nos meus dias, na minha vida...
Continuo vislumbrando a tal da liberdade, da independência, e não tô com muito medo não, só um tiquinho.
Parece o básico do básico nego levantar todo dia, de segunda à sexta, se arrumar, trancar a casa e sair pro trabalho, não parece? Transporte coletivo então? Quanto por cento da população urbana brasileira usa?
Pra mim não é básico! Pelo menos até segunda feira não era assim, agora é!
Acostumar o corpo a acordar mais de uma hora mais cedo, comer rápido e sair correndo pra pegar um busão, pra fazer uma baldeação e só então chegar no escritório tá duuuuro.
Não, não sou uma novata no transporte público coletivo, não sou uma dessas pessoas que está tendo contato essa realidade só depois de velha. Fui pra escola por muito tempo de ônibus, já trabalhei bem longe de casa e tinha que sair bem cedo pra não perder o 3.70, mas faz anos que isso não acontece.
Durante a faculdade tinha carona, e quando o horário não coincidia com o de mamacita (que trabalhava do ladinho do meu Campus) eu conseguia voltar a pé (7km na descida é fácil, mais fácil que esperar 3.62 a cada 55minutos). No último ano eu só tinha um dia de aula, todos os outros dias ficava em casa trabalhando na minha monografia.
Acordava razoavelmente cedo, arrumava o quarto/escritório/sala de estudo e começava minhas escrivinhações, parava pra fazer almoço pra família (era um jeito de fazer o vô comer, ele não conseguia negar se eu tivesse feito), retomava o trabalho e só parava pra jantar.
Depois de formada montei (com minhas queridas amigas) um escritório, que por 2 anos e um tantinho teve sede num galpão aqui no quintal de casa. Ou seja, eu não precisava de transporte pro trampo nem de acordar muito cedo. E qualquer emergência era só sequestrar o carro da família.
Acabou minha mamata!
15 minutos de caminhada até o terminal (tá, dá pra pegar o Real Parque aqui na esquina, mas e se eu não conseguir fazer meu exercício no final do dia? melhor ir andando...), 25 minutos num ônibus, desce, sobe noutro, mais 7 minutos com o "baladão sertanejo" (ônibus com música ambiente no interior de São Paulo é o ó) e pronto, tô na nova sede. Na volta inverte tudo, só que tem o agravante do cansaço e da superlotação.
Não, não tô reclamando não. Tô feliz da vida.
Sabe aquela sensação deliciosa de tomar as rédeas da própria vida? É isso!
Tô lá longe por escolha, por investimento. Arriscamos, arriscamos alto, mas isso é importante pro crescimento da empresa, é importante pro crescimento das sócias, pra nossa auto estima...
Por sinal, se eu já era insuportável antes, agora, cheia de mim, super confiante do meu taco (apesar dos tropeços) tô um nojo. Metida que só!
Cuidado!
E o ponto novo tá com cara de apê de Copacabana da novela das oito...
Próximos passos? Meu transporte individual sobre duas rodas e sua devida habilitação, depois o meu canto, meu, sem família, com as minhas contas pra pagar, com minhas coisas, minhas cores e meus cheiros, com meus transtornos obsessivos compulsivos...
São planos que resolvi fazer agora, só porque acho que estão mais próximos da realidade do que achei que estivessem...
Apr 15, 2007
acabei de ouvir o Orlando Bloom falando isso no maravilhoso Elizabethtown. Adoro (o Orlando e o filme).
Não lembro como foram as críticas quando o filme foi lançado, só lembro do meu choro compulsivo no cinema e depois dirigindo voltando pra casa. Hoje chorei de novo.
Começo com o choro no final do filme mesmo, quando ele para num bosque e dança sozinho entre as árvores. Faço isso às vezes... não entre árvores, entre pessoas mesmo, em pistas de dança e tal...
Mas não, este não é mais um post sobre danças e comportamentos estranhos...
Bem, talvez sobre comportamentos estranhos. Sobre riscos corridos.
Puta merda como minha mira é ruim!!!
Impressionante minha atração por encrenca, por histórias que não serão. Afh!
Sabe aquela história de quem não arrisca não petisca...
Muito esfomeada que sou, arrisco muito. E só passo fome.
Aí que está o problema.
Moço lindo na balada, lindo mesmo (é, se bem que só eu achei lindo, mas amigas com gosto diferente pra homens são ótimas). O único que realmente me chamava atenção... Fui várias vezes lá só pra ve-lo. (um pouco de licença poética, ok?!)
Dia desses, depois de um tanto de cerveja, de um copo de mojitos e de amigos me atazanando pra tomar coragem fui até ele.
"me liga durante a semana!" entregando um cartão com meu telefone.
assustado, muito educado sorriu envaidecido (pelo menos é o que minha memória diz)... até achei que poderia realmente receber o tal telefonema... ai ai ai... ledo engano...
Neste final de semana descobri uma coisa muito impotante: se ele usar meu cartão será procurando uma arquiteta pra construir a casa dele e da esposa...
Tem como errar mais???
Alguém é bom com a cavadeira pra abrir um buraco bem grande pra eu enfiar esse meu cabeção? Vai dar fora desse tamanho lá longe!!!
Errado, muito errado isso!
Bem que podia ter um com aquele número solteiro-disponível por aí, né?
Afff
Bem, mais um mantra na vida... "those who risk, gain"
se fode aí...
Apr 11, 2007
As caixas vazias aqui ao lado estão trazendo à realidade a mudança do final de semana.
Até agora ela tava mais perto do mundo da fantasia e da vontade, mesmo que falemos dela a cada 15 minutos, não parecia tão palpável.
As caixas estão esperando pelos livros e revistas da estante que vão conosco, mas a estante fica, a que vai é a outra que acabei de herdar.
Hoje a divisória está sendo instalada.
O contrato será assinado.
A lista de coisas a fazer à tarde inclui marcar o caminhão de mudança, fechar a conta da banda larga e do provedor de internet que também não irão conosco pra casa nova, descobrir como transferir o número do telefone pro outro lado da cidade...
O e-mail avisando a todos só vamos mandar depois de devidamente instaladas, pra podermos oferecer um café de verdade.
Sábado "os homens" vêm aqui pra levar tudo embora e o ateliê vai ficar vazio pela primeira vez desde que foi construído...
Bem, vazio naquelas, ainda vai sobrar um monte de coisa nele, mas o espaço ocupado hoje é tão grande que não sei como ocupá-lo com as coisas que ficam.
É uma ansiedade que não me deixa dormir...
E ainda temos que terminar tanta coisa antes da mudança...
ai socorro!!!
ai que delícia!!!
ai que medo!!!
ai socorro!!!
Apr 5, 2007
Segundo nossos cálculos avançados, a probabilidade de coisas horríveis acontecerem aumenta em pelo menos 300% no dia 5 de abril.
Foi horrível! Ela morreu sem aviso prévio. Nunca deu nenhuma indicação de que ia morrer, não tava doente nem nada, simplesmente deitou e morreu em algum momento entre o café da manhã e o resgate da tia.
pra Life um carinho atrás da orelha...
Apr 1, 2007
Um lugar que sempre tem fila e um monte de gente esperando correndo o risco de não ser atendido se não seguir alguma das regas impostas pelo dono do lugar.
Parece que o tal do Ali "Al" Yaganeh, "O" Nazi, não gostou nem um pouco da publicidade e do jeito que Jerry Seinfeld pintou a condução de seu negócio. Mas é fato que o cafofo agora é ponto turístico de NY.
Barão Geraldo, BG para os íntimos, grande distrito cosmopolita do interior de São Paulo, também tem seus comerciantes não deixam nada a dever pro Soup Nazi... no n°1164 da Av Albino J.B. de Oliveira (AKA Estrada da Rhodia) funciona a Casa de Frangos, um lugarzinho apertadíssimo, com uma fila gigantesca e um atendimento de enlouquecer qualquer mortal.
A fumaça da churrasqueira onde os frangos ficam rodando espetados naqueles ferros enormes domina o espaço, cria uma névoa espessa que não deixa que nossa isão focalize o chão ou o outro lado do balcão de atendimento. Ainda bem! Isso nos pemite apreciar todo o sabor do frango sem nos prendermos a detalhes de higiene que vigilância sanitária normalmente cobra...
Impossível resistir ao cheiro que empesteia o centrinho da cidade.
Mar 28, 2007
Essas borboletas que não param de saracotear!!!
Esse vislumbre de maturidade, de responsabilidade, de liberdade, de ser gente grande, cuidar de mim mesma...
Esses planos frescos... que delícia!!!
Essa luz no fim de túnel tem cores tão lindas, tá lá me chamando e fico cada dia mais ansiosa pra chegar.
E esse caminho de túnel escuro, cheio de surpresas me desafiando.
A jornada que se inicia vai ser bem gostosa. Bem gostosa.
A tal da janela que se abre é isso?
Adoro janelas abertas!